Domigo passado rumei a Romariz para participar no Trail Rota
do Castro … nunca tinha ido ao Castro de Romariz … quando fiz a Volta aoConcelho não sei o que fizemos que passamos ao lado … das vezes que fiz o Encostas dos Mirtilos durante o Covid esteve sempre fechado … no ano passado,
aquando da primeira edição deste trail tive outros compromissos … por isso tudo,
desta vez não podia faltar. Foi desta.
Do CAL eramos 6, mas a Marlene não foi … havia apenas uma
distância de corrida, 13km … estas distâncias curtas não são bem a minha praia
mas é como é.
Depois de uma semana durinha de treinos, que incluíram um treino de rampas duro no Castelo da Feira na 6ª anterior, sentia-me bastante bem … não me doíam as pernas (aparentemente 😉). Mudei de opinião quando antes da prova decidid ir fazer um xixizinho ao monte, e como faltavam apenas 5 minutos para começar a prova, fiz aqueles 300m a correr … txiii … os posteriores das coxas estavam bonitos estavam. Tinha a ideia firme de fazer um bom aquecimento, mas como sempre, conversa com um, depois com outro e quando dás por ela já não há tempo … quando demos por ela já estavamas na zona de partida, no relvado do estádio do Romariz F.C.
Estavam pouco mais de 100 pessoas para a corrida … o facto de ter apenas uma distância, aliado ao que já mencionei em posts passados que tem a ver com excesso de provas no geral, mas muito em particular tb no nosso concelho e todas umas em cima das outras (de meados de Abril até meados de Junho conto 7 provas de trail e algumas de estrada só no Concelho da Feira) … o pessoal não tem hipótese de ir a todas, pelo menos eu não consigo. Tenho que escolher …
Olhando para o pelotão presente tinha algumas “trutas” da
nossa zona … e tinha muita gente que eu não conhecia. No meu escalão tinha o
Tozé com o qual não tinha hipótese nenhuma e depois havia mais alguns que eu
desconhecia … uma coisa era certa … eu ia dar o máximo e depois logo se via.
E assim foi … mal se deu o tiro de partida são uns 100m planos
para sair do estádio e depois umas boas centenas de metros a descer em estrada
e estradão. Eu saí rápido e mesmo chegando a baixar os 4m/km mais de metade do
pelotão ia bem na minha frente… correr ao caralho … o coração batia
descontrolado e eu sabia que a seguir ia ter uma parede para “escalar” … tinha
estudado o perfil de altimetria e conhecendo a zona sem conhecer o percurso
achei que não ia apanhar muitos trilhos técnicos o que se veio a confirmar. Mas
tb achei que ia conseguir fazer quase tudo a trote e bem me lixei.
Logo nessa primeira subida ingreme a coisa foi feita a passo ligeiro … era single-track, a malta estava muito junta e não dava para grandes ultrapassagens. E ainda bem, porque aquele inicio foi bravo … durante os primeiros pouco mais de 4km eu pura e simplesmente não consegui estabilizar de forma nenhuma … levava comigo apenas meio flask de água com isotónico, mais que suficiente para 1h e pouco de prova … achava eu … mas aquele inicio frenético, aquele sobe e desce constante e o tempo algo abafado fizeram-me andar com a lingua colada no céu da boca. Também ajudou o facto de não ter aquecido … nas provas mais longas não há problemas em ir aquecendo durante os primeiros km das provas … nestas curtas é “a fundo” desde o primeiro metro …
O abastecimento apareceu mais cedo que previsto, por volta dos 4,5km e não aos 6km como vinha no mapa. Foi na horinha … parei um pouco e bebi dois flasks seguidos, quase 1 litro de água. Enchi meio flasks para levar e sigaaaa …. Durante o tempo em que ali estive (talvez 1 min) perdi umas 10 posições … mais ninguém parou como eu … entre esses estavam 3 que pelas caras deviam ser uns velhotes do meu escalão … a minha luta era com eles e fui tentar busca-los …. Já os tinha passado nos primeiros km e sabia que nas subidas eu lhes ganhava terreno … nas descidas perdia … como sempre … e forcei o andamento nas subidas … não demorei muito tempo a passa-los novamente … um de cada vez e aproveitei nova subida mais longa para os deixar a uma distancia “segura” ….
O percurso continuava a ser de sobe e desce … com algumas
zonas pelo meio mais planas … nada muito técnico o que me permitia abrir bem a
passada … mesmo nas descidas estava a conseguir correr em excelentes ritmos
para o meu nivel …
A partir dos 6km estabilizei e a prova mudou para mim …
continuava a imprimir ritmos fortes, mas agora muito mais fluido sem aquele
sentimento que a qualquer momento ia
desta para melhor 😉 … ia ia passando um ou outro atleta, mas tb ia sendo passado
por um ou outro.
E foi assim até sensivelmente 2km da meta onde deixou de haver grandes subidas e descidas … aí foi entrar em ritmo certo, alto, acompanhado por dois atletas jovens … primeiro na frente a puxar, depois atrás deles, colado a tentar acompanhar o que não consegui … já com o estádio do Romariz à vista fugiram-me e só os veria ao longe e já na meta
… foram pouco mais de 12km no total que percorri em 1h13 sensivelmente, num bom 26º lugar da geral (em 130) e num 3º lugar dos velhinhos M50 (ainda chegaram 13 ao fim 😉). Acho que a nivel de tempo final consigo melhor … devia ter aquecido para que a primeira metade tivesse corrido melhor … fica para uma próxima
Cheguei bem ao fim … tal como referi, estas provas curtas e rápidas não são bem a minha praia … acabei muito melhor do que quando comecei, agora é que devia começar a prova 😊.
Um bocadinho de conversa com a malta amiga, uma bifana e uma mini a estalar, e lá vinha o resto da Pernetada todos juntos …. Destaque para a Teresa que ganhou o escalão dela, a das velhinhas M50 … graaande!!!
Ficamos por ali para os comes & bebes e claro, para ir ao pódio … é lógico que vale o que vale, não me iludo, mas que sabe bem sabe e quando houver oportunidade há que ir à luta.
Quanto à organização está de parabéns!!! Excelentemente bem
marcado, bom ambiente, prémios monetários,
bons brindes, a bela da bifana e a mini a estalar 😉 … não faltou nada.
Quanto ao percurso, sinceramente lembro-me de pouco … ia na “gadelha” e quando
assim é não me apercebo do resto, ou pouco … mas lembro-me bem do Castro …
pensei que fosse maior, mais extenso … mas foi bem giro serpentear entre
aquelas ruínas históricas.
Agora é continuar a botar km nas pernas que falta menos de
dois meses para a grande aventura que será a GR60.