sexta-feira

O Gerês não quer nada comigo....



Se não é assim, parece... depois de em Maio um Padre me ter lixado a vida, impedindo-me de ir correr a Geira Romana, desta vez foi um cirurgião que se lembrou de marcar uma operação a um familiar próximo para a véspera da Maratona do Gerês.

Á medida que se aproxima a data da Maratona do Gerês (próximo domingo), vão-se multiplicando os "postes" nas redes sociais da malta que vai participar, frases bonitas, motivação em alta, fotos espectaculares dos sítios onde vão passar, mapas de altimetria, conselhos...hmpffff....e eu lá vou aguentando a azia como posso :) ....mas ontem à noite foi por demais, foi a machadada final....estava eu, sozinho e abandonado num quarto de Hotel junto ao aeroporto de Hannover, quando vou ver os mails e um com o titulo de "Maratona do Gerês" chama a minha atenção... abri...fui incluído no mailing da malta do CAL, que se está a organizar para a viagem de domingo...ali estão eles, a combinar as horas de saída, todos contentes, como uns putos que vão de férias sozinhos pela primeira vez....embora eles já saibam que eu não posso ir, incluíram-me na mesma no mailing...AMIGOS DA ONÇA!!! ...eu acho que foi de propósito, mas deixem-se estar que não vão perder pela demora :):):) ...e lá tomei uma caixa inteira de Rennie...eu aguento-me, não se preocupem comigo...

Mesmo com estas provocações todas, ficam a saber que desejo a todos os que no domingo vão participar na Maratona do Gerês, uma aventura espectacular, superem-se e  curtam cada metro que vão percorrer.

Pronto....agora vou desligar o telefone, computador, fechar a porta do quarto, baixar as persianas...nos próximos dias que ninguém me fale em Maratona do Gerês, e ai daqueles que postem coisas lindas nas redes sociais ou nos blogues sobre esta prova...

E tu Ó GERÊS, não perdes pela demora...dia 19 de Abril vou aí nem que a vaca tussa :)

segunda-feira

as "férias" estão a ser boas, obrigado!!!


Desde que soube que não ia poder estar presente na Maratona do Gerês, que andava numa indefinição em relação às provas em que iria participar até final do ano. Ando com saudades de um bom e duro trail, mas por um ou outro motivo os que se apresentam no calendário até final do ano foram sendo riscados sucessivamente. Resumindo, em 2014 vou apenas participar na S.Silvestre do Porto e estar presente na Volta solidária ao Porto (que é apenas um convívio)…depois já em 2015, no dia 3 vou aqui ao lado, a Espinho correr a S.Silvestre na sua 1ª edição.

Curioso que desde o inicio deste ano, em estrada, apenas corri uma prova de 10km (em Fevereiro em Estarreja) e uma Meia-Maratona (em Maio em Cortegaça)..ou seja, num espaço de 6 dias vou fazer o dobro de provas de 10km que no resto do ano todo J

Parto para estas duas provas de espirito aberto, sem objectivo concreto…um dia gostaria de baixar os 40min, mas não vai ser agora. No Porto por causa do traçado da prova e da multidão presente, e em Espinho porque é uns dias depois das festanças e comezainas, além de não ter pernas para isso neste momento. Mas vou dar o meu melhor, tanto numa como noutra…e a pensar nisso, e embora continue de “férias”, esta semana fiz treinos a dar-lhe gás, a botar velocidade nestas pernas que andam com a malandrice J

2ª feira – 11km - ao fim do dia, tinha menos de uma hora para correr, tomar banho e pôr-me a caminho de um jantar de trabalho. A minha ideia era fazer um treino ritmado de 10km, tipo 4,45min/km…senti-me tão bem, que à medida que ia avançando e aumentando o ritmo…de tal forma que cheguei ao fim com uma média de 4,25min/km num traçado que teve quase 120m D+. Bem bom.

4ª feira – dia para fazer umas séries…faço de 1000, de 800?? Nem umas nem outras, faço de 400m que já não faço à muito tempo. Foram 12 sempre com 2min de intervalo, e a média foi surpreendente…3,45min/km. Parti-me todo, mas fiz….e no fim ainda corri 5km abaixo do 5min/km…total 15km… o banho de imersão no fim foi bem merecido…que grande treino.

