O meu despertador tocou às 3h30
no domingo passado…dormi apenas 4 horas, mas acordei bem disposto…afinal ia
correr a Geira Romana, ia repetir a tal Ultra que foi a minha primeira e de que
tanto gostei. Uma hora mais tarde estava
em Fiães para me juntar ao resto da malta – chegou tudo a tempo e horas o que é
raro, se não mesmo caso único J
… toca a rumar em direcção a Caldelas… paragem numa estação de serviço para um
cafezinho e uma primeira visita a uma casa de banho J …6.15 estávamos a estacionar
em Caldelas e 5 minutos depois tínhamos os dorsais na mão. “Onde é que há uma
casa de banho aqui por perto?” …”ali em baixo, deve estar aberta” …. andamos
ali à procura e nada…como a coisa estava a ficar apertada, estava escuro e não
andava ali ninguém, a malta desenrascou-se mesmo por ali atrás de uns arbustos
– já que tenho a fama, tb fico com o proveito J
(e vão duas)… depois fomos até aos carros (no meu caso estava com o Filipe), e
como não há duas sem três e a coisa começou a picar novamente J, lá convenci o Filipe
a irmos de carro até uma padaria à entrada de Caldelas para tomar mais um
café…. e lá voltei à casa de banho para
fazer o que um homem apertado tem que fazer …isto está bonito, a continuar assim
nem daqui a uma semana acabo esta prova J
…. Antes que comecem a fazer apostas, para adivinhar quantas vezes mais aqui o
Perneta foi largar javalis, digo já que me fiquei pelas 3 vezes “apenas” J
Depois foi equipar e ir para os
autocarros que nos iriam levar até ao Museu da Geira onde seria dada a partida…
estava um frio do caraças, faltavam ainda alguns minutos que aproveitamos para
andar por ali, a mudar a água às azeitonas, fazer umas festinhas a uns cavalos
e a dar uma espreitadela ao museu que estava aberto…chegou a hora da
partida….breve briefing do Grão-Mestre Moutinho sobre o percurso, as mudanças
em relação aos anos anteriores, etc, etc…. retive uma frase mais ou menos com o
seguinte teor …”no fim vão ter uma descida numa pista de downhill, muito inclinada,
perigosa…. usem as mãos para se agarrar ao que puderem” …. Já tou lixado, ainda
não é desta que vou ganhar isto J
…depois apareceu o Júlio César para o discurso e cumprimentos (“Avé César”) da
praxe e estava na hora de dar à sola….
Museu da Geira até ao Museu da Geira – um hino de 14km de trail
Do local onde foi dada a partida
víamos a serra que iriamos ter que escalar, percorrer o topo para, do outro
lado, descermos até à Barragem de Vilarinho das Furnas – pelo menos foi isso
que nos disse o Moutinho durante o Briefing. Esta parte era totalmente nova…1,
2 …3…sigaaaaa…. passamos literalmente por dentro do museu (pela entrada), e
depois de algum alcatrão, logo nos enfiamos por trilhos com uma valente
inclinação para conquistar o topo da serra…. sentia-me bem e estava com vontade
de arriscar um pouco nesta prova…. o pessoal seguia em fila indiana e à minha
frente via o Filipe e colei-me a ele….fizemos a subida a correr sempre que
podíamos, apenas andamos nas zonas onde o pelotão afunilava e não dava para
passar o atleta da frente….espectáculo…as pernas cheias de pujança…não sei se
sabem, mas aqui o Perneta sobe razoavelmente bem J
…à medida que subia, as paisagens brutais das serras do Gerês iam aparecendo do
nosso lado direito…é por isto que gosto tanto do Gerês…ia deslumbrado e
continuava a seguir o Filipe no seu ritmo “alucinante” até que atingimos o topo
e onde a fotografia foi obrigatória…
…depois um terreno aberto, sem
trilhos visíveis, com uma vegetação rasteira…um manto verde, mas um pouco perigoso…
cada um escolhia o que achava ser o melhor caminho a seguir, por baixo da
vegetação era terra mas com muita pedra pequena solta, e pequenos regos….o meu
ritmo baixou e não foram poucas as vezes que escorreguei....depois de contornar
a serra, voltamos agora pelo lado contrário, primeiro num estradão largo em
terra que nos “obrigou” a aumentar a velocidade, para depois serpentear por um
single-track estreito em terra já com a Barragem de Vilarinho das Furnas de
