quinta-feira

Trilhos do Perneta 2 - é já amanhã


O grande dia é já amanhã. Vamos receber os 100 aventureiros que tiveram a coragem de se inscrever na 2ª edição dos Pernetas. Estamos  nos últimos preparativos...esperamos que tudo corra bem.

P.S. Ando um pouco afastado das lides do blogue. Por um lado tenho tido bastante trabalho nos últimos dias, e por outro, logo esta semana o meu portátil tinha que dar o badagaio. Mas não se preocupem, eu volto para vos continuar a chagar. Inté!!!

segunda-feira

Novas Amigas, Pós-Geira e Trilhos do Perneta 2


Tal como planeado, eram 7 e pico de 2ª feira e eu ia enfiado num avião da Ryanair em direcção a Hahn na Alemanha – o pormenor da Ryanair é importante, porque o espaço existente entre bancos é muito menor do que por exemplo numa Lufthansa…. e isso faz toda a diferença para quem correu uma Ultra no dia anterior e mede 1,86cm, ou pelo menos deveria fazer…por acaso até nem me fez grande mossa, muscularmente estava muito bem. O mesmo já não acontecia com os meus joelhos e costas que estavam (e ainda estão) uma lástima.

Pois é…se leram o meu relato da Geira Romana, viram que eu nas descidas finais para Caldelas, ignorei as minhas limitações e com base na adrenalina que estava a sentir, abusei…no fim, ainda eufórico da forma como a prova me tinha corrido não liguei nenhuma às dores, mas á medida que os dias se foram passando já não achei tanta piada assim. Hoje, mais de uma semana depois, estou melhor das costas, mas com ambos os joelhos ainda feitos num oito e sem grande força. Sei que isto passará daqui a uns dias, mas não havia necessidade…

Passei toda a semana na Alemanha em trabalho, regressando apenas no sábado. Sabia que não iria ter muito tempo disponível para correr, mas mesmo assim levei comigo equipamento para o fazer 3 vezes – entre o equipamento levava umas amigas novas de estrada…

 

…são catitas não são? A responsabilidade delas é enorme J pois vieram substituir nada mais nada menos as sapatilhas que voaram comigo nos sub-40min aos 10km…

Como podem ver, continuo fiel às Asics Nimbus, desta feita as 17 …espero que me dêem uma alegria grande lá mais para o fim do ano J

Quanto a treinos pós-Geira, durante a semana foram apenas 3, todos curtinhos por falta de tempo para mais:

3ª feira - de madrugada fui fazer 30min de corrida de recuperação junto ao rio Main.

5ª feira – à noite depois de jantar foram 7,5km, igualmente a ritmo baixo, com o meu colega Marco.

6ª feira – de manhã cedo foram mais 8km na natureza….bem olhava para os montes de vinhas, mas evitei grandes desníveis.

As dores nos joelhos e nas cruzes começaram a diminuir na 6ª feira. Sábado de manhã regressei a Portugal e sentia-me melhor. Ainda bem porque domingo de manhã era dia de fazer o percurso total dos Pernetas 2.

E assim foi, ontem pelas 6.30h da manhã, juntou-se um grupinho de 14 pessoas para ir fazer o reconhecimento final. O tempo não estava grande coisa, alguma chuva e nevoeiro, que impediu que no cimo das serras pudéssemos usufruir das paisagens espectaculares que aqueles locais oferecem – espero que na 6ª feira o tempo esteja pelo menos aberto…vamos lá ver. Não é um tempo menos bom que nos consegue por mal-dispostos, pelo que o treininho no geral correu bastante bem – modéstia à parte, acho o percurso muito bom, muito diversificado – acho que o pessoal vai gostar. Mas é durinho….a volta toda deu 29km com quase 1500m D+… demoramos 4h20 a terminar o que se pode considerar um tempinho bem jeitoso…no próximo dia 1 acredito que vamos necessitar entre 5 a 5h30. Eu pessoalmente, tive dificuldades…muscularmente ainda senti a “Geira”, mas o pior foram as dores em ambos os joelhos, tanto a subir como a descer - afinal ainda não estou recuperado… ao contrário do que tinha planeado vou ter que dar uns dias de descanso ao físico, para estar a 100% no dia 1 de Maio J

No total fiz ca.50km, o que não é mau depois da Geira Romana J …esta semana não deve dar para fazer mais do que isso… é a última semana, antes de entrar em “estágio” J …tic, tac, tic, tac

