Ora bem ... chegou a vez do Leandro, o elemento mais experiente do grupo nestas coisas de corridas, só que não. Lembrou-se que era capaz de ser giro embarcar nesta aventura e é a prova provada que aceitamos qualquer um.
Se com o Lobo a apresentação foi curta e grossa, com o Leandro é melhor tirarem um dia ou dois de férias para o conhecerem melhor ... mas vale a pena ...
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Nome
Leandro “Manel” Gonçalves
Araújo
Alcunha
Nunca tive grandes alcunhas.
Foram ao longo do tempo tentando chamar-me “sem unhas” (porque efetivamente não
tenho unhas!!), mas como sempre gostei de não ter unhas, nunca ficou…
Ao longo da minha “carreira
desportiva”, foram-me chamando muitas vezes Centralão ou Caceteiro
(incompreensível, eu sei), mas era ali num grupo fechado do plantel, apenas.
Conclusão, estou aberto
(aberto no psicológico!) a novas propostas para alcunha!
Idade
36 primaveras já cumpridas e
algumas foram bem compridas. As primaveras, claro.
De onde és
Sou do Puarto. Orgulhosamente
nascido na melhor cidade do Mundo!
Atualmente resido na Maia. Ali
mêmo no Centro, quase em frente ao “isqueiro da Maia”.
Mas ser, sou Portuense! Ah, e
Portista também.
Profissão
Sou operacional de logística aérea
e marítima. Em poucas palavras, passo o dia em frente a uma secretária a roncar
com chineses, japoneses, brasileiros , indianos, quenianos, americanos,
hong-konguianos e mais os outros “ianos” todos que há por aí espalhados pelo
mundo.
Sou bancário de formação.
Trabalhei 1 ano na banca, comecei com 18 anos e uns dias! Coisa linda, fatinho
e gravata, ar de puto, como Caixa na 2ª agência com mais movimento da altura do
país, de uma rede de 150 balcões em Portugal, no BBVA em Viana do Castelo (era
feliz e não sabia, acreditem!).
Passado 1 ano, arranquei.
Fui entretanto trabalhar para
a DHL (para o mesmo departamento que trabalho agora, aéreo / marítimo) e por lá
fiquei 3 anos e meio, até ter uma proposta para ir para a concorrência, a
Dachser. Por cá ando há 13 anos. A malta costuma dizer que já faço parte do
imobilizado! É aqui que aborreço os “ianos” que mencionei no 1º parágrafo desta
resposta!
Corres desde quando e porquê?
Não deixa de ser irónico que
depois de 25 anos a correr atrás da bola (na verdade, era atrás dos
adversários, para lhes acertar…) e a roncar nos treinos com as (imensamente!!!)
típicas frases no futebol – sempre que tínhamos treino físico ou de corrida - ,
como “parece atletismo, esta m€rd@!!”, “se quisesse correr, ia para o atletismo”,
“Mister, esqueceu-se da bola em casa??”, ou o mais requintado “nunca vi um
pianista a correr à volta do piano!!”, entre muitas outras, eu tenha acabado a
gostar efetivamente de correr… Parvoíces da vida, é o que é.
Bom, além das corridas atrás
dos tornozelos dos avançados (ou de quem passasse ali pela zona…), há cerca de
5 anitos comecei a ser instigado (aconselho para leitura de cabeceira,
Dicionário da Língua Portuguesa. Vou na letra “i” de momento!) por um amigo que
trabalhava comigo, que gostava de correr e tinha um grupo de corrida da Dachser,
para me juntar a eles. O Edmundo Carvalho. Sem ele, não estava a escrever isto!
Iam ao fim do dia de trabalho.
Geralmente 10km, sempre o mesmo trajeto. Sair da ZI Maia, fazer a avenida,
descer “Porto Editora”, entrar no ecocaminho até ao final do mesmo, logo a
seguir à antiga estação da CP da Maia (a antiga linha do Quim, Trindade – Trofa,
é agora um ecocaminho na zona que atravessa a Maia). Dava exatamente 5km. Ora,
dá meia volta e são mais 5 km de volta à Dachser. Na altura jogava futebol,
portanto tinha os treinos, ainda ia ao ginásio na hora de almoço, raramente ia
correr. Mas lá fui uma ou outra vez. Nem sapatilhas tinha, era sapatilhas de
futsal! Entretanto tive um problema na minha penúltima época de “jogador” de
futebol e saí no início de janeiro de 2019. Comecei então a correr com mais
alguma regularidade e o tal grupo de corrida da Dachser (já agora, são os
“C+Runners”, gente boa!) ia fazer a Meia de Viana e inscreveram-me também. Fui…
quase faleci, mas acabei. Até aí só tinha feito 2 ou 3 São Silvestre de
Ermesinde, quase por carolice e por ser à beira de casa, no Natal, à noite…
Então ia. Corria com as tais sapatilhas de futsal, para verem o nível!