frente…esta parte foi uma das minhas preferidas…este trilho estreito além de
ser aos “esses“, era ondulado, ora descia, ora subia…e as paisagens eram do
melhor….a barragem de frente, e de ambos os lados serras imponentes, ora
verdes, ora com mantos amarelos ou lilás, tudo a florir…uma maravilha….eu
continuava com o Filipe que é de outro
campeonato, mas seria por pouco tempo pois fiquei sem uma sapatilha numa zona
de lama.…enterrei o pé completamente e quando o tirei a sapatilha ficou
enterrada J
….lá tive que “escarafunchar” na lama à procura da dita-cuja, sentei-me numa
rocha e voltei a calça-la enquanto passavam uma catrefada de atletas em fila
indiana a perguntar se estava tudo bem comigo (simpático o pessoal J)….e assim perdi o
Filipe J
….entretanto chegamos ao km 5 instalado mesmo antes da barragem…ignorei pois
era apenas de líquidos e eu levava quase dois litros de isotónico comigo…descemos
umas centenas de degraus para chegar junto às comportas da barragem, de onda
jorrava um jacto de água com uma força
impressionante, pelo qual passamos por baixo para depois voltar a subir pelo
lado contrário, quase 500 degraus…comecei por subir em bicos de pés, sempre
imprimindo um ritmo forte, mas a meio já ia com os gémeos a arder…decidi subir
pousando o pé completamente e resultou….subi bem melhor, não em ritmo mas em
esforço despendido….chegados lá acima atravessamos ponte de volta e entramos
por um trilho a percorrer a margem da lagoa criada pela barragem (por baixo
estaria Vilarinho das Furnas, que ficou submersa com a construção da
barragem)….muito single-track, vegetação alta, riachos…. voltamos a escalar
umas rochas, subida curta mas muito inclinada e entramos nuns trilhos mais
largos, com muita pedra de diferentes dimensões que dificultavam bastante
correr a um ritmo certo….o bonito nesta parte eram mesmo as pedras cobertas de
musgo….depois mais uma subida ingreme que desbocava num estradão largo em terra
que reconheci da primeira vez que estive nesta prova….já tinha feito aquilo mas
em sentido contrário….primeira paragem “técnica” para uma mijinha e estava
pronto para voltar em força, sempre a correr a bom ritmo, controlado….não durou
muito pois voltamos a entrar num trilho mais técnico, muito inclinado a subir,
e muita pedra….segundo o mapa de altimetria que levava comigo estariam a acabar
as subidas mais ingremes, para entrar na parte mais plana e a descer….e assim
foi, ca. do km 10 chegam os trilhos menos técnicos, primeiro por entre campos,
depois estradões e até um bocado em alcatrão…tudo plano ou até a descer
ligeiramente num percurso que já me era familiar…foram ca.4km, em que voltei a
aumentar um pouco o ritmo…tirando algumas dores de costas sentia-me
impecavelmente bem e a minha única preocupação era não exagerar no ritmo….e
assim cheguei novamente ao museu da Geira, com ca.14km e maravilhado com o
percurso que o Mestre Moutinho e o resto da equipa tinha desenhado para esta
edição….só por este bocado já tinha valido a pena participar J …comi um pouco de
banana, tomate com sal e um gomo de laranja e siga que se faz tarde…
Museu da Geira até Covide – 6km
Foi a parte com menos história
desta aventura… atravessamos duas ou três localidades…os trilhos são por campos,
pelas traseiras das casas, por matos e mesmo por estradas em alcatrão…tudo
muito plano que convida a correr….aceitei o convite e corri muito, de forma
descontraída …continuava a fazer uma prova de trás para a frente, ultrapassando
alguns atletas e a sentir-me bem. Numa das localidades em que passamos, numa
estrada em paralelos murada de ambos os lados dei de frente com uma manada de
vacas com uns cornos bem afiados….assustei-me e parei J….acho que as vacas tiveram
mais medo de mim do que eu delas…era vê-las a encostar-se ao outro lado da rua
a fugir de fininho J
….e lá cheguei a Covide, ca.km 20 para abastecer….aproveitei para beber e comer
mais um pouco de banana e marmelada… aqui estive um bocadinho mais de tempo que
no anterior.