Sábado – Maria no vólei e 2 horas de disponibilidade. Delineei um percurso durinho (acabou por dar 320m D+) que queria fazer uma média de 5min/km. Saio do pavilhão municipal de Fiães em direcção às Caldas de S.Jorge, rapidamente entro num ritmo abaixo do pretendido…é preciso ganhar tempo para compensar as subidas duras que terei de enfrentar…pouco passa de 1km, bem no centro de Fiães encontro um casal de amigos que já não vejo à muito tempo…e agora, paro e lá vai a média com o caraças, ou faço de conta, no máximo digo “olá” e sigo????....é evidente que parei J…a conversa foi curta, 1 ou 2 minutos, mas fiquei contente por os rever…volto à corrida, olho para o relógio (sim, o traidor agora funciona às mil maravilhas novamente) e a média está quase em 6,30min/km…já foste Carlitos…ou talvez não J… não sei o que acontece com vocês, mas eu consigo arranjar motivação assim em pequenos pormenores (inventar histórias, imaginar adversários, etc)…não me dei por vencido, mas sabendo que com o percurso que teria pela frente não ia ser fácil recuperar o perdido...Caldas S.Jorge e paragem na fonte para beber…siga…primeira grande subida até Lobão…custa, mas sempre a controlar….um pouco à frente do cruzamento da corga, em Vila Maior passo os primeiros 10km já com uma média de 5,09/km….os 2ºs 10km são bem mais difíceis, o traçado inclui uma subida longa que mata, além do cansaço que se acumula…chego a Canedo e viro para Sanguedo, por dentro…agora é sempre a descer bastante (até demais), aproveito para ganhar algum tempo e chego cá abaixo com a média em 5,04min/km…acho que já não vai dar… agora é enfrentar uma longa e muito inclinada subida até Sanguedo…forço para ver se não perco muito tempo…a primeira inclinação é a mais dura, são uns 500m a subir uns 50 D+, mas é vencida com a média em 5,06min/km…agora continua a subir até Fiães por mais 1,5km, menos inclinado, mas difícil de recuperar a respiração e tempo…chego “cá acima” com a média em 5,05min/km e faltam ca.3km para o fim…agora é mais ou menos plano…dou-me uns 200m para ir a “trote” e recuperar o fôlego e acelero…4,30, depois 4,20, 4,15…os segundos por km baixam e agora penso que ainda é possível…chego a andar a 4min/km…quando faltam ca.700m chego finalmente à média de 5min/km, mas quero ver um 4 ao inicio e forço mais um bocadinho…a 200m do fim vejo no ecrã 4,59/min e dou-me por satisfeito…reduzo o andamento e controlo até ao fim…que grande corrida, que gozo enorme, e que empeno para o resto do dia J

E com esta foi tudo esta semana…3 corridinhas apenas num total de 46km, mas todas elas excelentes.

Esta semana estou na Alemanha…não sei o que o programa me reserva ao certo, mas vou tentar arranjar uns tempinhos para correr e manter esta intensidade. Boa semana para todo o mundo e para mim também J

Pós Maratona e alteração de plano (forçado)


As coisas não andam fáceis por estas bandas…uma recuperação difícil, muito trabalho e uma alteração de planos forçada é a actualidade aqui do Perneta L

Logo na 2ª feira após a Maratona do Porto fui para a Suiça para uma semana de trabalho, que consistia em descarregar e carregar uns 150kg de amostras umas 3 vezes por dia…o tal reforço muscular que nunca faço…
Fotografia
...o que vale é que levei um escravo que se lixou como gente grande J …muscularmente as minhas pernas até que nem estavam muito mal, e fui melhorando de dia para dia, na 4ª feira até já estava em bem razoáveis condições… o problema, é que o meu joelho direito estava inchado, muito dorido, a perna não dobrava totalmente…fiquei preocupado, e evitei correr até ver o que isto ia dar. Regressei a casa n 6ª feira e o joelho já estava muito melhor…mesmo assim decidi dar mais uns dias.

Estive sábado em casa, e no domingo viajei até à Alemanha de leste, para mais uma semana de muitos km (de carro) e mais algum reforço muscular a carregar painéis J (mas desta vez a musculação era a dividir por 3)…e foi durante esta semana que regressei às corridas…já andava a ressacar J

3ª feira – de manhã bem cedinho lá fui fazer os meus primeiros 5km pós-Maratona do Porto. Meia horinha que me soube muito bem mas também a muito pouco. Quanto ao joelho, um pequena impressão mas nada de especial – acho que seria de estranhar era se não sentisse nada de estranho no meu joelho direito J …de salientar o frio que senti nas mãos…este morcão com umas luvas quentinhas da Maratona de Sevilha por estrear e deixou-as em Portugal J


3ª feira (não, não me enganei… J) …ao fim da tarde, quando cheguei ao Hotel ainda tinha algum tempo livre antes do jantar…como de manhã soube a pouco, toca a calçar as sapatilhas, colocar o frontal na testa e mais 5,5km nas calminhas. Mini Bi-diário…um luxo J

5ª feira – 12km ao fim da tarde pela zona de Charlorttenburg e Feira de Berlim. Uma corrida em ambiente urbano, muito diferente do que costumo fazer…o Hotel ficava bem a meio de uma avenida movimentada…perguntei ao recepcionista se havia por ali algum parque “grande” por perto…ele disse que sim, que um pouco mais à frente a uns 500m do lado direito tinha um parque muito bom para se correr…e lá fui eu…”é pá a coisa promete”…um lago, trilhos em terra, árvores, muito verde…mas o deslumbre durou apenas uns 500m mais à frente onde o parque acabava L …não vou andar aqui às voltas…ao regressar, vi ao longe o que me parecia uma torre de televisão…vou até lá….já à luz de candeeiros segui por entre ruas secundárias, bairros, praças, estações de metro, escadas e escadinhas e dei de frente com a Feira de Berlim….a torre parecia estar dentro do recinto da Feira e era de rádio…hmmmm..dei a volta a todo o quarteirão da feira, mas não vi forma de chegar à torre sem ter que entrar pela Feira dentro…e assim lá regressei ao Hotel, passando novamente no tal Parque que voltei a percorrer para completar a dúzia de km, agora completamente escuro, apenas com a luz do frontal ligado…havia ainda pessoas por ali sozinhas sentadas nos bancos naquela escuridão a fumar umas coisas e a beber umas bejecas, ficou-me na narina um cheiro agradável no ar (e não era tabaco) e na retina uma procissão de crianças pequenas com os pais, lanternas ligadas a cantarolar pelo parque fora...foi giro…belo treino, que acabou a subir as escadarias até ao 6º andar do meu Hotel…tudo lento e descontraído, e embora o joelho não se estivesse a queixar (muito) fui sempre na defensiva.