Bom, 1ª Meia, em 2019 (não há
registo no Strava infelizmente, que não tinha relógio ainda). Foi também a 1ª
prova “a sério”. Comprei as minhas primeiras sapatilhas de running para esta
Meia, 2 ou 3 dias antes da prova. Umas Nike que custaram, se não estou em erro,
29.90€! Era só para fazer uma ou outra corridita, pensava eu. Chegava bem.
Entretanto o tal grupo
C+Runners também fazia uns trails. Foram “chateando” para ir também. E eu lá
disse que sim. Os 2 mais “influentes” para me puxar eram o Eduardo e o David.
Então o David lá me disse que
se tinha inscrito ou ia inscrever, já não recordo, numa prova gira num feriado
e que ia sozinho, para eu ir com ele que ia ser porreiro (eu tinha um bocado
aversão a correr “por ali acima”….). E pronto, lá saiu a tal frase que tanto me
faz arrepender na vida, um “ok, vamos lá”. E ele inscreveu-me numa prova
chamada Trilhos dos Pernetas, datada de 1 de maio de 2019!!
Foi a
minha 2ª prova (a 1ª foi a tal Meia uns meses antes) e o meu 1º trail.
Comprei umas sapatilhas de
trail 2 dias antes da prova. Marca da SportsDirect, acho que foram 40 euros (foram
devolvidas/trocadas no dia a seguir à prova, por umas Salomon que foram para o
lixo anteontem, depois de muitas centenas de km!! Sapatilha brutal, essa
Salomon!).
Bom, voltando ao 01/05/2019.
Lá fiz a prova, os 18km. Entretanto já tinha Strava e cebola de corrida! No final, na meta (há uma foto boa disso, oficial dos
Pernetas, mas não encontro…), acabo a fazer um “L” com a mão, na testa. E o
speaker sai-se com algo do género “fod@-s€, esta m€rd@ é CS, ou car@lho!?”
Lembro-me de pensar “fdx,
estes gajos são meio estúpidos como eu!! Altamente, gente boa!”. Lá me deram
uma sandes de ovo e presunto e uma mini (uma… uma mini, apenas. Tristeza.
Via-se bem que não me conheciam). E gostei deles…
Entretanto
nesse verão fui correndo várias vezes, fiz imensas provas (mais 2 ou 3 meias e
muitos trails, devo ter feito uns 10 trails, quase todas as semanas fazia uma
prova). Entre os quais um “treino solidário” dos Pernetas. Segundo o meu
Strava, foi a 28/07/2019 e a nome era o PSSFSTSDC 2.0, edição mother foca!
E é daqui que vem o “início da
corrida”.
Na época seguinte (2019/2020)
voltei a jogar e deixei de correr novamente. Mas aquela cena que parou o Mundo
apareceu a meio dessa época e os campeonatos foram suspensos algures em janeiro
de 2020, se não estou em erro.
E voltei às corridas para
manter a forma. E não voltei a jogar, não voltei a parar de correr. E é
isto!...
Tens clube?
No seguimento da extensa
resposta anterior, gostei da parvoíce dos Penetas. Voltei lá a outro treino no
inverno, um que saiu do Estádio das Valadas. Entretanto quando o Mundo parou e
comecei a correr, arrastei um outro amigo para os treinos, o Edmundo. E começamos
a fazer uns treinos aqui pela Maia, nuns trilhos. E disse-lhe que o ia levar ao
Camouco, que ele ia adorar aquilo. E tirei o track GPX do site da Câmara da
Feira e fomos. Só que algures logo no início, não encontrava o corte para sair
do riacho. E fui ao Facebook ou instagram tentar falar com alguém dos Pernetas,
para me ajudar. Lá me deram o contacto do tal speaker meio parvo (acho que se
chama Bruno e também vai ao MG60…!!!), que me deu o contacto do Mor (que também
vai por lá andar…) e falei com ele. E por videochamada lá me ajudou a sair do
riacho. E passados uns dias fui lá outra vez “ao jardim”, desta vez com eles
mesmo. E fui ficando (a malta quando se sente bem, tenta ficar, né?! Mesmo
contra a vontade deles, mas é o que é…).
Entretanto ficou oficializada
a entrada no CAL, Clube Atletismo de Lamas. E por cá ando, até que me mandem
embora…
Trail ou estrada
80% do meu treino, é em
estrada. Mas prefiro trail. Há qualquer coisa em “correr para o monte” que me
atrai!!