Covide-S.Sebastião da Geira – ca.12km
Novamente um percurso que foi
feito praticamente sempre a correr….começa com uma pequena subida feita a passo
mas rapidamente entra em trilhos e estradões planos ou a descer… reconheço a
maior parte do percurso da minha anterior participação…grande parte é feito na
Via Nova Geira Romana, com muita pedra cheia de musgo, inúmeros pequenos
riachos para atravessar, sucediam-se os marcos miliários (marcos que
assinalavam as milhas percorridas aos viajantes) e apanhamos algumas partes com
bastante água e mesmo lama…ca. dos 30km comecei a sentir as pernas a ficar
pesadas e decidi tomar magnesona….tenho-me dado bem com isto…não baixei o
ritmo, mesmo que agora já me estivesse a custar mantê-lo….nesta fase duvidei
que conseguisse chegar bem ao fim, ainda faltava muito, mas decidi arriscar e
não baixar o ritmo…quando desse o estouro paciência, iria até ao fim da maneira
possível….engraçado como nas últimas provas onde tenho entrado, nunca coloco em
questão o chegar ao fim, apenas em quanto tempo o conseguirei …. também nestes
12km ultrapassei bastantes companheiros de luta…cheguei ao abastecimento já
melhor das pernas…voltei a comer um pouco de tudo…banana, batatas fritas,
tomate com sal e marmelada…decidi encher o meu camelback e aproveitei uma fonte
para lavar a cara e me refrescar….
São Sebastião da Geira até Paredes Secas – 10km
Saí deste abastecimento com dois
companheiros de luta, com quem tinha trocado umas palavras no percurso
anterior….e ali fomos os três durante alguns km (penso que 5 ou
6)….mantinham-se o mesmo tipo de trilhos do percurso anterior, em plano ou a descer
até que chegamos a Santa Cruz e nos enfiamos num estradão florestal, que
alternava partes em terra com partes em lama…não sei se foram eles que
aceleraram ou se fui eu que abrandei, sei que se foram afastando até que deixei
de os ver ….ainda ultrapassei mais um ou outro atleta até chegar ao último
abastecimento…estava cansado, faltavam
apenas 8km para o fim, mas o meu mapa de altimetria dizia-me que era a
parte mais dura do percurso, com uma subida de 2,5km com mais de 250m D+ e
depois duas descidas infernais…iriamos ter que descer mais de 500m em menos de
6km… e não me saia da cabeça as palavras “pista de downhill”….lá se vão os meus
ricos joelhinhos…estive alguns minutos neste abastecimento, comi, bebi e
troquei algumas palavras com o simpático pessoal do abastecimento…estava na
hora de enfrentar o que faltava….