sábado

Ultra Geira Romana 2015 - 50km de boas sensações


O meu despertador tocou às 3h30 no domingo passado…dormi apenas 4 horas, mas acordei bem disposto…afinal ia correr a Geira Romana, ia repetir a tal Ultra que foi a minha primeira e de que tanto gostei.  Uma hora mais tarde estava em Fiães para me juntar ao resto da malta – chegou tudo a tempo e horas o que é raro, se não mesmo caso único J … toca a rumar em direcção a Caldelas… paragem numa estação de serviço para um cafezinho e uma primeira visita a uma casa de banho J …6.15 estávamos a estacionar em Caldelas e 5 minutos depois tínhamos os dorsais na mão. “Onde é que há uma casa de banho aqui por perto?” …”ali em baixo, deve estar aberta” …. andamos ali à procura e nada…como a coisa estava a ficar apertada, estava escuro e não andava ali ninguém, a malta desenrascou-se mesmo por ali atrás de uns arbustos – já que tenho a fama, tb fico com o proveito J (e vão duas)… depois fomos até aos carros (no meu caso estava com o Filipe), e como não há duas sem três e a coisa começou a picar novamente J, lá convenci o Filipe a irmos de carro até uma padaria à entrada de Caldelas para tomar mais um café….  e lá voltei à casa de banho para fazer o que um homem apertado tem que fazer …isto está bonito, a continuar assim nem daqui a uma semana acabo esta prova J …. Antes que comecem a fazer apostas, para adivinhar quantas vezes mais aqui o Perneta foi largar javalis, digo já que me fiquei pelas 3 vezes “apenas” J

Depois foi equipar e ir para os autocarros que nos iriam levar até ao Museu da Geira onde seria dada a partida… estava um frio do caraças, faltavam ainda alguns minutos que aproveitamos para andar por ali, a mudar a água às azeitonas, fazer umas festinhas a uns cavalos e a dar uma espreitadela ao museu que estava aberto…chegou a hora da partida….breve briefing do Grão-Mestre Moutinho sobre o percurso, as mudanças em relação aos anos anteriores, etc, etc…. retive uma frase mais ou menos com o seguinte teor …”no fim vão ter uma descida numa pista de downhill, muito inclinada, perigosa…. usem as mãos para se agarrar ao que puderem” …. Já tou lixado, ainda não é desta que vou ganhar isto J …depois apareceu o Júlio César para o discurso e cumprimentos (“Avé César”) da praxe e estava na hora de dar à sola….




Museu da Geira até ao Museu da Geira – um hino de 14km de trail

Do local onde foi dada a partida víamos a serra que iriamos ter que escalar, percorrer o topo para, do outro lado, descermos até à Barragem de Vilarinho das Furnas – pelo menos foi isso que nos disse o Moutinho durante o Briefing. Esta parte era totalmente nova…1, 2 …3…sigaaaaa…. passamos literalmente por dentro do museu (pela entrada), e depois de algum alcatrão, logo nos enfiamos por trilhos com uma valente inclinação para conquistar o topo da serra…. sentia-me bem e estava com vontade de arriscar um pouco nesta prova…. o pessoal seguia em fila indiana e à minha frente via o Filipe e colei-me a ele….fizemos a subida a correr sempre que podíamos, apenas andamos nas zonas onde o pelotão afunilava e não dava para passar o atleta da frente….espectáculo…as pernas cheias de pujança…não sei se sabem, mas aqui o Perneta sobe razoavelmente bem J …à medida que subia, as paisagens brutais das serras do Gerês iam aparecendo do nosso lado direito…é por isto que gosto tanto do Gerês…ia deslumbrado e continuava a seguir o Filipe no seu ritmo “alucinante” até que atingimos o topo e onde a fotografia foi obrigatória…

…depois um terreno aberto, sem trilhos visíveis, com uma vegetação rasteira…um manto verde, mas um pouco perigoso… cada um escolhia o que achava ser o melhor caminho a seguir, por baixo da vegetação era terra mas com muita pedra pequena solta, e pequenos regos….o meu ritmo baixou e não foram poucas as vezes que escorreguei....depois de contornar a serra, voltamos agora pelo lado contrário, primeiro num estradão largo em terra que nos “obrigou” a aumentar a velocidade, para depois serpentear por um single-track estreito em terra já com a Barragem de Vilarinho das Furnas de frente…esta parte foi uma das minhas preferidas…este trilho estreito além de ser aos “esses“, era ondulado, ora descia, ora subia…e as paisagens eram do melhor….a barragem de frente, e de ambos os lados serras imponentes, ora verdes, ora com mantos amarelos ou lilás, tudo a florir…uma maravilha….eu continuava com  o Filipe que é de outro campeonato, mas seria por pouco tempo pois fiquei sem uma sapatilha numa zona de lama.…enterrei o pé completamente e quando o tirei a sapatilha ficou enterrada J ….lá tive que “escarafunchar” na lama à procura da dita-cuja, sentei-me numa rocha e voltei a calça-la enquanto passavam uma catrefada de atletas em fila indiana a perguntar se estava tudo bem comigo (simpático o pessoal J)….e assim perdi o Filipe J ….entretanto chegamos ao km 5 instalado mesmo antes da barragem…ignorei pois era apenas de líquidos e eu levava quase dois litros de isotónico comigo…descemos umas centenas de degraus para chegar junto às comportas da barragem, de onda jorrava um  jacto de água com uma força impressionante, pelo qual passamos por baixo para depois voltar a subir pelo lado contrário, quase 500 degraus…comecei por subir em bicos de pés, sempre imprimindo um ritmo forte, mas a meio já ia com os gémeos a arder…decidi subir pousando o pé completamente e resultou….subi bem melhor, não em ritmo mas em esforço despendido….chegados lá acima atravessamos ponte de volta e entramos por um trilho a percorrer a margem da lagoa criada pela barragem (por baixo estaria Vilarinho das Furnas, que ficou submersa com a construção da barragem)….muito single-track, vegetação alta, riachos…. voltamos a escalar umas rochas, subida curta mas muito inclinada e entramos nuns trilhos mais largos, com muita pedra de diferentes dimensões que dificultavam bastante correr a um ritmo certo….o bonito nesta parte eram mesmo as pedras cobertas de musgo….depois mais uma subida ingreme que desbocava num estradão largo em terra que reconheci da primeira vez que estive nesta prova….já tinha feito aquilo mas em sentido contrário….primeira paragem “técnica” para uma mijinha e estava pronto para voltar em força, sempre a correr a bom ritmo, controlado….não durou muito pois voltamos a entrar num trilho mais técnico, muito inclinado a subir, e muita pedra….segundo o mapa de altimetria que levava comigo estariam a acabar as subidas mais ingremes, para entrar na parte mais plana e a descer….e assim foi, ca. do km 10 chegam os trilhos menos técnicos, primeiro por entre campos, depois estradões e até um bocado em alcatrão…tudo plano ou até a descer ligeiramente num percurso que já me era familiar…foram ca.4km, em que voltei a aumentar um pouco o ritmo…tirando algumas dores de costas sentia-me impecavelmente bem e a minha única preocupação era não exagerar no ritmo….e assim cheguei novamente ao museu da Geira, com ca.14km e maravilhado com o percurso que o Mestre Moutinho e o resto da equipa tinha desenhado para esta edição….só por este bocado já tinha valido a pena participar J …comi um pouco de banana, tomate com sal e um gomo de laranja e siga que se faz tarde…