Sábado – Maria no Vólei e eu com o Badolas para mais um treininho…13km em que na primeira parte foi quase sempre a subir e o regresso pelo mesmo sitio quase sempre a descer. Os últimos 5km a 4,30min e chuva, muita chuva….senti-me bem.

Resumindo, depois de uma semana completamente a zero, na que passou já fiz 35km. Preciso urgentemente voltar a colocar mais km nas pernas…é que nos últimos tempos pareço uma larva…comer e beber tem sido por demais e a barriguinha já começa a pesar…tenho que recuperar…chega de javardice J
só coloco algumas poucas, tenham lá paciência :):):)
e pronto...já acabou...eiiishh...esqueci-me destas... :)
SORRY!!!
Esta semana estou em Portugal, e espero aumentar a quilometragem e voltar a colocar algum ritmo nestas pernas. Ao contrário do que previa, já não vou ter mais nenhuma prova este mês…com muita pena minha, não vou estar presente na Maratona do Gerês. Surgiu uma situação familiar que tem toda a prioridade….é pena, era um desafio à minha medida, ainda por cima uma primeira edição, mas paciência. Ainda andei a ver se dava para ir à UTAM fazer os 65km no próximo fim de semana (seria uma forma de me compensar), mas como vou de viagem para a Alemanha na 2ª às 6 da manhã, não seria sensato empenar-me todo e depois andar a penar na semana seguinte por terras germânicas. Gostava de fazer ainda em Dezembro, uma grande prova de trail para fechar o ano, mas ainda não encontrei nada de jeito. Se não arranjar, vou-me divertir em 2 ou 3 S.Silvestres aqui pela zona J.

Ainda a Maratona do Porto - episódios avulso


Além da corrida em si, a Maratona do Porto proporciou-me muitos outros momentos marcantes, episódios avulso que quero registar aqui para a posteridade.

No dia anterior à Maratona, e como sempre, desloco-me à Alfândega do Porto, para levantar o dorsal, dar uma vista de olhos para ver se apanho alguma promoção interessante, confraternizar com amigos e participar na Pasta Party. Este ano não fugiu à regra e fiz tudo isto – menos a parte das promoções, que não ando em boa altura de gastar dinheiro. Fui com o Badolas (o resto do pessoal foi em alturas diferentes ou delegou em mim o levantamento dos dorsais). Foi fácil o levantamento dos ditos, encontramos alguns amigos, entre os quais a Raquel Vasconcelos que conheci nos Pernetas em Março – a Raquel entra na história dos Pernetas como sendo a primeira mulher a completar a volta completa J - já agora parabéns pela 2ª Maratona concluída…

Quando vou a sair da alfândega para ir levar as mochilas ao carro, dou de caras com quem??? JoãoLima, Mafalda, Ricardo, Isa e Victor…um momento que já ansiava há muito… desde que descobri os blogues de corrida, dei de caras com o do João, um daqueles obrigatórios…com o passar do tempo, aprendi a gostar não apenas do que ele escrevia mas também a admirar o homem por trás, acompanhar as suas lutas e conquistas…um dia ganhei coragem e “meti-me” na conversa de um “post” qualquer e ele deu-me bola J…entretanto talvez já se tenha arrependido, pois agora sou “cliente” habitual e passo a vida a chagar com bitaítes por lá J … durante estes anos todos, ainda não tínhamos tido a oportunidade de nos conhecer pessoalmente e ali estava ele, de carne e osso à minha frente (ele existe mesmo J)…foi um grande momento para mim J Isa e Victor… nada de ciumeiras, tb gostei de vos ver, mas nós já nos conhecíamos de anteriores lutas J

No levantamento dos dorsais, mesmo antes de chegar a nossa vez, aparece um fulano com o que parecia ser uma maquina fotográfica…nós os 3 todos lampeiros estivemos uns segundos a fazer pose para uma foto até que descobrimos que o gajo estava mas é a filmar!!!! …ups…estão a ver aquelas velhotas nos casamentos, que nos filmes ficam quietinhas como se fosse para uma foto…pois, foi essa a figurinha que fizemos. Bem…não há-de ser nada…eles não vão escolher estes cromos para a reportagem sobre a 11º Maratona do Porto, pois não?. J

Nos anos anteriores sempre fui critico da qualidade da Bolognesa que serviam na Pasta Party Mas nunca deixei de participar (afinal estava pago J)…nas que participei no estrangeiro tb não era muito melhor…nunca foi grande problema, sempre levei na desportiva brincando com a situação. Desta vez tenho que dar o braço a torcer…este ano estava uma delicia, a massa estava “al dente” e a Bolognesa no ponto…muito bom mesmo. Parabéns por isso!!!
À noite fizemos um pequeno convívio – além do João Lima e família, da Isa e do Vitor, também marcaram presença a Anabela e o Paul Michel, que vieram ao norte apoiar uma catrefada de amigos. Foi giro, deu para nos conhecermos melhor, e descontrair um pouco antes do grande dia. Foi aqui que recebi das mãos do João o prémio do passatempo da Maratona de Sevilha deste ano, que venci com todo o mérito J (algum dia tinha que ganhar alguma coisa) – umas luvas que me vão fazer um jeitaço...

