Regressamos do Algarve no sábado, dia 18 de Agosto, já
passavam das nove e meia da noite. Quisemos aproveitar até à última, passamos a
manhã na praia e no regresso ainda fomos visitar Loulé que não conhecíamos – e valeu
bem a pena. Deixar os meus papás em casa e tal fez com que chegamos tarde e
estafados. Praticamente foi banho, xixi e cama.
No domingo de manhã foi tempo de arrumar as tralhas do
Algarve e preparar as mochilas para o Caminho. Queríamos partir às 16h da Sé do
Porto e fazer uma primeira etapa com uns 20 e poucos km até Lavra, onde iriamos
pernoitar em casa nossa amiga Ana Barroso dos Montemorrows ou lá como se chamam.
Quis preparar a mochila ao mesmo tempo que a Dora para
ver o que ela levava e fazer igual J … estão a ver
quando vamos a um restaurante todo chiqueza, com 300 talheres e 50 copos e não
sabemos em qual pegar e fazemos tudo como o nosso vizinho do lado faz … se
beber a água com limão de levar os dedinhos das mãos eu tb bebo J … limitei-me a levar roupa de corrida, algumas T-Shirts,
calções, meias e cuecas – um bocadinho de sabão azul para lavar as roupas, uma
toalha e o meu impermeável – um “necessaire” com o essencial em produtos de
higiene, uma bolsinha com material de primeiros socorros, chinelos e cabos para
carregar o tlm. De resto duas garrafas de água e umas maças e bolachas. Não
pesei a minha mochila, mas acredito sinceramente que tinha mais de 10kg.
Não tínhamos nada planeado a nível de logística – apenas sabíamos
que íamos ficar hoje em casa da Ana. As próximas etapas iriamos ao sabor do
vento, conforme nos apetecesse e conforme os pontos de interesse que íamos encontrando
pelo caminho – era esse o plano mestre.
Apenas levamos impressas em papel as 12 etapas “normais”
sugeridas pela maioria dos sites que falam neste percurso. Nós usamos o www.gronze.com que dos que vimos é o melhor.
E chegada a hora lá nos pusemos a caminho com um calor
tórrido … primeiro de metro até ao Bolhão onde já estava a Ana à nossa
espera – não só nos deu dormida, como nos acompanhou durante os 21km que durou
a primeira etapa J … ainda nos fez
o jantar e levantou-se às 5 da manhã para nos preparar o pequeno-almoço – muito
obrigado Ana, és um anjo J
Aqui o burro do vosso amigo Perneta, desleixado como é, achou que 20 e tal km logo no primeiro dia era fácil e não preparou bem os pezinhos – nada de pomadas, calçou as primeiras meias que lhe vieram às mãos, pezinhos dentro das sapatilhas e sigaaaa. O que é que são 20 e poucos km? A correr lentamente são 1h40 a 2h no máximo, só que a caminhar já estamos a falar de 4 a 5 horas no mínimo. É só esta a diferença … e vou aprender da pior maneira.
Aqui o burro do vosso amigo Perneta, desleixado como é, achou que 20 e tal km logo no primeiro dia era fácil e não preparou bem os pezinhos – nada de pomadas, calçou as primeiras meias que lhe vieram às mãos, pezinhos dentro das sapatilhas e sigaaaa. O que é que são 20 e poucos km? A correr lentamente são 1h40 a 2h no máximo, só que a caminhar já estamos a falar de 4 a 5 horas no mínimo. É só esta a diferença … e vou aprender da pior maneira.
A particularidade desta primeira etapa é que é feita por
um percurso que na grande maioria conhecemos muito bem - já percorri grande parte deste percurso dezenas e dezanes de vezes, a passear, a treinar ou em provas. Descendo da Sé até à
Ribeira, segue ao longo do Douro até à Foz, e depois é sempre ao longo do
Atlântico, Foz, Matosinhos, passando a ponte para depois continuar por Leça até
Lavra, sendo os últimos km já em passadiço de madeira.
Chegamos já tardote o que deu direito a um por-do-sol magnifico … um banhinho bom, um jantar ainda melhor e deitamos relativamente cedo. Afinal no dia seguinte era para levantar cedo … 6h queríamos estar de volta ao caminho.
prontinhos para arrancar …
engraçado como em tantas vezes que estive na Sé nunca tenha reparado nas setas do caminho, depois de as procurar passei a ver setas em todo o lado …
a Raquel dos Montemorrows ou lá como se chama tb veio ter connosco para beber uma bejeca e desejar um bom caminho...
Chegamos já tardote o que deu direito a um por-do-sol magnifico … um banhinho bom, um jantar ainda melhor e deitamos relativamente cedo. Afinal no dia seguinte era para levantar cedo … 6h queríamos estar de volta ao caminho.
Único problema era o meu pé direito, mais concretamente
duas zonas que estavam a fazer bolha. Uma na parte da frente, na “almofada” da
planta do pé logo depois dos dedos e outra no calcanhar onde a pele era nova
(lembram-se das medalhas que trouxe dos caminhos do Tejo? … isso mesmo, no mesmo sitio). Não
haveria de ser nada … ataquei com uma boa camada de bepantene e toca a nanar.
tivemos direito a selo personalizado do "Hotel Ana" … o mais giro de todo o caminho...