Aviso: o texto que se segue é muito extenso - foram 4 dias em Paris, há muito a registar para que um dia mais tarde, quando for bem velhinho me lembre de todos os pormenores desta aventura. Se tiverem pachorra e tempo façam o fvr, mas depois não digam que não avisei....
A decisão
A decisão
Há sensivelmente um
ano participei na Maratona de Madrid (http://papakilometros.blogspot.pt/2012/04/maratona-maddid-2012-cronica-de-um-fim.html)
com um grupo de amigos, o que correspondeu à nossa internacionalização nas
corridas. Aqueles dias em Madrid foram giros, pela cidade, pela Maratona mas
muito mais pelo espirito de amizade que se criou (antes e durante) em volta de
um hobby que nos é comum a (quase) todos. A partir daqueles dias nada mais foi
igual, o “tal” grupo uniu-se (ainda mais) e daí já resultaram muitos e bons
convívios, e não só de corrida. Ainda em Madrid surgiu a ideia de tentarmos
todos os anos fazer uma Maratona internacional.
Durante os meses
seguintes, fomos analisando as possibilidades – Estocolmo (viagens e estadia
muito caras), Sevilha e Valência (por ser em Espanha – queríamos outro país),
Berlim ou Frankfurt (esgotadas) – uma a uma as opções iam caindo por este ou
aquele motivo até que ficaram duas opções em cima da mesa: Londres ou Paris?
Ambas eram muito apetecíveis, mas para ser sincero Londres era a que nos
seduzia mais – esta opção ficou de parte pelos 300 € de inscrição que nos
pediram. Estava decidido – vamos a Paris!!!
A Comitiva
Ao grupo do ano
passado (Eu, Badolas, Zé Miguel e Bruno) juntou-se o Pedro Lino tb do CAL
(queria estrear-se nos 42,195m) e o Filipe Fontes do Grupo Amizade S.J.Ver,
nosso conhecido e atleta das Corridas de Montanha – o Nuno do CAL desta vez não
pode ir. Com o grupo seguiam tal como no ano passado a Samanta e a Sónia. Havia
uma participante incógnita – uma menina ainda sem nome definido que verá a luz
do sol lá para meados de Setembro e que a Sónia carrega na barriguinha – a
“minha menina” como eu lhe chamo – eu explico porquê – um dia destes ia eu a
treinar com o Zé Miguel, e como ambos vamos ser pais lá para fim de Setembro
inicio de Outubro, o meu amigo armado em engraçado diz-me mais ou menos isto –
“sabes pá, giro giro era eu ter um rapazola e tu teres uma menina, para o meu
ter uma miúda para “namorar”….pois é, o problema é que vocês vão ter uma menina
e nós ainda não sabemos, mas se for rapaz….hehehehe….ó Zézinho vai preparando
lá o quartinho para o meu rapazola ir aí passar umas noites.
Preparação e Objectivos
Em Madrid no ano
passado levava um objectivo de tempo delineado, tinha treinado para isso, e com
o “stress”, de correr para um objectivo de tempo, não desfrutei do “passeio”.
Só posteriormente em conversas com os amigos é que dei conta do que tinha
perdido e decidi que nas próximas aventuras iria numa de “curtir” as corridas.
Assim foi para Paris - mas sem stress não quer dizer que não se faça um plano
de treinos e não se leve os treinos a sério.
O plano de treinos que
usei, foi o mesmo que me permitiu baixar as 3h30 no Porto em Outubro do ano
passado – 12 semanas com uma média de 4 a 5 treinos por semana, que incluíam
series (ou Fartlek) uma vez por semana e um treino mais longo ao fim de semana
– mas tudo sem grande rigidez.
O plano
iniciou a 15 de Janeiro – levava já uma boa base pois estava a finalizar um
plano intenso de 4 semanas para a Meia de Viana:
Maratona Paris
| |
Semanas de
preparação
|
12
|
Nr. de treinos
|
50
|
Treinos entre 15 e 20km
|
9
|
Treinos entre 20 e 25km
|
5
|
Treinos entre 25 e 30km
|
2
|
Treinos acima 30kms
|
4
|
Treinos de series
|
4
|
Kms totais
|
725
|
Pelo meio fiz apenas 3
provas, mas com excelentes resultados:
- 20.01 – Meia
Maratona Manuela Machado (com recorde pessoal)
- 10-02 – Trail
Sta.Luzia em Viana do Castelo (33kms)
- 17-03 – Corrida do
Pai – 10km (outro recorde pessoal)
Durante a preparação
não me lesionei, levei com muita chuva e frio mas tb não adoeci…. sentia-me
muito bem e mais do que preparado para enfrentar a Maratona…..com os resultados
obtidos nas corridas que fiz, houve ocasiões em que a minha parte competitiva me
dizia para tentar baixar o meu recorde, ao qual a minha parte mais sensata (sim,
tb tenho uma parte sensata) se conseguia sobrepor – nada disso – estava
decidido….é para curtir!!!
