2019 foi assim tão mau?

Ainda me falta participar em 3 São Silvestres nestes últimos dias do ano mas nada poderá “salvar a época”. A verdade é que este ano “desportivo” é o chamado ano para “esquecer”.

De Janeiro a Junho

A primeira metade do Ano foi em crescendo com um Janeiro praticamente parado depois foi sempre a subir até Junho, um caminho de muita paciência e com bastantes km (quase 1500), tendo participado em algumas provas de estrada e poucas de trail – a organização dos Trilhos dos Pernetas não deixou margem para mais.

O destaque vai para o Grande Prémio Ulfilanis Villa em Fiães, na minha terra natal, onde pelo 2º ano consecutivo fui aos prémios monetários e desta vez até ao pódio – 20 euritos pelo terceiro lugar nos velhadas M45.

Umas semanas antes tinha conseguido voltar a chegar perto da 1h30 numa Meia Maratona – foi na exemplarmente bem organizada MeiaMaratona da Primavera em Santa Maria da Feira.

Por falar em eventos muito bem organizados, e modéstia à parte, os Trilhos dos Pernetas 3.6. estiveram muito perto da perfeição J

Mas foi também na primeira metade do ano que soube que iria falhar o grande objectivo para 2019 – ia ver o GTPE (Grande Trail Picos daEuropa) por um canudo por motivos familiares.

Rei morto, Rei posto – decidi ir coma Pikinita ao UTDP eminício de Julho. Na preparação desse caminho tomamos uma decisão de última hora, ir à Serra Amarela – e foi espectacular, na altura não sabia, mas foi a prova do ano para mim J

Quando tudo parecia estar finalmente bem, estava a treinar com afinco, a sentir-me forte e a ficar em forma surge uma lesão estúpida, que ao contrário do que pensei me está a levar meses a debelar.

De Julho a Dezembro

A segunda metade do ano começa com mais uma organização excelente – o nosso 5º GP de Santa Maria da Lamas foi o melhor de todos. Mesmo com pouca adesão o nosso CAL conseguiu surpreender a malta que veio a Lamas correr.

No dia seguinte chegou o dia do UTDP … e para mim foi um dia difícil e ao mesmo tempo de experiências novas, andei horas numa montanha russa de sentimentos. Ver a Pikinita partir sozinha nesta aventura foi muito difícil, acompanha-la durante a dura batalha encheu-me de orgulho.

Nesta altura ainda estava esperançado no 2º grande objectivo do ano – um RP na Maratona do Porto. Retomei as corridas por altura das férias em Agosto e parecia que a coisa estava bem mas enganei-me. 

Não tem propriamente a ver com corrida mas tivemos umas férias fantásticas pela Sardegna.

Fui desafiado pelo Hélio Fumo para um duelo e depois de semanas de provocações dei-lhe uma lição, vencendo-o sem qualquer margem para dúvida no Espinho Beach Run.

Falhei a Maratona do Porto pela primeira vez em 9 anos como corredor. Mas estive lá a dar apoio aos amigos. Uma experiência dolorosa, confesso.

Nas últimas semanas estou melhor e a tentar ter paciência para não queimar etapas.

2019 foi também de longe o ano em que menos escrevi neste meu tasquinho – menos corridas = menos histórias para contar … é lógico. O que já não é lógico é este tasquinho ter vencido o concurso “Sapos dos Ano” na categoria blogues de desporto. Fiquei incrédulo mas muito orgulhoso.

Posto isto resta-me agradecer a todos vocês que vão passando por aqui, mais ou menos assíduos, mais ou menos participativos … escrevo para mim, o PK é o meu diário de bordo da corrida, mas na verdade partilho porque é bom sentir que existem outras pessoas que gostam de nos ler, que sentem o mesmo que nós ou até se motivam com algo que lêem por aqui.

A todos vocês desejo que tenham um 2020 cheio de coisas boas, que mantenham as pessoas que vos são mais próximas sempre por perto … acima de tudo saúde, porque sem isso nada feito … com saúde da boa a gente conquista o resto, certo? J

Vamo-nos vendo por aí, por uma estrada ou trilho qualquer, ou então por aqui se tiverem essa paciência.

Até 2020!!!

FOTO DO ANO