Um dos pontos altos neste jantar, foi-nos proporcionado pelo Jorge Branco. Não podendo estar presente, enviou-nos através do João um pequeno texto da sua autoria, onde retrata os últimos km de uma das suas Maratonas, corrida em Abril de 1985, e em que que fez o seu melhor tempo (3:10:27). O texto é fantástico, e proporcionou um belo momento de introspecção aos presentes – para mim serviu tb como uma motivação extra. O Jorge é um dos bravos pioneiros, que nos anos 80 ajudaram a “abrir” as portas da corrida para todos, tanto em estrada como em montanha. O blogue do Jorge, o “Último Quilómetro” é de leitura obrigatória e as minhas partes preferidas são as histórias dos malucos de “antigamente” , uns quantos corajosos que se aventuravam nas longas distâncias sem a segurança e os equipamentos de hoje… ainda não o conheço pessoalmente, mas  um dia destes há-de acontecer. Muito obrigado Jorge J

Durante a Maratona, fui reconhecendo algumas cara conhecidas das corridas entre o público, atletas que normalmente estão do lado de cá e que desta vez, por algum motivo não puderam correr mas não deixaram de vir apoiar o pelotão corredor. Gostaria de destacar dois…o Victor Coelho (grande atleta das longas distâncias – por exemplo com uma Spartathlon no currículo), organizador da Volta Solidária ao Porto (onde o conheci no ano passado) e que tem um blogue (onde deixou de escrever já lá vai um tempo)…pelo que tenho lido pelo FB, anda lesionado à muito tempo….lá estava ele, junto ao Fluvial a incentivar todos os que passavam por ele com entusiasmo…bem se via, que gostava era de estar a correr ao nosso lado (quer dizer, bem à minha frente), mas não sendo possivel não deixou de marcar presença…espero que recuperes rápido para poder voltar a fazer o que tanto gostas e obrigado pelo apoio. Depois o Paulo Massagista (tb o conheci na Volta ao Porto solidária do ano passado) – vi-o várias vezes ao longo do percurso a apoiar atletas, muitas vezes correndo ao lado dos amigos…porquê o destaque? …porque quando passei muito mal, ali na Avenida Brasil, ele apareceu, preocupou-se comigo, deu-me força várias vezes, mesmo não me reconhecendo…muito obrigado por tudo J Apenas dois exemplos da forma de estar na corrida que devemos valorizar.

Já que estamos numa de agradecimentos, não poderia deixar de passar em claro o trabalho de muitos fotógrafos, que ao longo do percurso, por paixão pela fotografia e desporto, nos iam tirando fotografias, que depois partilharam nas redes sociais de forma gratuita, oferecendo-nos uma belas lembranças desta Maratona. Para que não cometa a injustiça de me esquecer de algum não os menciono, fica aqui o meu agradecimento a todos eles.

Desde que dei o estouro, pouco depois do km 37, demorei 36min a chegar à meta…entre caminhada e corrida precisei de quase 7min/km, tendo “perdido” 10 minutos para o Gil neste últimos 5 km. O Gil estava à minha espera na meta e quando cheguei disse “já estava a ficar preocupado” J

Querem saber todos os números relativos à 11ª Maratona do Porto? Consultem o site do João Lima e este link….tá lá tudo J

Depois de ter finalizado a Maratona, encontrei o Artur e fui ao meu carro mudar de camisola, para voltar para a zona da meta. Queria ver alguns amigos a chegar, especialmente o João Lima a concluir a sua 3ª Maratona. Quando estamos mesmo a chegar à meta…pumba, catrapumba…trovoada e um diluvio daqueles…era o pessoal todo a fugir…todo não…nós e mais alguns poucos resistiram ao temporal e ao frio, e mantivemo-nos firmes e hirtos….eu ainda levei um guarda-chuva, mas havia ali muita gente a levar com a chuva pela cabeça abaixo…ver a Anabela toda encharcada ali aos saltos e aos berros pela zona da meta foi impagável J..  valeu mesmo a pena estar ali a assistir à chegada, ver aqueles atletas, familiares e amigos com as emoções ao rubro a cortar aquela meta….posso dizer que várias vezes suei dos olhos (sou um lamechas, que querem???) …assim de repente lembrei-me de um tal de arquitecto idiota qua anda por aí a chamar-nos de “interrompedores de transito”…esse artista deveria estar ali à chuva para ver a chegada destes heróis …se mesmo assim mantivesse a sua opinião idiota, então só mesmo à lapada é que lá ia….destaco igualmente o pessoal da organização, que mesmo com aquele dilúvio faziam questão de estar ali a receber todos os atletas que iam chegando à meta – aqui todos são tratados por igual, chegues em pouco mais de 2 horas ou mais de 5 horas – GRANDE AURORA CUNHA, incansável naquela recta da meta, para lá e para cá, a vir buscar os atletas, a incentiva-los e a correr com eles….num dos poucos momentos em que não vinha nenhum atleta disse-lhe “ Ó Aurora, já fizeste mais do que uma Maratona aí para trás e para a frente” ao que ela, toda encharcada mas sorridente respondeu “…eu gosto disto cara…. J) …mulher do norte, cara….!!!! J