Além disso tudo,
convém lembrar que o meu principal objectivo “desportivo” para 2013 é tornar-me
Ultra-Maratonista e que a tentativa é já a 19 de Maio, ou seja, daqui a pouco
mais de um mês. Por isso, encarei Paris como um “treino longo” para a Geira
Romana.
Estava pronto.
A Viagem
Tal como em Madrid, a
ideia de fazer uma Maratona internacional não tem a ver exclusivamente com
corrida – naturalmente a ideia é aproveitar a viagem para conhecer a cidade e
por isso, decidimos ir já na 5ª feira de manhãzinha. Tinha planeado levar a
Inês e a Maria comigo desta vez, inclusivamente as viagens estavam reservadas e
pagas, mas por motivos profissionais de última hora, a Inês não pode ir e naturalmente
a Maria tb não. Fiquei com muita pena, especialmente pela Maria (era para ser a
estreia dela nesta coisa de andar de avião, e ela andava toda entusiasmada com
isso) – vamos ter que compensar isso num próxima oportunidade.
Toda a viagem foi mais
uma vez organizada pelo Badolas e a sua agência Rota Pontual na Feira (ó amigo,
esta publicidade custa 20 € para a caixa do CAL que está a precisar).
Este ano decidi
assistir ao sorteio dos quartos – depois das dúvidas do ano passado em Madrid
este ano “abri a pestana”. O sorteio foi efectuado umas semanas antes da nossa
partida, com grande pompa e circunstância à la “Champions League”, com bolinhas
com papelinhos lá dentro e tudo – estava naturalmente nervoso para ver quem me
iria calhar na rifa este ano…. E lá começaram a ser sair os papelinhos:
Quarto Nr.1 – Samanta
e Bruno
Quarto Nr.2 – Sónia e
Zé Miguel
…..uiiii……a coisa
estava a ficar preta….
Quarto Nr.3 –
Badolas…….ai que agora é que vão ser elas…..
E pimba…..Pedro Lino…..YEEEEESSSSS!!!!
Safei-me…..depois de ter vivido o terror no ano passado em Madrid, cheiinho de
medo, sem pregar olho durante dias seguidos eis que tive a melhor noticia que
podia ter tido…..estava com pena do Pedro Lino, saiu-lhe a fava, mas olha, ele
que se desenrascasse…
Quarto Nr.4 – Ia
dividir o quarto com o Filipe
Ufa….que alivio….mas
há cá cada coincidência….não é que as duplas Samanta/Bruno e Sónia/Zé Miguel
saíram novamente em sortes???
Tal como no ano
passado, ficou combinado eu levar a ala mais rasca (Bruno, Samanta e Pedro
Lino) da comitiva no meu espartano Lancia Y10 e o Badolas levar o resto do
pessoal no seu luxuoso BMW. Haviam de ver o meu boguinhas com 4 pessoas e
carregadinho de malas, a voar a grande velocidade até ao parque Low Cost do
aeroporto Sá Carneiro do Porto às 6 da manhã – nem sei como deu para levar tudo
– sorte teve o Pedro Lino, é que se as malas não coubessem já estava decidido
que era ele que ficava para trás.
No aeroporto a
confusão era total, de tal forma que entre o check-in, controle e embarque não
houve tempo nem para um café. A menina do check-in estava de bom humor,
disse-me para tentar estar na porta de embarque no máximo às 7.25 – eram
7.30h???? Detesto este stress, quando vou de viagem a nível profissional
prefiro estar 1 hora à espera do que andar a correr sem saber se apanho o avião
ou não – não é como outros que querem dormir até à última, não é senhor
Badolas?????
O voo da Easyjet saiu
a horas e ainda não eram 11horas da manhã e já estávamos a aterrar no aeroporto
Charles de Gaulle. A viagem correu bem, sem sobressaltos…apenas o suspeito do
costume, o amigo Badolas ficou meio trancado na casa de banho do avião e só
consegui-o sair com a ajuda da simpática hospedeira (não és tolo não :D).
Chegados a Paris lá
estava um simpático senhor com uma placa a dizer “José Coelho” para nos levar de
Shuttle até ao Hotel, que seria a nossa casa nos próximos dias. As minhas
expectativas eram do mais baixo que pode haver – tinha dado uma vista de olhos
nas fotos do Hotel no Booking e a avaliação dos comentadores era 6 (xiiii….o
mais baixo que anda por lá é 5,3 ou 5,4), com especial enfâse para o “bom
ambiente” nas redondezas do hotel...mas pronto…afinal na comitiva ia o Bruno,
gajo do Porto carago, com muitos anos de vivência em bairros tipicamente
tripeiros e o Zé Miguel, o gajo da crista…como toda a gente sabe, quem manda no
galinheiro é o galo…por isso, ali naquele quarteirão ele ia mandar – a não ser
que aparecesse um outro galo de crista maior do que a dele….bem, não haveria de
ser nada.