Museu da Geira até Covide – 6km

Foi a parte com menos história desta aventura… atravessamos duas ou três localidades…os trilhos são por campos, pelas traseiras das casas, por matos e mesmo por estradas em alcatrão…tudo muito plano que convida a correr….aceitei o convite e corri muito, de forma descontraída …continuava a fazer uma prova de trás para a frente, ultrapassando alguns atletas e a sentir-me bem. Numa das localidades em que passamos, numa estrada em paralelos murada de ambos os lados dei de frente com uma manada de vacas com uns cornos bem afiados….assustei-me e parei J….acho que as vacas tiveram mais medo de mim do que eu delas…era vê-las a encostar-se ao outro lado da rua a fugir de fininho J ….e lá cheguei a Covide, ca.km 20 para abastecer….aproveitei para beber e comer mais um pouco de banana e marmelada… aqui estive um bocadinho mais de tempo que no anterior.


Covide-S.Sebastião da Geira – ca.12km

Novamente um percurso que foi feito praticamente sempre a correr….começa com uma pequena subida feita a passo mas rapidamente entra em trilhos e estradões planos ou a descer… reconheço a maior parte do percurso da minha anterior participação…grande parte é feito na Via Nova Geira Romana, com muita pedra cheia de musgo, inúmeros pequenos riachos para atravessar, sucediam-se os marcos miliários (marcos que assinalavam as milhas percorridas aos viajantes) e apanhamos algumas partes com bastante água e mesmo lama…ca. dos 30km comecei a sentir as pernas a ficar pesadas e decidi tomar magnesona….tenho-me dado bem com isto…não baixei o ritmo, mesmo que agora já me estivesse a custar mantê-lo….nesta fase duvidei que conseguisse chegar bem ao fim, ainda faltava muito, mas decidi arriscar e não baixar o ritmo…quando desse o estouro paciência, iria até ao fim da maneira possível….engraçado como nas últimas provas onde tenho entrado, nunca coloco em questão o chegar ao fim, apenas em quanto tempo o conseguirei …. também nestes 12km ultrapassei bastantes companheiros de luta…cheguei ao abastecimento já melhor das pernas…voltei a comer um pouco de tudo…banana, batatas fritas, tomate com sal e marmelada…decidi encher o meu camelback e aproveitei uma fonte para lavar a cara e me refrescar….


São Sebastião da Geira até Paredes Secas – 10km

Saí deste abastecimento com dois companheiros de luta, com quem tinha trocado umas palavras no percurso anterior….e ali fomos os três durante alguns km (penso que 5 ou 6)….mantinham-se o mesmo tipo de trilhos do percurso anterior, em plano ou a descer até que chegamos a Santa Cruz e nos enfiamos num estradão florestal, que alternava partes em terra com partes em lama…não sei se foram eles que aceleraram ou se fui eu que abrandei, sei que se foram afastando até que deixei de os ver ….ainda ultrapassei mais um ou outro atleta até chegar ao último abastecimento…estava cansado, faltavam  apenas 8km para o fim, mas o meu mapa de altimetria dizia-me que era a parte mais dura do percurso, com uma subida de 2,5km com mais de 250m D+ e depois duas descidas infernais…iriamos ter que descer mais de 500m em menos de 6km… e não me saia da cabeça as palavras “pista de downhill”….lá se vão os meus ricos joelhinhos…estive alguns minutos neste abastecimento, comi, bebi e troquei algumas palavras com o simpático pessoal do abastecimento…estava na hora de enfrentar o que faltava….


