terça-feira

Corrida & Caminhada pela Paz 2012 na Maia

Durante a semana que passou treinei muito menos do que nas últimas semanas – a “culpa” foi do treino de domingo dia 8, em que nos 20km que fiz, incluí grandes subidas em trilhos e estrada…resultado foram uns músculos das pernas (especialmente coxas) muito maltratados, de tal forma que 2ª e 3ª não treinei, e 4ª apenas fui porque me obriguei a isso (fiz 15kms sabe Deus como) e depois na 6ª feira participei na futebolada com os amigos. Nada de treinos de series que tinha previsto fazer na 3ª, nem uma corridinha leve que tinha previsto fazer na 6ª antes do futebol. Em vez de 55 a 60km, fiz apenas ca.35km.
O ponto alto da semana foi a participação ontem na 3ª Corrida & Caminhada pela Paz na Maia, patrocinada pela Liberty Seguros e organizada pela Runporto. Uma corrida de 10km, que tinha como particularidade, a partida e chegada na pista de atletismo do estádio do Maia. Como não tinha qualquer objectivo delineado para esta corrida, a noite foi bem dormida, sem qualquer stress ou pequeno nervosismo que fosse – o único problema eram ainda algumas dores nos músculos das pernas que teimavam em manter-se. Como sempre o pessoal encontrou-se no Beto para tomar um café (hora combinada era entre as 8-8.15h) – cheguei por volta das 8.10h e já lá estava o Zé Badolas….como sempre os Brunos (cunhados) e o José Moreira chegaram atrasados, mas como eram eles a levar o carro, desta vez passou. Ainda apanhamos o Pedro Lino por caminho (este agora anda a esmerar-se, e tem aparecido às provas) e por volta das 9h já estávamos a estacionar nos arredores do estádio do Maia. Encontramo-nos com o resto de pessoal do CAL (desta vez eram poucos da “velha guarda” – o vice-presidente e meu primo* Miguel Barbosa e o Sr.Francisco compunham o ramalhete para esta prova). Como o nosso presidente Sr.Dias se encontra numas bem merecidas férias, quem assumiu a responsabilidade de levantar e distribuir os dorsais foi o nr.2 da hierarquia do CAL, o Miguel Barbosa – de salientar que fez um trabalho perfeito a não ser 2 pequenos pormenores:

1)      Estacionou o carro dele logo á saída da auto-estrada, deixou lá os sacos com os dorsais e obrigou-nos a caminhar quase 2kms para os ir buscar – segundo ele era para nos obrigar a fazer o aquecimento??? A malta tem que poupar-se para as corridas pá, ou achas que todos tem a tua idade! Eu só da caminhada já fiquei cansado!
2)      A distribuição dos dorsais, como não havia classificação, foi ao “calhas”…. Ou seja, eu corri com o 999 que era do Bruno, que por sua vez usou o 1001 que era o Badolas, que correu com o 1000 que era do Pedro Lino que…..acho que perceberam a ideia.

Volte Sr.Dias que está perdoado:D

Antes de entrarmos no estádio, fomos ao café da praxe, e eu (inteligente como sou, e bonito) fiz a chamada jogada de antecipação de mestre. Vendo o Badolas já esfregar a barriguinha, disse ao Bruno para pedir um café para mim e num sprint (como se não houvesse amanhã) enfiei-me na casa de banho e fechei a porta…..uff….”soltei o javali” nas calmas e bem mais aliviado lá fui tomar o cafezinho….haviam de ver a cara do Badolas, todo chateado por ter de ir a seguir a mim. Ó amigo, existe o “café com cheirinho” e há ir à casa de banho com o cheirinho dos outros como foi o caso – é para saberes o que custa. Depois lá fomos ao carro equipar (+2km a pé), e foto da praxe……. 