Sabiam que o meu amigo Badolas acabou mais uma Maratona (penso que a 4ª)? Se nas outras pouco treinou, acho que desta vez exagerou na falta de treinos…não faço a mínima ideia, mas se tiver feito 200km em 3 meses será muito. Apenas um treino longo (a  Meia Maratona de Ovar + uns km antes da prova). Disse-lhe na véspera da Maratona, que iria sofrer como o caraças…e assim foi a partir dos 35km. Mas chegou ao fim, mais uma vez…e apenas dois minutos acima das quatro horas…gozar com o cara… J

Por falar em amigos, esta Maratona marca o regresso do Zé Miguel às provas, depois de mais de um ano de ausência. Toca a arrebitar, para voltares para junto do pessoal, onde a tua crista faz muita falta. O teu lugar é nas Maratonas e nos Trails, connosco…e sábado temos treino, não te esqueças :)


Lembram-se do meu relógio que não funcionou durante toda a Maratona? Nunca mais me lembrei do assuno, até entrar no meu carro para voltar a casa. Ainda antes de arrancar, olho para ele e ponho-me a  carregar nos botões....não é que o cabrão (desculpem, mas não tem outro nome) está novamente a funcionar a 100%, nenhum botão cola e apanhou GPS em 2 segundos???? "Filho da p...", se não tivesses custado uma pequena fortuna naquela altura tinhas ido pela janela fora e passava-te o carro por cima umas 50 vezes J

Quanto a mim, já estou à 8 dias sem correr….o empeno foi grande, mas a recuperação a nível muscular foi rápida. 4ª feira estava em condições de voltar a correr sem grandes problemas, não fosse o meu joelho direito (esse mesmo, à Mantorras), que inchou muito depois da Maratona, impedindo que conseguisse dobrar a perna na totalidade e me provocava dores - penso que inflamou. Apenas no final da semana passada ficou melhor, e decidi dar mais uns dias de descanso. Estive na Suiça na semana passada, e esta estou na Alemanha toda a semana…amanhã de manhã vou-me levantar cedinho para uma corrida ligeira…já estou com saudades J

quinta-feira

Maratona do Porto 2014 - a minha "festa"


São cerca oito da manhã…o “meu” autocarro acaba de chegar à zona de partida para mais uma Maratona do Porto, a minha 4ª consecutiva. Saio juntamente com os meus amigos do CAL (e não só) e deparo-me com um ambiente grandioso…o tempo está fantástico, milhares de camisolas de cores garridas andam ali a deambular de lado para lado, ora sozinhas ora em grupos, boa disposição e grandes confraternizações, uma miscelânea de idiomas….a Maratona do Porto cresceu, tornou-se adulta e já se aproxima das grandes Maratonas europeias.
A Maratona do Porto para mim não é apenas a prova em si, é ponto de encontro com muitos amigos que fiz ao longo dos poucos anos em que pratico esta modalidade, e que se juntam neste dia para percorrer os míticos 42,195km.

Cumprimentos, conversa fiada e rir, rir muito….o tempo até à hora da partida passa num ápice…quando damos por ela, só dá mesmo para ir entregar o saco ao camião, encontrar um local para mudar a água às azeitonas, e tirar a foto de grupo (tirada pelo grande Artur :))))
Fila de cima: Zé Alexandre, Francisco Terra, Primo do Zé Alexandre, Moi-Même, Badolas, Filipe, Zé Miguel, Miguel, Richard
Fila de baixo: Américo, Nuno Lima, Gil, Constantino, Xô Dias, Hélder, Serafim e Francisco Costa
Apenas uns minutos depois já estou na zona de partida, no “curral” B, rodeado pelos amigos do CAL (e não só) que vão partir nesta aventura…a maior parte já fez a distância, mas dois são estreantes e nota-se o nervosismo da primeira vez nas suas caras. Mesmo ao meu lado o Gil, …vamos juntos nesta aventura, pelo menos até meio…é esse o plano. Estranhamente não estou nada nervoso…estou confiante e a absorver o ambiente…treinei bem e as condições atmosféricas são as ideais…o que poderá correr mal? Aparentemente nada…

…faltam poucos minutos, e vejo montes de gente com os braços esticados para o céu….não, não estão a pedir força aos Deuses para enfrentar os 42,195km…estão com os respectivos relógios na mão, desesperadamente à procura de sinal de GPS. Tento ligar o meu e não consigo…acreditam que o meu botão start/stop colou? …estou ali a poucos minutos de iniciar a Maratona do Porto, com objectivos de tempo definidos e o gajo está de greve J …as muitas tentativas para resolver o problema não surtem efeito…os únicos dados que consigo ler são os bpm…tou feito J …3, 2, 1…”PARTIDA”…e pronto…lá começa a aventura…