Paredes Secas até Caldelas – 8km
Começamos esta última parte logo
a subir a pique….vou lento nos primeiros metros, continuo cansado (não exausto)
e psicologicamente um pouco abatido a sofrer por por antecedência…este último
percurso é igualmente novidade na edição deste ano…num ápice penso para comigo
“deixa-te mas é de merdas e despacha lá isto” e começo a imprimir uma cadência
forte, a passo quando inclina muito e até a correr em pequenas partes em que a
inclinação é um pouco menor…e por incrível que pareça vou-me aguentando até que
chegamos ao alto da serra… somos um grupo de 7 ou 8, separados apenas por duas
ou três dezenas de metros..eu fecho o grupo….chegado cá acima começo logo a procurar
a tal pista de downhill (vejam bem a paranóia J),
mas nada….agora percorremos o topo desse monte por um estradão em terra, até
que começa a descer por um trilho também em terra…será isto? Não pode ser….é a
descer mas faz-se demasiado bem….acertei, um pouco mais à frente lá está ela…a temida
“pista de downhill”…. Single-tracks estreitos, em terra com alguma pedra, a
serpentear serra abaixo com uma inclinação brutal, alguns socalcos, zonas onde
era preciso saltar…lembrei-me do Filipe …ele sobe bem, mas desce ainda melhor,
é destemido…esta descida é um mimo para gajos como ele, deve ter adorado cada
centímetro daquilo… e aqui o Perneta? bem…como podem imaginar, comecei com mil
cuidados, e doía-me tudo, principalmente os joelhos, ambos os dois J….acho que gastei os
travões logo no inicio da descida…tinha que parar de poucos em poucos metros
para recuperar…dos colegas que ainda à pouco iam à minha frente nem
sinal….fugiram todos J
…aquilo chateou-me, não por eles me tenham fugido, mas por não conseguir descer
aquilo de uma forma mais “normal”…”mas porque raio tenho que ser Perneta???” …enervei-me
a sério e mandei-me por ali abaixo, arriscando tudo….não, não é tipo os vídeos
os Kilian que vemos na net J
…continuei a travar, mas muito menos, deixei-me ir….nem imaginam as dores nos
meus joelhos, ele ganiam de tal forma que eu pensei que poderiam ceder a
qualquer momento…mas o sentimento de superação que estava a sentir era mais
forte, aquela adrenalina e excitação compensavam as dores que sentia (talvez
tenha sido estupidez minha, tenho as minhas limitações físicas e normalmente reconheço-as
e defendo-me… hoje, passado uns dias ainda estou a pagar o preço deste
abuso)…tenho a perfeita noção que continuava lento, aliás tive que parar uma
vez ou outra para evitar que os joelhos estourassem de vez… mas para o habitual
estava muitíssimo bem J
….e cheguei ao fim desta parte sem me ter esbardalhado, e sem ficar inválido o
que só por si já foi uma vitória J
…por incrível que pareça o cansaço que trazia desapareceu, deve ter sido da adrenalina, que continuava em
alta….faltavam agora apenas uns 3 ou 4 km e ainda hoje não sei o que me
deu….acreditam que foi a parte mais rápida de toda a prova? E não era fácil,
tinha pequenas subidas e descidas acentuadas, mas ia cheio de confiança e
cheguei a andar abaixo de 4min/km….que sensação incrível….nesta parte final
ultrapassei uma catrefada de atletas e só a entrada no Rio Homem me travou o
andamento….aquelas últimas centenas de metros pelo rio são a marca desta prova,
não é fácil e eu que sou pouco dado a técnica demoro um eternidade, mas adoro
aquilo, arrisco mesmo a dizer que Ultra Geira Romana sem final no rio não é a
mesma coisa J…este
ano havia muito menos água que à dois anos, mesmo assim as profundidades vão
variando à medida que vamos avançando…. já quase na parte final do rio vejo em
cima do muro a Samanta, a Ana, a Andreia, a Isabel e o Renato…grande festa J ….”então, não há minis?”
… uns segundos depois a Andreia manda-me um mini cá para baixo….ahhhhh,
maravilha, fresquinha…. Pergunta um colega que passa por mim “é para o estilo?”
….respondo-lhe “não, é para a sede J”
…e sigo, passadiço, escadaria, procurar um caixote do lixo para deixar a
garrafa….podia ter entrado na recta da meta de mini na mão? Podia…mas tive
vergonha J
….ali estava eu na recta da meta, a meio high-five à nossa “claque”, um por um,
e estava na hora de cortar aquela meta….6h12min e 50km depois…50km de
excelentes sensações….