Provas longas ou curtas
Curtas…. (eu sei, eu sei para
onde vamos… -.-‘)
Melhor prova que fizeste
Melgaço Alvarinho Trail 2019.
Acho que nunca sofri tanto na vida. Foi no tal verão de 2019 que fiz provas
quase todas as semanas. Foram “só” 30km, mas estavam acho que estavam 32 graus
à partida (8 da manhã) e à chegada eram 38 graus acho eu.
Fiz aquilo bastante rápido,
fui sempre “o mais rápido que consegui”, portanto sempre a 100 à hora. Para
terem uma ideia, cheguei acho que 45 ou 50 minutos antes do colega que foi
comigo (o tal David que me levou aos Pernetas uns 2 meses antes!!). Volto a
repetir: nunca sofri tanto na vida. Não tinha subidas, tinha escaladas! Muitas
escaladas!!! O calor era tórrido. E como tentei ir sempre no máximo das minhas
capacidades, foi (muito) duro. Gestão de esforço foi zero, foi sempre o mais
rápido possível literalmente. Em termos de desempenho, foi a melhor. Fiquei
muito bem classificado (para a minha realidade, claro) e foi um esforço enorme
mesmo.
Também gostava de mencionar a
minha 1ª Maratona. 7 de novembro de 2021. 1ª maratona “pós covid”. Percurso
cheio, sempre com montes de pessoas na rua. Brutal, espetacular.
Queria fazer abaixo de 4
horas. Fiz 3h44m. Espetacular também!! A sensação de cortar a meta é
indiscritível. Estou a escrever e a sentir-me arrepiado de me lembrar!!
Distância mais longa
16cm, nos dias bons!!!!
Ah, a correr!? Foram 42,qualquer
coisa km… Nas Maratonas de 2021 e 2022.
Em trail, foi o tal trail de
Melgaço falado na resposta anterior.
Porque é que alinhas nesta
maluqueira e sabes em que te estás a meter?
Não tenho bem ideia. Mas
quando pensei bem no assunto, já era tarde, já tinha perguntado se podia ir
também (sim, ainda por cima ninguém convidou. Eu é que feito Burro - merece
letra maiúscula e tudo - fui perguntar se dava para ir…).
Anyway, sempre tive alguma
queda para os “cenários difíceis”. Coisas que poucos conseguem, vá. Desafios.
Por exemplo, tenho (tinha???)
um objetivo conjunto com um dos tais amigos influenciadores, de nome Eduardo
Carvalho (este corre muito, bastante melhor do que eu!) de fazermos um Ironman
até aos 40 anos.
E pronto, é um projeto brutal,
fazer 275km em 3 dias! Como poderia não querer ir???
Escrevendo agora 2 ou 3 linhas
“em tom sério”, não posso ser hipócrita ao ponto de não dizer que se fosse com
outras pessoas que não (principalmente) o “Speaker parvo” e o “Mor”, talvez não
quisesse ir, ou pelo menos não teria o mesmo entusiasmo (fim de tom sério).
No entanto(!!!!), quando li
acerca disso, estava lá escrito “um grupo”. Sempre pensei que fossem 15 ou 20.
Isso é que é um grupo!!!
Quando me apercebi que éramos
só 6, senti ali um bocado de coisa estranha a subir pela espinha. Por acaso aí,
eram formigas!
Mas aparte das fu-migas, é
óbvio que percebi que era tudo máquinas. Literalmente sou um menino no meio
deles… Veio sempre aquela ideia do “não posso estar como “mete-nojo” a abrandar
ou atrasar o grupo. Até porque (lá está) não sei bem no que me estou a meter. O
que se sente depois de 10h seguidas a andar? Depois de 100km e 200km? Depois de
1 ou 2 dias sem dormir? Vou fazê-los perder tempo?...
Mas também, como hei-de
descobrir isso? Só mesmo indo com eles. E no limite, se eles estiverem com
muita pressa, podem sempre “tropeçar” e cair ao rio, ou de uma ravina, por
exemplo. Há muitas formas de não ser empecilho para ninguém :)))
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Se chegaram com a leitura até aqui conta como treino longo e estariam aptos a juntar~se à nossa equipinha. Ganda paciência.
Faltou referir que o Leandro também é Perneta ... mais uma vez, aceitamos qualquer um ... entrou como responsável pelas bebidas mas a carreira dele neste cargo só durou um evento porque era preciso assaltar um banco todas as semanas para o que ele consumia.
Vamos embora ... sigaaaa...
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