…demoramos pouco menos de dois minutos para passar o pórtico da partida… siga…o Gil começa a furar pela multidão, e eu sigo-o…à media que vamos subindo para a rotunda da Boavista ainda vou tentando “descolar” o botão do relógio…consigo aceder ao menu…esperança…mas volta a colar L…agora pelo menos dá para ver o ritmo a que vou, mas sem conseguir ligar o cronómetro…mas serve de pouco porque não apanha sinal de GPS…filho da mãe, nos treinos nunca falha, mas nas provas já não é a primeira vez que isto acontece…que se lixe, vai mesmo assim…até vai ser giro, ao sabor do vento J … e com isto já estávamos com a Casa da Música ao lado direito, a prepararmo-nos para descer a Avenida da Boavista…pergunto ao Gil se já vamos no ritmo pretendido ao que ele responde afirmativamente…óptimo J
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…descer a  Boavista, incursão pelo Estádio do Bessa onde passamos o balão das 3h30, e regresso à Avenida da Boavista…sem problemas, ritmo bom a aproveitar que é a descer…apenas pequenas dificuldades em algumas zonas devido ao pelotão ainda compacto…além da malta da Maratona, começam a aparecer alguns atletas da Family Race (16km) vindos de trás…ainda antes da zona de chegada o Gil diz que tem que parar para uma pequena paragem técnica e para eu ir andando que já me apanha J …ó diabo…e agora??? …quem me vai guiar o ritmo? …olha, vou andando…ca. km7 tomo metade do meu primeiro gel – a minha táctica é tomar meio gel (90gr da Isostar) de 7 em 7km…tenho-me dado bem com este plano alimentar…

…mesmo antes do Castelo do Queijo o Gil volta a colar-se a mim J …diz ele “vais muito rápido”…pelos vistos fiz km a 4,15min/km…acertamos o ritmo e seguimos direcção a Matosinhos para o primeiro retorno junto ao porto de Leixões…os km passam bem…o Gil vai informando os ritmos a cada km…sempre ligeiramente abaixo de 4,40min/km….a umas poucas centenas de metros vejo os balões das 3.15h…bom sinal J
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…vou olhando para o pessoal no sentido contrário e reconheço muita gente… com isto não tarda e estamos novamente a chegar ao Castelo do Queijo, ca.14km, onde se dá a separação da Maratona com a Family Race…siga para a Avenida Brasilia…abastecimento do km 15 é o primeiro que uso para ir buscar uma garrafa de água…desde a partida que levava comigo uma garrafa de Powerade que entretanto acabou…sigo o meu plano de alimentação e tomo a segunda metade do 1º gel…
…passamos o Castelo da Foz e entramos na marginal do Douro…desde a separação com os atletas da Family Race que o pelotão da Maratona está mais espaçado….Ponte de Arrábida…continua tudo muito bem, vamos ligeiramente acima do pretendido, sempre à volta dos 4,40min/km e sempre a passar atletas …um pouco de vento de frente que até sabe bem nesta altura...no abastecimento dos 20km, além da garrafa de água, agarro um pedaço de banana…

…meia Maratona…”1h38” diz o Gil….excelente…mesmo sem combinar nada, era minha pretensão passar a primeira metade da Maratona mais rápido que o necessário, para dar para eventuais perdas finais…para atingir o meu objectivo é preciso arriscar…outro meio gel…um pouco mais à frente passam os primeiros africanos em sentido contrário, um deles segue isolado com alguma vantagem sobre o segundo…depois mais um grupo deles e um pouco mais atrás o Rui Pedro Silva… junto à Igreja S.Francisco, cortamos à direita a descer para a Ribeira….é das minhas partes preferidas, com as típicas ruas estreitas nesta zona histórica do Porto, aliadas às muitas pessoas presentes que criam um corredor para passarmos pelo meio… o apoio é constante (então as vendedoras ambulantes são um espectáculo)…as pernas aumentam o ritmo automaticamente…vejo o Pires a acenar (mais uma vez…nunca falha J) e atacamos a subida à Ponte D.Luis com força e determinação…passamos para o lado de Gaia…

…logo após passar a ponte vejo a Ana e a Isabel (esposa e filha do Zé Alexandre…tb não falham uma J)…ca.23km e continua tudo bem, embora já comece a sentir um bocadinho de peso nas pernas ...já á algum tempo que o Gil assumiu o comando definitivamente…estamos a ganhar tempo ao objectivo…mas ainda é muito cedo…entramos no empedrado…todos fogem pelos passeios, mas eu e outro colega vamos pela estrada…erro crasso…
...junto às Caves Ferreira acaba o massacre e voltamos a ter tapete de alcatrão…ali está a Samanta e o Bruno a berrar por nós (ó moço, o teu lugar é a correr a Maratona…vê lá se atinas)…GRANDES J …km 25 e tenho as pernas massacradas e o joelho direito dorido…maldito empedrado e mania de querer fazer a prova direitinha…o ritmo continua certinho, mas os bpm estão mais altos já a bater nos 170/min…mau…é tb a primeira vez que digo ao Gil para ir à vida dele se quiser…”não, ainda é cedo…anda daí, aguenta”…e eu vou aguentando…
…um pouco antes da Afurada está o nosso campeão Nuno (4 anos, 4 vezes ali nesta zona para tirar fotos e correr um pouco connosco – grande Nuno, obrigado J) …”então, como vai isso?” …”já esteve melhor” …é verdade…ainda vou nos 25km e já apresento um nível de cansaço bastante acima do que previra…passamos na Afurada, onde tem sempre bastante público o que ajuda…o retorno este ano é um pouco mais à frente (para compensar o do Freixo, que não vamos fazer por causa das obras)…o problema é que assim apanhamos uma subida do catano, que não sendo nada de especial, com estes km nas pernas massacra-me...o que vale é que a seguir descemos e consigo recuperar um pouco..."vai Gil!!!” …”não…anda, força..estamos quase nos 30”…