Paredes Secas até Caldelas – 8km

Começamos esta última parte logo a subir a pique….vou lento nos primeiros metros, continuo cansado (não exausto) e psicologicamente um pouco abatido a sofrer por por antecedência…este último percurso é igualmente novidade na edição deste ano…num ápice penso para comigo “deixa-te mas é de merdas e despacha lá isto” e começo a imprimir uma cadência forte, a passo quando inclina muito e até a correr em pequenas partes em que a inclinação é um pouco menor…e por incrível que pareça vou-me aguentando até que chegamos ao alto da serra… somos um grupo de 7 ou 8, separados apenas por duas ou três dezenas de metros..eu fecho o grupo….chegado cá acima começo logo a procurar a tal pista de downhill (vejam bem a paranóia J), mas nada….agora percorremos o topo desse monte por um estradão em terra, até que começa a descer por um trilho também em terra…será isto? Não pode ser….é a descer mas faz-se demasiado bem….acertei, um pouco mais à frente lá está ela…a temida “pista de downhill”…. Single-tracks estreitos, em terra com alguma pedra, a serpentear serra abaixo com uma inclinação brutal, alguns socalcos, zonas onde era preciso saltar…lembrei-me do Filipe …ele sobe bem, mas desce ainda melhor, é destemido…esta descida é um mimo para gajos como ele, deve ter adorado cada centímetro daquilo… e aqui o Perneta? bem…como podem imaginar, comecei com mil cuidados, e doía-me tudo, principalmente os joelhos, ambos os dois J….acho que gastei os travões logo no inicio da descida…tinha que parar de poucos em poucos metros para recuperar…dos colegas que ainda à pouco iam à minha frente nem sinal….fugiram todos J …aquilo chateou-me, não por eles me tenham fugido, mas por não conseguir descer aquilo de uma forma mais “normal”…”mas porque raio tenho que ser Perneta???” …enervei-me a sério e mandei-me por ali abaixo, arriscando tudo….não, não é tipo os vídeos os Kilian que vemos na net J …continuei a travar, mas muito menos, deixei-me ir….nem imaginam as dores nos meus joelhos, ele ganiam de tal forma que eu pensei que poderiam ceder a qualquer momento…mas o sentimento de superação que estava a sentir era mais forte, aquela adrenalina e excitação compensavam as dores que sentia (talvez tenha sido estupidez minha, tenho as minhas limitações físicas e normalmente reconheço-as e defendo-me… hoje, passado uns dias ainda estou a pagar o preço deste abuso)…tenho a perfeita noção que continuava lento, aliás tive que parar uma vez ou outra para evitar que os joelhos estourassem de vez… mas para o habitual estava muitíssimo bem J ….e cheguei ao fim desta parte sem me ter esbardalhado, e sem ficar inválido o que só por si já foi uma vitória J …por incrível que pareça o cansaço que trazia desapareceu,  deve ter sido da adrenalina, que continuava em alta….faltavam agora apenas uns 3 ou 4 km e ainda hoje não sei o que me deu….acreditam que foi a parte mais rápida de toda a prova? E não era fácil, tinha pequenas subidas e descidas acentuadas, mas ia cheio de confiança e cheguei a andar abaixo de 4min/km….que sensação incrível….nesta parte final ultrapassei uma catrefada de atletas e só a entrada no Rio Homem me travou o andamento….aquelas últimas centenas de metros pelo rio são a marca desta prova, não é fácil e eu que sou pouco dado a técnica demoro um eternidade, mas adoro aquilo, arrisco mesmo a dizer que Ultra Geira Romana sem final no rio não é a mesma coisa J…este ano havia muito menos água que à dois anos, mesmo assim as profundidades vão variando à medida que vamos avançando…. já quase na parte final do rio vejo em cima do muro a Samanta, a Ana, a Andreia, a Isabel e o Renato…grande festa J ….”então, não há minis?” … uns segundos depois a Andreia manda-me um mini cá para baixo….ahhhhh, maravilha, fresquinha…. Pergunta um colega que passa por mim “é para o estilo?” ….respondo-lhe “não, é para a sede J” …e sigo, passadiço, escadaria, procurar um caixote do lixo para deixar a garrafa….podia ter entrado na recta da meta de mini na mão? Podia…mas tive vergonha J ….ali estava eu na recta da meta, a meio high-five à nossa “claque”, um por um, e estava na hora de cortar aquela meta….6h12min e 50km depois…50km de excelentes sensações….


…tempo de receber a medalha, comer qualquer coisa, dar os parabéns à organização na pessoa da Flor Madureira pela excelente organização, especialmente pelas alterações ao percurso, que tornaram esta prova mais trail, se é que me entendem J aqueles primeiros 14km  são um hino, e a parte final, igualmente nova, não lhe fica atrás….este preocupação em melhorar o percurso só mostra que a Confraria-Trotamontes se preocupa com os atletas, aliás nota-se que é feito por quem sabe, de atletas para atletas. Podiam evitar a “trabalheira” de procurar novos troços, de tentar melhorar…arrisco a dizer que teriam o mesmo número de participantes…mas não….eles próprios são atletas e sabem o que a malta gosta. Percurso muito bom, marcações excelentes, abastecimentos suficientes, camisola técnica e medalha de finisher. E encomendaram tempo perfeito a S.Pedro, sol e temperaturas amenas…perfeito J Aconselho esta prova a toda a gente, e acho-a perfeita para quem se quer estrear nas Ultradistâncias….não é difícil, não é demasiado técnica, tem um pouco de tudo….parabéns e muito obrigado Confraria Trotamontes (Moutinho e equipa) pela excelente manhã que me proporcionaram.