…tempo de receber a medalha,
comer qualquer coisa, dar os parabéns à organização na pessoa da Flor Madureira
pela excelente organização, especialmente pelas alterações ao percurso, que
tornaram esta prova mais trail, se é que me entendem J aqueles primeiros 14km são um hino, e a parte final, igualmente nova,
não lhe fica atrás….este preocupação em melhorar o percurso só mostra que a
Confraria-Trotamontes se preocupa com os atletas, aliás nota-se que é feito por
quem sabe, de atletas para atletas. Podiam evitar a “trabalheira” de procurar
novos troços, de tentar melhorar…arrisco a dizer que teriam o mesmo número de
participantes…mas não….eles próprios são atletas e sabem o que a malta gosta. Percurso
muito bom, marcações excelentes, abastecimentos suficientes, camisola técnica e
medalha de finisher. E encomendaram tempo perfeito a S.Pedro, sol e
temperaturas amenas…perfeito J
Aconselho esta prova a toda a gente, e acho-a perfeita para quem se quer
estrear nas Ultradistâncias….não é difícil, não é demasiado técnica, tem um
pouco de tudo….parabéns e muito obrigado Confraria Trotamontes (Moutinho e
equipa) pela excelente manhã que me proporcionaram.
Depois foi hora da banhinho
(quente)…. o Filipe e o Francisco já tinham chegado, e entretanto chegaram o
Badocas J
(foi assim que um outro atleta lhe chamou durante a prova…reconheceu-o do PK),
o Zé Alexandre e o Bruno…. Todos os Pernetas concluíram mais esta etapa em
direcção ao objectivo S.Mamede. Os outros que me desculpem, mas todo o destaque
desta vez vai para o Bruno, que a pouco menos de um mês de embarcar nos 100km
de S.Mamede concluio a sua primeira Ultradistância J …há cá cada maluco, não? …mas
escrevam….ele acaba aquilo, onde se mete leva a coisa até ao fim J Parabéns campeão!!!
Quanto a mim, fiquei super mega híper
satisfeito….as sensações foram sempre boas, uma ou outra fase de mais cansaço
mas nunca “morri”…. Não me defendi tanto como habitualmente e arrisquei mais …
corri muito, mesmo em subidas. Mais uma etapa, mais uma aprendizagem ....Cheguei muito bem ao fim, com força para continuar o que é importante…deu-me
confiança. A táctica para 16 de Maio terá que ser diferente, mais na defensiva….mais
um passo em direcção ao objectivo…já falta pouco…venham os Pernetas 2 J
A quem chegou com a leitura até
aqui, sem cortar caminho, os meus sinceros parabéns,....gabo-vos a paciência... vocês são Ultraleitores J
As tuas crónicas estão a ficar uma categoria que fáxavor! Texto, fotos e vídeos... Muito bom! Melhor, só participando! :)
ResponderExcluirGostei muito das paisagens (não ficaste empenado do braço por ires a prova toda com ele estendido a filmar?) :P
"“deixa-te mas é de merdas e despacha lá isto" também é o meu lema nos quilómetros finais... :D
Parabéns, Perneta, grande prova!
Beijinhos
Mentirosa.... :) olha que eu fico que nem posso :) :)
ExcluirE não, não fiquei empenado do braço...a maquineta é leve e já estou habituado....para filmar nem preciso de parar....para fotos a conversa já é outra.... o problema é editar a coisa...leva muito tempo, mas são excelentes recordações.
Olha diz lá se não temos um belo lema? Funciona (quase sempre)...
Obrigado. Beijinhos
P.S. Tens que fazer a Geira Romana pelo menos uma vez.
Claro que sou teu ultraleitor! A tua forma de escrever assim o obriga :)
ResponderExcluirE que categoria! Além de fotos, o texto complementado com filmes!
Vá lá que encontraste a sapatilha (tradução para o pessoal do sul: ténis). Conheço um atleta que perdeu um assim no Cross Laminha. Como vinham muitos atletas atrás, não parou logo, depois é que foi lá atrás e já não o encontrou. Ou ficou mais enterrado com a passagem dos outros ou não conseguiu dar com o local.