Decidimos fazer o aquecimento na pista do estádio, aquecimento esse que no meu caso se resumiu a uma corridita de 400m…..é que nesse bocadinho encontrei o meu vizinho Vitor com quem de vez em quando vou fazer uns treinos e o meu grande amigo Luis Trigo que não via desde Madrid – foi só conversa e quando dei por ela já estava na hora de nos dirigirmos para a zona de partida. Desta vez fiquei bastante à frente, acho até que em provas desta dimensão deve ter sido a vez em que parti o mais próximo da linha de partida. O sol estava a começar a aquecer a temperatura e o meu frequencímetro cardíaco mostrava que o meu coração estava a bater mais rápido do que o normal. Ás 10.30 em ponto deu-se o tiro de partida, e como seria de esperar o primeiro quilómetro foi lento, com uma meia volta no estádio, e saída directamente para as ruas da cidade da Maia. Nunca tinha feito qualquer prova na Maia pelo que desconhecia o terreno….rapidamente deu para perceber que a corrida ia ser dura…..passava pouco do primeiro quilometro quando estava já num ritmo bom para mim (abaixo dos 4,20min/km), sabia que estava sem ritmo mas decidi tentar ver até onde é que conseguia ir….de repente a primeira subida que consegui fazer a bom ritmo, mas com algum esforço…..depois descia o que dava para recuperar o folego, logo de seguida mais uma subida de umas centenas de metros seguido de uma descida…..depois paralelos (que é uma coisa que os meus joelhos gostam muito)…..o calor apertava e estava já com sede, no meio de tanta gente ia sozinho, pois nenhum companheiro de corrida estava ao meu ritmo (uns mais rápidos e outros mais lentos) e a partir do km 3 começou a dar-me uma vontade de dar uma mijinha que me começou a incomodar……as subidas e descidas eram constantes, o que obrigava a um esforço extra e a um dispêndio de energia grande…..estava a aguentar-me mas estava convicto que não dava para ir até ao fim naquele ritmo a não ser que o terreno ficasse plano. Aos 5km finalmente um abastecimento (o único), e logo numa subida ingreme….agarrei uma garrafa, mas embora cheio de sede não conseguia beber…..o meu coração e a minha respiração estava tão acelerada que só parando é que conseguiria beber…..decidi esperar por uma descida, que veio umas centenas de metros mais á frente….com a pulsação a baixar consegui dar uns golinhos e decidi levar o resto da água comigo (o que foi a melhor decisão que tive – como não houve mais nenhum abastecimento, deu para ir molhando a boca nos últimos kms). A subida no abastecimento dos 5kms deitou-me abaixo (nessa altura a minha média era de 4,24min/km, tentei aguentar o ritmo mas não consegui…..a partir do km 7, em mais uma subida tive que reduzir. A ca. de 1km do estádio apercebi-me que iriamos percorrer uma distância maior do que os 10km anunciados, quando entramos no estádio já o meu relógio ia mais ou menos nos 10,3km e até á meta ainda percorremos uns bons 200 ou 300m, meta essa que passei com 46,27min o que foi excelente – acho que poderia ter dado uma aceleradela no último quilómetro mas fui num ritmo certinho até ao fim.

Posso dizer que embora dura, a prova foi um bom treino e o resultado obtido, olhando às circunstâncias deixou-me bastante satisfeito. A organização foi boa (ou não fosse a Runporto) e só foi pena não haver classificação oficial – é que a malta embora não ganhe nada, gosta de #”coleccionar” aquelas folhas em excel onde aparecem os nossos nomes com os tempos que fazemos. Ganhou o Paulo Gomes com 32,09min o que demonstra bem a dificuldade da prova – ele normalmente em plano deveria fazer um resultado no minuto 30, máximo 31.

Mais uma vez todos os colegas do CAL terminaram a prova. Como seria de esperar, e olhando á constituição da equipa, o Miguel Barbosa (meu primo) foi o melhor com um tempo no minuto 44 (andou mais de metade da corrida a “brincar” e depois passou por mim e acabou como se não tivesse feito corrida nenhuma.

Foi a última prova antes das minhas férias em Agosto. Esta semana vou estar na Alemanha e quero ver se consigo treinar pelo menos umas duas ou três vezes.

No próximo dia 27, a malta do CAL vai juntar-se para um jantar convívio (o primeiro deste nosso grande clube) e olhando aos participantes acho que vou ter muito que contar (vamos lá ver se as 15 páginas do relato da viagem e maratona de Madrid vão chegar) – a coisa promete.

*já sabia que o Miguel era de Pedorido (de onde é oriunda a família da minha esposa), mas não pensei que fosse da minha família. Acontece que ele no sábado deu boleia a um primo e conversa puxa conversa chegou á conclusão que esse primo era irmão da minha sogra….confuso??? O Miguel é primo da minha sogra, 2º primo da minha mulher e por consequência meu 2º primo - agora já sei pq tenho tanto jeito para correr, é de família:D

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