Depois foi hora da banhinho (quente)…. o Filipe e o Francisco já tinham chegado, e entretanto chegaram o Badocas J (foi assim que um outro atleta lhe chamou durante a prova…reconheceu-o do PK), o Zé Alexandre e o Bruno…. Todos os Pernetas concluíram mais esta etapa em direcção ao objectivo S.Mamede. Os outros que me desculpem, mas todo o destaque desta vez vai para o Bruno, que a pouco menos de um mês de embarcar nos 100km de S.Mamede concluio a sua primeira Ultradistância J …há cá cada maluco, não? …mas escrevam….ele acaba aquilo, onde se mete leva a coisa até ao fim J Parabéns campeão!!!

Quanto a mim, fiquei super mega híper satisfeito….as sensações foram sempre boas, uma ou outra fase de mais cansaço mas nunca “morri”…. Não me defendi tanto como habitualmente e arrisquei mais … corri muito, mesmo em subidas. Mais uma etapa, mais uma aprendizagem ....Cheguei muito bem ao fim, com força para continuar o que é importante…deu-me confiança. A táctica para 16 de Maio terá que ser diferente, mais na defensiva….mais um passo em direcção ao objectivo…já falta pouco…venham os Pernetas 2 J

A quem chegou com a leitura até aqui, sem cortar caminho, os meus sinceros parabéns,....gabo-vos a paciência... vocês são Ultraleitores J

segunda-feira

Ultra Geira Romana 2015 - correu bem, muito bem....

Está feita, e desculpem-me a modéstia, muito bem feita para uma Perneta!

Adorei as alterações deste ano, aqueles primeiros 10km são um hino para quem gosta de palmilhar trilhos, depois foi reviver grande parte do percurso onde me estriei em 2013 nas Ultras para acabar com 9km de troços novos, com uma subida para nos massacrar e depois duas descidas brutais para voltar a Caldelas e acabar como sempre pelo Rio Homem...50km e 6h12min de boas sensações.


Daqui a uns dias os pormenores da minha prova, assim como uns vídeos que espero que consigam transmitir um pouco o que vivemos ontem pelo magnifico Gerês!!

Fortes, Fortuna Adjuvat!!! Avé César!!!

sexta-feira

Ultra Geira Romana - venha ela...


Domingo regresso finalmente ao Gerês, para uma prova que me diz muito…. Foi no Ultra Trail Geira Romana que me estriei em 2013 nestas andanças acima dos 42,195km. O ano passado tentei regressar, inscrevi-me e tudo, mas acabei por não poder ir J …ainda tentei voltar ao Gerês para a 1ª Maratona organizada pelo Carlos Sá em final de Novembro do ano passado, consegui inscrição, mas mais uma vez não consegui ir, desta vez devido a um problema familiar.

Mas desta é de vez J … a minha participação na edição deste ano engloba-se no meu plano de preparação para os 100km de S.Mamede do próximo mês, a última Ultra antes do dia D. Mais uma vez, a minha intenção é de fazer a coisa em ritmo de treino (será que eu tenho outro J?), para ter uma recuperação o mais rápida possível e poder continuar a treinar para o objectivo principal. Mas confesso que vai ser difícil controlar-me…o traçado desta prova foi alterado este ano, o percurso vai ser todo em Portugal (nas outras edições começava em Espanha), e em vez dos 53km habituais terá “apenas” 50km – os desníveis anunciados (1100m D+ e 1600m D-), aliado aos trilhos pouco técnicos (penso que não será muito diferente dos anos anteriores), faz com que sejam à medida daqui do “Perneta”…
...o problema está mesmo na distância, e esta coisa de ser muito corrivel tem muito que se lhe diga … o pessoal entusiasma-se e depois paga a factura. Vamos lá ver se eu me consigo controlar…eu cá estou desconfiado que me vou lixar desta vez, e que vou sofrer a bom sofrer J

Do Gangue dos Pernetas seremos 5 (Badolas, Zé Alexandre, Bruno, Filipe e o Moi-Même), e connosco vai o Francisco Terra. A diversão está garantida. E se o tempo ajudar, ouvi dizer que havia aí uma malta a preparar um piquenique para recuperar as forças depois do treininho.

E para não variar, na 2ª feira, pelas 7 da manhã, tenho que estar dentro de um avião em direcção à Alemanha…ai as minhas ricas pernocas J

Venha de lá a Geira Romana….Fortes, Fortuna Adjuvat!!! Avé César!!!

quinta-feira

Corridas destas dispenso...


..mas quando for preciso estarei preparado.

Na 2ª feira quando chego a casa depois do trabalho, vejo a Inês a pé pelas ruas de Canedo. “Então? O que andas aqui a fazer?” ….”a Tucha fugiu de casa!!!”….

A Tucha é a nossa cadela. Foi a “prenda” da Maria, que a escolheu num canil da zona quando fez 6 anos, em finais de 2011.