Quanto à tua descida "suicida", se fosse comigo ficava com os joelhos arrumados durante semanas!
Um abraço e em força para S.Mamede (vou agora armar-me em perneta: tic tac tic tac, eh eh eh)
Obrigado João...mas olha que é preciso ter paciência :)
ExcluirSei quem é esse grandioso atleta a quem te referes...conhecia a história, mas sempre pensei que ele a tivesse encontrado (à sapatilha = ténis = sapato de correr).
Andei esta semana com dores em ambos os joelhos, hoje já estou melhor....mas adorei, e hoje naquela situação acho que voltava a fazer o mesmo.
Grande abraço....essa do tic tac é boa, mas comigo não tem grande efeito (por enquanto :P)
Muito bom! É com posts destes que as provas ganham inscrições! Eu fiquei cheio de vontade, parece-me mesmo o tipo de prova que gosto! Bem, e a tua prestação foi brutal! Estás mesmo afinadinho! Essa dos joelhos é que não é muito agradável.. Para ser chato podia dizer-te para apertares no reforço muscular ehehe Mas olha, antes do MIUT fui ao meu osteopata / massagista e ele disse-me que não era má ideia tomar umas pastilhas de carnitina da Gold Nutrition na semana anterior e a seguir à prova. Segundo ele, é muito bom para desenvolver massa magra e reforça os joelhos. Nunca experimentei, mas penso que vou tentar antes da UTSM. Por falar nisso... 3 semaninhas! Agora é que vou conhecer os pernetas e os badocas todos! ahah
ResponderExcluirObrigado Filipe. Podia estar melhor, mas não estou mal. Este tipo de provas é onde consigo melhores marcas, pois dou-me bem a correr durante bastante tempo, mesmo em subidas...tudo o que for mais técnico lá vem ao de cima a minha "pernetice". Quanto aos joelhos, acredito que o reforço muscular à volta pudesse ajudar alguma coisa, mas o meu problema é "lá por dentro", fruto de mais de 20 anos de futebol (pancadas e afins), e no direito um acidente em que o médico que me operou me disse (isto à 11 anos atrás )para esquecer desportos violentes (e corrida é violenta para os joelhos e articulações).... mas pronto, não tenho problemas com isso, reconheço as limitações mas ás vezes abuso como nesta prova., e depois pago o preço.... nem imaginas como andam os meus joelhos...mas isto passa :)
ExcluirObrigado pela dica da Carnitina....até pode ser que experimente....vemo-nos em S.mamede!!!
Abraço
Fónix estás a ficar muito profissional! O texto todo organizado, com fotos vídeos, sim senhor um mimo para se ver este post! Tens que fazer um post destes (ou melhor ainda) depois de dia 17 porque eu não posso estar presente (motivos familiares). Um abraço
ResponderExcluirSim, sim...profissionalismo é comigo :) ....Não vais a S.Mamede? Fica para a próxima :)
ExcluirAbraço
Nah, ainda é muita "fruta" para mim! Boa sorte!
ExcluirGrande !!
ResponderExcluirObrigado por mais esta "viagem" que fiz contigo , ao ler e "ver" este post ! :)
Gostei da parte "em que arriscaste mais" :) , com prudência qb , sempre alerta aos sinais do nosso organismo , mas com esse "risco" , as provas ficam muito mais emocionantes e essa adrenalina , até nos faz esquecer o cansaço e as dores . :)
É um belo tempo , parabéns.
Grandes vídeos , muita naice !