…tá difícil…mais meio gel…vou-me distraindo com o pessoal que vai em sentido contrário…vejo alguns amigos do CAL e outras caras conhecidas, pouco depois o Tiago Rodrigues…dá apenas para um cumprimento rápido…ajuda um pouco, mas não está fácil para manter o ritmo…voltamos a passar pelo Nuno…mais umas fotos e umas risadas…
…finalmente a placa dos 30km….”2h20min” diz o Gil…faço umas contas de cabeça…1 hora para fazer 12km…não vai ser fácil mas pode ser que dê…vamos a isso…chegamos à entrada do cais de Gaia e lá está o Bruno e a Samanta novamente…aquela pequena subida antes da rotunda das Caves Ferreira põe-me o coração a mil e deixam-me as pernas trémulas…fonix, ainda é tão cedo…agora vou pelos passeios sempre que posso…seguir pelo empedrado seria a morte do artista…subir para o tabuleiro inferior da Ponte D.Luis é um suplicio…preciso de reduzir o ritmo para recuperar o fôlego…
…no fim da ponte, do lado do Porto muita gente como sempre…mas muito calados…dou um grito de incentivo a pedir apoio e a reacção é imediata…”É isto cara..” J …e entramos no túnel da Ribeira onde normalmente vou abaixo…desta vez não acontece…siga….junto da Alfândega (ca.33km)…”Gil…vai à tua vida” ….”não, ainda é cedo…aguenta até aos 36km”…e eu lá vou fazendo das tripas coração…agora é já com muita dificuldade que consigo manter o ritmo…é mais ou menos por esta altura que começo a pensar que talvez não consiga ir até ao fim assim, e vou preocupado com o Gil que teima em não me deixar para trás…o gajo vai perder a oportunidade de bater o recorde dele por minha causa…insisto várias vezes para ele ir à vidinha dele, mas ele teima em não me deixar…

…35km…sinto que estou a dar as últimas…não são as pernas, que vão pesadas mas ainda andam…é todo o resto que está a ficar sem um pingo de energia…estou enjoado…mas meto mais meio gel e bebo água…continuo a minha luta…já ouvi muitas histórias de corredores que dão a volta por cima e ressuscitam, mesmo eu já o consegui em algumas situações, e é essa a minha esperança…36km e após mais uma insistência minha o Gil finalmente vai-se embora…

…agora estou sozinho, e sem relógio para saber a quantas ando….sei que levo ca.2 minutos de vantagem para as 3h20…a minha cabeça já só me manda parar, e eu, que até à data nunca andei numa prova de estrada continuo teimosamente a insistir em correr...o andamento baixa um pouco mas este km parece infinito….finalmente placa do km 37…

…poucos metros depois cedo…paro uns segundos e começo a andar…derrotado??? …não…dou comigo a pensar…”recuperas um pouco e depois voltas à luta”….e assim fiz…retomar a corrida é mais difícil do que parece…estou mesmo muito enjoado…tenho sede, levo uma garrafa de água na mão, mas mesmo água mete-me nojo…consigo correr, mas não consigo voltar ao ritmo que necessito…aqui sei que as 3h20 já não são possíveis e decido ir à luta pelo meu recorde pessoal (3h24)….mas é sol de pouca dura…paro novamente pouco depois da placa dos 38km…”vou tomar o meu último gel custe o que custar”…imaginem que não consigo abri-lo…insisto e continuo sem conseguir…a rosca nem se mexe….estou num estado lastimável…desisto de tomar o gel e volto a correr…Foz do Douro…km 39…
aqui já depois do "estouro"..numa fase em que vou a correr e me cruzo com o Joel Santos (a foto é dele - obrigado)...mesmo morto ainda dá para brincar e rir :P

…consigo correr…se conseguir recuperar um pouco de energia um novo recorde pessoal ainda é possivel…vou mais animado, mas mal entro na Avenida Brasilia dá-me uma vontade incrível de vomitar e paro novamente…quero deitar tudo cá para fora mas não consigo…tenho a boca seca, mas tenho nojo da água que levo na mão…nunca senti isto….até ao abastecimento do km 40 é uma luta constante para avançar….uns passos de corrida e muitas paragens…só quero chegar ao fim…sinto muito apoio por parte dos atletas que me vão passando, e por muita gente que está a assistir e a apoiar…dão-me força, incentivam-me a continuar…falta pouco, mas eu estou a “morrer”…