“é de raça pequena” dizia o veterinário do Canil…sim, sim, e eu não sou Perneta! …a raça pequenina deu numa cadela de dimensões bem grandes e umas poucas dezenas de kg….pequenina portanto!!! Como todos os animais lá de casa, também a Tucha é um membro de pleno direito da família, vive solta entre o terreno da casa e a casa (onde dorme)…além de ser lindíssima, é dócil e medricas até dizer chega…então quando há foguetes ou trovoada entra em pânico e só está bem dentro de casa e com pessoas por perto….acontece que na 2ª ao fim da tarde começou a trovejar, e talvez por isso ela tenha feito algo que nunca faz…sair pelo portão e afastar-se de casa sozinha.

Conseguem imaginar, chegar a casa e ver a Maria a chorar, destroçada L … “não te preocupes, que a gente encontra a Tucha”. A “fuga” tinha acontecido à pouco tempo, pelo que não poderia estar longe. A Inês e o meu sogro saíram de carro e eu, equipei-me e sai a correr – a pé sempre é mais fácil por certas ruelas, trilhos, mato…palmilhei tudo o que havia para palmilhar ali nas redondezas da casa, falei com dezenas de pessoas que ia encontrando e nada…ninguém tinha visto a Tucha. O mesmo aconteceu com a Inês e o meu Sogro. Estranho!! Cheguei a casa bastante cansado, tomei banho jantei e voltei a sair, primeiro a pé para mais umas voltas e depois com a Inês de carro. Zero. “Pode ser que volte durante a noite” … levantei-me várias vezes para vir cá fora ver se ela tinha regressado mas infelizmente não.

De manhã, antes de vir trabalhar fui dar mais umas voltas de carro, com o mesmo resultado do dia anterior. Nem sinal, ninguém a viu….comecei a ficar preocupado. Entretanto tivemos a ajuda de muitas pessoas amigas, publicações no facebook, cartazes colados pelos cafés e lojas da zona, policia e veterinário de sobreaviso. Muita gente ajudou como pode na procura da Tucha, mas ao fim do dia quando voltei a casa do trabalho, zero de resultados. Havia uma ou outra indicação que a tinham visto, mas eram em polos tão opostos e distantes que era difícil de acreditar que todos seriam sobre a Tucha. Mas seguimos todas as pistas…eu voltei a equipar-me e sai a correr e a caminhar com a esperança de a encontrar…subia aos pontos mais altos para ter uma visão mais ampla dos vales, falei com dezenas de pessoas que ia encontrando, mas zero de resultados. Cheguei estafado a casa, banho, jantar e fiquei a tomar conta da Isabel, enquanto que o resto da família saia de carro para mais uma procura sem resultado. A Maria continuava tristíssima, aliás como todos nós. Mais uma noite e nada a não ser mais um ou outro a dizer que tinham visto um cão parecido…só para terem uma ideia, uma das indicações ficava a mais de 5km de casa e outra ali perto a 500m…naturalmente que seguimos ambas as pistas.

Na manhã de ontem, a Inês levantou-se cedo e foi a pé dar uma volta, e eu em vez de vir a direito para o escritório decidi percorrer de carro uma zona por onde a Inês tinha andado na noite anterior, zona de estradas secundárias, com casas mas também muito mato…quando já estou mesmo para voltar à estrada principal para vir trabalhar, num cruzamento em Gião (a 5km de casa), entro à direita e ali está ela, a 100m…sou meio cegueta, mas não tive dúvida nenhuma, era a Tucha com mais dois cães….parei o carro, saltei para a rua e chamei “TUCHAAAA”… ela veio logo a correr…e não sei quem estaria mais contente…vejam bem, que nem foi preciso metê-la no carro, ela saltou por vontade própria para a mala da carrinha e foi a choramingar (de contente) até casa…não sei quem choramingou mais, se ela se eu J … agora imaginem chegar a casa, chamar a Maria e dizer-lhe “vai ali abrir a mala do carro”….pois JJJ

Foi uma história com final feliz, aproveito para agradecer a todos que de forma directa e indirecta ajudaram a recuperar a nossa Tuchinha.
Agora que já passou, posso dizer que à custa disto fiz uns belos de uns treinos entre corrida e caminhadas vigorosas, com bastante desnível. Resultado – empeno e dores nas costas. O empeno passa, e das dores nas costas trata a minha Inês J Mas também vos digo….corridas destas não obrigado, dispenso!!!  
Ouviste menina Tucha!!!...espero que não haja próxima...
Vejo-me negrinho para aturar o mulherio lá de casa J

 

segunda-feira

Razoável, apenas isso...


A semana que passou foi apenas razoável, nada mais que isso. Corri 3 vezes e fiz 50km…faltaram aqui 2 treininhos, mas a semana teve muitos imprevistos que me impediram de correr.