(olha lá , não te dá mais jeito arranjares um "pau" para isso ? acho que até á uns baratinhos muito bons) :)
Boa recuperação (já deves tar pronto para outra) :) , e dá-lhe forte nos treinos ! os Cem , vão ser conquistados na boa ! ;)
abraço
PS
lá para o fim da semana , se tudo correr normalmente , tambem vou "correr" por essas paisagens. ou pelo menos fazer turismo desportivo ;)
Obrigado...existem "paus" para isto sim senhorê, mas os da marca são quase tão caros como a própria máquina, e os de marca duvidosa partem-se facilmente ;)
ExcluirQuanto ao arriscar e abusar é tudo muito bonito, mas a semana que passou paguei o preço (ainda estou a pagar) - muscularmente tudo 5 estrelas, agora joelhos e costas nem te digo...muito mau mesmo, mas é a PDI :)
Abraço
P.S. Podes não ter feito nenhuma prova ainda este ano, nem vir a fazer mais nenhuma, mas esta em que te meteste vale por todas...vá, força nisso velhadas!!!
Muitos parabéns grande Carlos!! Estiveste a grande nivel nessa prova. Ainda tu dizes que não estás a ficar máquina... Isso em Portalegre vai ser coisa de meninos... só tens que largar uns "calhaus" pelo caminho que a coisa dá-se!!! EH EH!!!! Abraço companheiro e bons trilhos!
ResponderExcluirObrigado Carlos, não bom para o meu nível.
ExcluirAbraço
Grande relato, sim senhor... grande no sentido de GRANDE :) mas também na tua capacidade de tentar passar na mensagem aquilo que foi a Ultra da Geira Romana... e foi, de facto, fantástica! então aqueles 14k iniciais... fonix, SUBLIMES!!! é, como dizes, um verdadeiro hino ao trail... quase que era capaz de dar ali 3 ou 4 voltas até perfazer os 50 :P
ResponderExcluire a parte final no rio, uff... geira que é geira, termina no rio e ponto!
tb foi na geira que me estreei nas ultras, mas em 2014... é, sem dúvida, a corrida ideal para quem se quer iniciar nas ultras... é uma corrida a todos os níveis fantástica, desde a organização, aquilo que eu chamo "caseirinha" (sem grande pompa e circunstância...) à escolha dos trilhos, à envolvente paisagística, etc... é SOBERBA!
P.S. - bem, realmente, relato com fotos e vídeos, upa, upa!!! tás a ficar pró! :)
P.S. 2 - ainda não foi desta que nos conhecemos, apesar de eu te ter visto por lá e de ter "passado" por ti no momento em que tiraste a 2ª foto (aqui no relato)... sou o tipo de camisola verde que ainda te aplaudiu quanto te viu chegar e depositar a garrafinha da mini no lixo :) ... confesso que na altura, fiquei na dúvida se te estavas a livrar de algum "doping" usado na parte final ou se, numa atitude de bom samaritano, estavas a por no lixo uma garrafa que, eventualmente, tivesses encontrado no riacho... afinal era mesmo "doping" :)))
abraço e boas corridas
Olá Rodrigo, obrigado :) ....curiosamente lembro-me de um tipo de verde quando subi as escadas para entrar na recta da meta...antes de as subir, havia ali uma malta que estaria perto de ti a olhar cá para baixo e a meter-se comigo por causa da mini :) ...soube, que nem ginjas, fresquinha :)
ExcluirA Geira é um espectáculo ...espero para o ano estar lá novamente. Aproveito para te dar os parabéns pela tua excelente prestação e agradeço a tua visita e o teu comentário neste cantinho.
Aquele abraço
Grande Carlos Cardoso!
ResponderExcluir50 km em 6h e pouco? Sim senhor! Estás em grande forma!
Agora vamos aquilo que não gostei neste relato....as várias referências ao tomate com sal...encaro isso como uma provocação à minha pessoa =P. Os filmes de excelente qualidade...agora com GoPro é outra coisa....em Paris eu fiz uns filmes todos rasca com o telemóvel...
Não sei se estás a perceber que daqui deste lado é só inveja ;)
Beijinhos e força para os 100 que estão quase aí!!!!
p.s. tic tac tic tac =P
Obrigado Isa...não foi mau não senhor :)
ExcluirQuanto ao tomate com sal, tinhas vindos aos Pernetas e tinhas-te consolado :)
Beijinhos
Relato fantástico! Abraço
ResponderExcluirObrigado Sérgio. Abraço
Excluir