…finalmente o abastecimento dos 40km…forço-me a beber…pego numa garrafa de água, bebo de penalti, pego noutra e despejo pela cabeça abaixo…e sigo a caminhar…vou tentar correr…arranco devagarinho e vou melhorando um pouco com o passar dos metros…Castelo do Queijo e agora é subir até à meta…vou melhorando, não dá para grandes aceleradelas mas consigo imprimir um ritmo certinho…

…já vejo os pórticos ao fundo…muita gente…a meio da avenida passa por mim o balão das 3h30…não sabia a quantas ia…aquilo deu-me um bocadinho de força extra e motivação para tentar chegar abaixo dos 3h30…não consigo acompanhar o balão mas vou mais rápido…quando chego à curva da recta da meta, muito público mas estranhamente silenciosos…grito a pedir apoio e mais uma vez a reacção é imediata …
...”é isso mesmo J “….lá está a meta…que luta que foi para aqui chegar…a alegria de cortar mais esta é mais uma vez indiscritível…3h28,22min depois de ter partido J
Estou estafado, enjoado mas ao mesmo tempo muito satisfeito e feliz…como diz o João Lima não existem duas Maratonas iguais, e esta terá sido provavelmente a que mais me fez sofrer, socou-me vezes sem conta, obrigou-me a caminhar pela primeira vez e deu-me umas lições dolorosas J….e eu consegui ultrapassar todas as dificuldades.
Não consegui foi chegar no tempo para o qual treinei tanto… mas querem saber? ...não fiquei minimamente chateado com isso? É verdade…quando vi que não ia dar, fiz o “luto” em poucos segundos e segui em frente – se fosse por um azar, por uma lesão (como na Meia deCortegaça este ano) era capaz de ficar fulo, mas como foi por “falta de pernas” não - diverti-me imenso durante (quase) todos os 42km na companhia de tantos milhares de companheiros de luta, que encheram as ruas do Porto (Matosinhos e Gaia)…

…esta é a “minha” Maratona, é aqui que se juntam ano após ano (e cada vez mais), homens e mulheres dos vários quadrantes da corrida para se desafiarem e celebrar a distância rainha. Para um atleta de pelotão simples como eu, um indeciso que adora a corrida de estrada e o trail, é uma enorme alegria ver na mesma corrida muitos dos melhores atletas nacionais destas duas vertentes, provando que esse extremismo idiota que anda por aí a fervilhar e a tentar dividir estes dois mundos não faz sentido. A Maratona é isto, e no domingo foi mais uma grande festa!

Uma palavrinha para a organização. Apenas perfeita, como nos tem habituado a Runporto - tudo funciona na perfeição, o percurso é lindíssimo na minha opinião…tem muitos retornos? Sim…e ainda bem, porque assim passamos umas quantas vezes uns pelos outros o que nos dá a oportunidade de nos apoiarmos e de nos abstrairmos do esforço. No fim a já tradicional garrafa de Vinho do Porto (a minha será para servir nos Pernetas 2015), uma bela camisola (adorei a deste ano) e uma medalha espectacular, condizente com o valor de ser finalizador de uma Maratona. O novo recorde de atletas a concluir uma Maratona em Portugal (4042 – já repararam no 42 no fim???...coincidências???) é um prémio merecido para a Runporto. Só falta mais público, mas isso já depende muito mais de nós portugueses…está a melhorar, mas ainda pode e deve crescer muito neste aspecto.

Queria ainda dar os parabéns a todos que concluíram a 11ª Maratona do Porto, em especial aos meus amigos do CAL, dos blogues e das redes sociais. Estiveram todos em grande - os outros que me perdoem, mas o grande destaque vai para quem se estreou: Américo Gomes, Nuno Lima, Richard, Francisco Terra, Elisabete (obrigado pelo km 31)….tudo estreias em grande. Foram ferrados pelo bichinho da Maratona – já não há volta atrás J - espero não me ter esquecido de ninguém.

Por fim agradecer a todos que me apoiaram ao longo destas longas semanas de preparação, desde a minha família, aos amigos, e dos muitos desconhecidos (felizmente cada vez mais são agora conhecidos J) nas redes sociais e através do Papa Kilómetros. Foram e são muito importantes, assim como é espectacular ver tantas caras conhecidas ao longo do percurso – amigos que se deslocam ali com o propósito de nos apoiar nesta aventura – MUITO OBRIGADO a todos J  Um agradecimento muito especial ao Gil, por ter ido comigo durante tantos e tantos km..eu tenho a certeza que poderias fazer muito melhor se tivesses ido mais cedo...fiquei muito feliz por teres conseguido baixar o teu melhor tempo na mesma...estás lixado com o pupilo que arranjas-te...o gajo é malandro, que queres!!! J
Foi uma honra muito grande ter feito parte desta festa, e enquanto eu puder contem comigo para a Maratona do Porto…dia 8 de Novembro 2015 já está marcado no meu calendário J

…ainda tenho algumas coisas para contar, sobre o antes e o depois, mas isso fica para uma próxima posta…já vos chateei que chegue por hoje J …grande Ultraleitura que fizeram…obrigado e parabéns por isso tb J
...se uma imagem vale por mil palavras acho que é esta...foto tirada pelo meu amigo Nuno Silva (obrigado)...