Mas fiz bons treinos:

2ª feira – 14,6km - voltei às series – eram para ser 8x1000m feitas num percurso continuo (não gosto de andar sempre no mesmo local para trás e para a frente ou às voltas), com intervalos de 400m a trote… a questão neste tipo de treino é que é difícil fazer as series dentro de uma média muito constante, pois depende muito da inclinação que fores encontrando -e neste dia apanhei quase sempre subidas durante as series. A minha ideia era faze-las entre 4,20 e 4,30min/km….acabei por fazer 10x1000m, com a mais rápida a 4,19min/km e a mais lenta (a última) a 4,44min/km praticamente sempre a subir. Fiquei todo partidinho  mas feliz da vida com os 4,40min/km de média final J

4ª feira – 12km a rolar - mesmo tendo descansado um dia, continuava cansado do treino de séries de 2ª. Senti-me melhor no fim do que no início do treino o que foi bom.

5ª e 6ª – descanso forçado. Vários imprevistos não me deram hipótese de voltar a correr. Nada a fazer.

Sábado – 24,4km – divididos entre 40 minutinhos de estrada, sozinho a rolar antes de “embarcar” num treino divertido de 2h30min com mais 8 Pernetas pelos Trilhos do Perneta 2. Além do percurso dos 10km que alguns já conheciam, fui-lhes mostrar os últimos 7km da volta dos crescidos J – o pessoal gostou e ainda bem, porque agora já não há volta a dar, é assim que vai ficar J ….neste treino ainda acumulei 750m D+ e senti-me muito bem.

Domingo – totalmente recuperado do dia anterior, mas sem hipótese de ir treinar.

Podia ter sido melhor, mas a semana não foi mau de todo. A minha preparação para S.Mamede continua sem ser a ideal, bastante irregular. Também não é agora a pouco mais de um mês que vou conseguir alterar alguma coisa, as coisas são como são, e quando lá chegar vejo como me desenrasco. Não há desculpas!!!

No próximo domingo vou participar nos 50km da Geira Romana – regresso a uma prova que foi a minha estreia nesta coisa das Ultras (foi em 2013). Não vou entrar em modo “descanso”, pois tal como as outras Ultras que já fiz este ano, também a Geira será em modo “treino” como preparação para os 3 dígitos em Maio. Conto fazer 2 ou 3 treinos antes de percorrer novamente os caminhos romanos pelo Gerês…”Avé César” J
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domingo

Trilhos do Perneta 2 - os videos e últimas inscrições


Ontem fizemos mais um treininho de reconhecimento....juntaram-se 9 Pernetas que às 7 de matina se fizeram aos trilhos... ao percurso dos 10km juntamos os últimos 7km da volta dos 30+ que são a subir do Inha à Sra.da Piedade (onde se dará a partida). Aproveitei para fazer uns vídeos que dão uma ideia do que vão ser os diferentes percursos:

Aqui o dos 10km (que são pouco mais de 9km na realidade)


Se quiserem ter uma ideia dos percurso dos 20+ (ca.23km), vejam o vídeo acima até ao 3min02seg (lugar de Serralva) e depois engatem neste até aos 3min15seg (rio Inha) para depois voltarem ao de cima do 4min17seg até ao fim:




Querem ver a volta toda (30+), juntem à confusão dos 20+  este próximo vídeo com um resumo dos 7km finais:


Confuso???? É melhor ver ao vivo e a cores...ainda temos 8 vagas por preencher...se estiverem interessados mandem mail para casc1972@hotmail.com, indicando primeiro e último nome, um contacto telefónico e informando que distância pretendem fazer (10, 20 ou 30km). É à borliú....

segunda-feira

Faltou um bocadinho assim...

Faltou mesmo só um bocadinho assim para a minha semana ser excelente a nível de corridas. Pelo que tenho visto por aí, a malta aproveitou o fim de semana prolongado da Páscoa e o bom tempo para correr muito. Eu nem por isso....de 6ª a domingo foi só um treininho de 2 horas pelos Trilhos do Perneta, e logo na 6ª... depois o resto do fim de semana foi dedicado à família, a aproveitar o bom tempo para sair o que soube muito bem.

Já se dorme melhor por estas bandas - ainda não é perfeito, mas incomparavelmente melhor do que nas semanas anteriores. E isto é muito importante!!! Daí que a força para treinar tenha voltado:

2ª - longo de 26km em estrada (4,59min/km de média) - isto enquanto a Maria estava no treino de vólei. Saí da casa para um longo, mas não sabia a que ritmo...comecei a sentir-me bem, mesmo tendo na primeira metade muitas subidas (foi um percurso de ida e volta)...estava bastante calor, mas consegui gerir bem o esforço e o meio litro de isotónico que levei comigo..."virei" aos 12,5km com uma média de 4,55min/km e decidi forçar o andamento até à meia-maratona - defini tentar chegar entre 1h42-1h43 à meia - a partir dos 15km já estava algo cansado muscularmente mas como era ligeiramente a descer a coisa ia-se fazendo, cheguei aos 19km com 4,53min/km e preparei-me para atacar os últimos 2km ... de repente aparece-me o Bruno e o Zé Alexandre em sentido contrário.....iiiiiiiiiiiiii (isto é o som dos meus joelhos a chiar com a travagem)....estivemos ali na converseta durante uns minutos e eu não desliguei o relógio...quando voltei à corrida a média tinha disparado para 5,05min/km e eu parecia que tinha 300anos...doía-me tudo...mas duas centenas de metros mais à frente lá voltei ao normal..."fogo, ia tão bem...agora nem abaixo dos 5min/km consigo chegar" ...quem disse??? ...posso não chegar, mas vou tentar....e lá meti uma abaixo e comecei a dar-lhe gás...a máquina ia prestes a estourar, mas lá me fui aguentando e a média baixava...."vou fazer mais um km" ....o 4,59min/km surgiu apenas a 200m de casa dos meus pais....ainda bem porque não dava para muito mais...que grande empeno (os últimos 6km foram feitos a 4,37min/km)!!!

