Parece que foi ontem que
organizamos a primeira edição e, entretanto, já se passaram 2 anos …
incrível!!!
Depois de duas edições de
sucesso, onde se criou um espírito muito próprio entre todos, um espírito que
não se consegue explicar, que só quem lá está consegue sentir, estava na hora
de embarcar na 3ª edição.
A primeira edição foi
espectacular, tão espectacular que quando fomos para a 2ª edição no ano passado
havia um certo receio … será que é sempre assim? Será que vamos conseguir
replicar o ambiente criado na primeira edição? Receios esses infundados … a
segunda edição foi igualmente espectacular, o “espírito das 24h de P” foi
novamente vivido com intensidade. Isto deu-nos mais confiança … não tinha sido
por acaso e os receios para a 3ª edição já eram muito menos.
As inscrições correram mais ou menos bem … batemos o recorde com quase 100 participantes. Mais 23 do que em 2024. Mas o mais interessante é que havia muito mais gente para fazer as 24h … mais de 30 em individual, 9 equipas de 4 e 4 equipas de 2, ou seja, mais de 70 pessoas para as 24h, que são a verdadeira essência deste evento.
Já para as 3h
um fenômeno estranho … menos de metade de inscritos em relação aos anos
anteriores … ca. de 20 … Este evento não é um evento de massas, nem pode ser …
não há logística que o permita … mas haveria espaço para mais alguns.
Aliás existe outro fenómeno muito
engraçado … durante as 24h aparecem sempre muitos curiosos, das equipas em
prova ou mesmo de outras, vem apoiar ou simplesmente assistir … há sempre muita
gente que se entusiasma com o ambiente e acaba por dizer coisas tipo “ai isto é
assim?” … “se eu soubesse…” ….”para o ano também venho” … depois quando chega a
hora já não é bem assim 😉.
A verdade é que o conceito de
andar às voltas de 2km durante um dia inteiro parece maluquice (e na verdade
até é) e assusta a malta, mas ao mesmo tempo é único … corre-se, caminha-se, todos,
do mais rápido ao menos rápido, todos tem oportunidade de estarem lado a lado e
cria-se ali uma união e um espirito de entre ajuda que só quem lá está sente …
faças 50 ou 200km, as dores são as mesmas … e todos juntos, ali naquele pequeno
circuito onde ao fim de 2 ou 3 horas às voltas já lhe conheces todas as curvas
e até já dás nomes às pedras, fazem a loucura acontecer.
Nós, os organizadores tentamos
fazer a nossa parte, não falhar com nada para ajudar quem ali anda dentro a
superar-se … e não falo apenas na melancia cortada de fresco, na sopa salgada,
na Bolognesa ou aletria cheia de hidratos ou na cervejinha fresca que desidrata
mas sabe tão bem - também estamos ali para apaparicar a malta com um incentivo,
uma piada ou um simples olhar cúmplice … afinal estamos todos ali para o mesmo,
não é?.
A preparação começa sempre na 6ª de manhã … a tradição manda que o tiro de partida seja às 8h30 para um cafezinho no café Trovador … depois é acartar coisas, montar cenas … almoçar uma francesinha na Cervejaria Norte, voltar para montar coisas e acartar cenas. A tradição tb era eu e o Bruno passarmos a noite dentro do carro junto às cenas, mas este ano iria ser um vigilante contratado.
Como o vigilante contratado não pode, lá tivemos
que manter a tradição de ficar ali a dormir … este ano decidimos montar uma
tenda, uma aposta acertada pois é bem melhor que dormir dentro de um carro.
Mas antes de dormir mantivemos
outras tradições … experimentar os fogões e o frigorifico para ver se estava
tudo a funcionar 😉
A noite foi agradavelmente fria …
mesmo bem vestido, enfiado num saco-cama … mas consegui dormir qualquer
coisita.
O dia de sábado começou bem cedo,
era preciso ir buscar e montar as últimas cenas para então receber os nossos
convidados que iam chegando a conta-gotas, para levantar os dorsais e para
iniciar o erguer das suas “fortalezas” para as próximas 24h … é tão fixe ver os
espaços a encherem-se de tendas, montadas lado a lado … o nervoso dos atletas
(e o nosso também) é esbatido com piadas, pelo menos tenta-se … à medida que o
meio dia se aproxima já se nota o tal “espirito das 24h de P” … está
garantido!!!
Pouco antes do meio-dia o
habitual “briefing” descontraído, as palavras de boas-vindas e está na hora.
Meio-dia em ponto arranca o batalhão de heróis para a maluquice das 24h de P …
enche-se me o peito de orgulho a ver aquela pequena multidão de gente corajosa
… sei o que sentem … já fiz este tipo de loucuras …. O meu nervosismo foi-se
com o tiro de partida … agora é fazer acontecer …
Foi uma festa espectacular …
todos juntos fizemos acontecer mais uma vez. É emocionante ver a malta ali às
voltinhas, a divertir-se, a sofrer tb … mas no fim tudo vale a pena. Mais uma
vez viveu-se o tal “espirito das 24h de P” e tenho a certeza absoluta, que
todos nós que ali estivemos, organização, atletas e quem veio apoiar tb, levou
destas 24h um monte de bons momentos e no mínimo um punhado de novos amigos.
Resta agradecer a todos terem
tornado isto possível. Aos apoios (patrocinadores, entidades oficiais), aos
participantes e a quem veio apoiar.
Uma palavra muito especial ao
Domingos … já nem sei o que dizer sobre este homem. Temos uma sorte enorme em
tê-lo como nosso apoio na CMF.
Quanto à família Perneta o que
posso dizer mais? Fazemos acontecer … e embora não seja, até parece fácil.
Orgulho enorme em nós!!! O primo Fontes é que sabe … “ninguém nos fode” 😉
Contamos com vocês para a 4ª
edição? ….
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