3ª feira - 6,3km para chegar aos 300km em Março, feitos no tapete a muito custo.

4ª feira - 16,5km a rolar, entre asfalto e trilhos - Fiães, Caldas S.Jorge e Pigeiros. Muito calor, pernas muito pesadas....dificuldades a partir dos 6/7km, mas levei a coisa até ao fim.

5ª feira - descanso

6ª feira - 16,5km (2h) por Trilhos do Perneta 2 com quase 700m D+ - fui fazer o percurso dos 10km e depois engatei nos últimos 6km do percurso dos 30+....quase tudo feito a correr (a trote), muito calor (fui às 14.30h)...valeu-me ter levado a mochila com 1,5 litros de isotónico e as passagens no rio Inha para me refrescar.

Sábado e domingo descanso

Foram 4 treinos e ca.65km bem diversificados, com bastante desnível e em tipos de pisos diferentes. Faltou ali mais um treininho para chegar perto dos 80km, mas pronto, fiquei satisfeito.

Vamos lá ver esta semana como corre. Queria fazer mais qualquer coisa do que a semana que passou, para depois entrar numa espécie de estágio para a Ultra da Geira Romana que é já dia 19 deste mês. Este mês vai ser bastante intenso também por causa dos Pernetas 2 - os percursos estão praticamente definidos e interligados, mas falta fazer os reconhecimentos todos e levar lá os meus amigos que me estão a ajudar - é treino e convívio mas é preciso tempo e esse como sempre, anda escasso - e os Pernetas é já dia 1/5.



sábado

Trilhos dos Pernetas 2 - 10km

(circular enviada hoje aos inscritos nos Trilhos do Perneta 2)

Boas tardes amigos Pernetas,

aqui o vosso amigo Perneta-Mor foi ontem testar o percurso dos 10km. Tenho boas e más noticias para darEmoji

Para começar o percurso tem apenas 9,2km...pronto, alguns acham mal, outros devem estar aos pulos de contentes...mas o desnível anunciado está certo... em alguma coisa tinha que acertar, não é? ...depois tenho a dizer, que em alguns troços nos primeiros 3km a vegetação cresceu imenso nas últimas semanas... mas não se preocupem que dá perfeitamente para passar...aconselho é meias altas para evitar ao máximo arranharem as pernocas ...até podíamos ir limpar aquilo, mas não era a mesma coisa e como não vamos dar medalhas, sempre podem levar um lanhozito nas canelas para mostrar orgulhosamente aos amigos e à famíliaEmoji  ...boas noticias é que a Ponte dos Pernetas já tem corrimão novamente ...por isso já não a teremos que atravessar de gatas como no ano passado (estou a notar algum desalento, especialmente nos rapazesEmoji )...

(Foto da edição do ano passado)

... quer dizer, quem quiser atravessar de gatas está à vontade ....do rio até ao lugar de Serralva são aprox. 1km com 110m D+, ou seja, sobe pra cara...ças... . em Serralva terão um abastecimento...será igualmente em Serralva onde se dará a separação dos 10km com o restante grupoEmoji   ....depois será sempre a descer até ao rio Inha (ca.2km com 150m D-), na maior parte dos casos em trilhos de terra mas algo irregulares e com muita pedra solta.... ontem estavam secos, por isso a aderência estava excelente... no entanto é preciso ter atenção para não mandar uns valentes tralhos que podem dar direito a uns pontos...quando em "Trailês" se fala em juntar pontos para o UTMB (Ultra Trail de Mont Blanc) não é a este tipo de pontos a que o pessoal se refere, entendido?Emoji  ..chegados ao rio, agora é só percorrer a margem, sempre em plano até ao fim .... quer dizer, esqueci-me de referir que vão ter que atravessar o rio, umas 4 vezitasEmoji ...ontem o caudal estava baixo (pouco acima do tornozelo) e como estava calor (este vosso amigo, parvalhão, foi a meio da tarde), aproveitei para me refrescar em todas as passagens...aconselho vivamente!!

E pronto...é isto...acho que para experimentar esta coisa do Trail está bem catita...tem ali um bocadito de alcatrão pelo meio, mas é inevitável.

Total - 9,2km
Desnivel Acumulado - 620m (200 D+ e 420 D-)


Depois para regressar a casa fui ainda fazer os últimos 6km da volta grande...custou-me bastante, e não só devido ao calor...vai ser um final em beleza com 400m D+ em 6km Emoji
      

E pronto...é isto por enquanto...aproveito para vos desejar uma Boa Páscoa, comam muitas amêndoas para depois ir desfaze-las em km corridos por estradas e trilhos.

Abreijos
Carlos