Feito o check-in no
Hotel, foi largar as malas nos quartos e
fazer o que um bom tuga tem que fazer…..comer!!!
O “Guia do
Maratonista” que nos foi entregue pela organização, tinha um capítulo dedicado
ao que um Maratonista deve e não deve fazer durante os últimos dias antes da
prova – aqui alguns exemplos:
Na semana antes da
Maratona, evite:
- refeições fartas e
bebidas alcoólicas
Pois sim, só nos 3
dias em que estivemos por Paris antes da Maratona, fomos almoçar e jantar
sempre fora, praticamente sempre com entradas, prato principal e sobremesa,
sempre regadas com cervejinha ou cidra – bem não se bebeu mais, pq os preços
das bebidas eram proibitivos (6 € por 0,33 de cerveja). As compras que se
fizeram no supermercado (para ter umas coisitas nos quartos), além de água e
fruta, incluíam chocolates de todas as formas e feitios. Isto para não falar
nos pequenos-almoços – eles eram torradas, croissants, bolinhos…enfim…
- Uma vida nocturna
excessiva
Aqui até nos portamos
bem (não podia escrever outra coisa, a minha Inês embora diga que não, lê o
Papakilometros). Só saímos todas as noites para jantar e regressamos sempre
cedo ao Hotel. Havia quem quisesse ir ao Moulin Rouge, mas eu convenci-os a
todos que isso seria a morte do artista.
- Sessões de treino
longas; os seus músculos necessitam de descansar para o grande dia.
Tá bem abelha…5ª, 6ª e
Sábado, de manhã à noite ao passeio, a visitar Paris de uma ponta à outra (há
que aproveitar), incluindo umas horas na Expo-Running. A cereja em cima do
bolo, foi o facto de termos ido correr 7 a 8km na 5ª e na 6ª ao fim da tarde,
antes de jantar. Só como exemplo – 6ª feira devemos ter feito no mínimo 15kms a
caminhar + 8km de corrida. Resultado – pernas feitas num oito.
Estão a ver porque é
que não se pode ir para uma Maratona destas a pensar em tempos – com este
pessoal não dá…eu bem queria ficar no Hotel a descansar mas eles não, vamos
para ali, agora para acolá….chiça…eles devem pensar que eu tenho a idade deles
não?
Running-Expo
Dizia o nosso amigo Zé
Miguel na 5ª de manhã….”é pá, eu preferia ir à Running-Expo no sábado de manhã,
íamos lá duas horitas e depois vínhamos para o Hotel descansar.”…..50.000 gajos
e gajas inscritos, mais os acompanhantes, dos quais de certeza muito mais do
que metade deixam o levantamento do dorsal para o último dia, e este gajo quer
ir para lá no sábado???? Tive que lhe dar duas chapadas (em pensamento) e puxar
do factor idade para impor respeito e dizer…”nada disso, vamos amanhã logo de
manhãzinha e mais nada!”… quem me conhece sabe que eu sou assim, meio
autoritário – deve ser da minha formação militar (que não tive, nem à tropa
fui, passaram-me à reserva territorial, facto que ainda hoje não
ultrapassei….como é que o meu vizinho Marcelo, coxo e com um olho de vidro foi
12 meses para a marinha e eu, alto e espadaúdo, cheio de saúde, fui colocado na
prateleira?)…voltando ao que interessa, a ida à Running-Expo foi então na 6ª de
manhã.
Logo depois do
pequeno-almoço, ca. das 9h lá nos dirigimos ao metro e seguimos até ao Parque
de Exposições de Paris onde estava localizada a dita da Running-Expo (ler com
sotaque franciú por fvr), para levantar os dorsais e dar uma vista de olhos
pelos expositores.
Mal entramos dirigimo-nos
a um balcão para validar o nosso certificado médico (obrigatório) e só depois fomos
levantar o dorsal. Tudo muito bem identificado, com gente muito simpática a
atender-nos até em inglês. O primeiro choque veio quando fomos levantar o
saquinho e vimos que não continha nenhuma camisola alusiva ao evento – fiquei
pior do que estragado e com um mau humor incrível – então numa prova destas,
Asics como patrocinador e nada de camisola???
Logo depois entramos numa zona ampla onde
estavam instalados os expositores. Estava à espera de uma feirita tipo a da
Maratona do Porto ou de Madrid, ok, talvez um bocadinho maior….o que
encontramos foi apenas e só o paraíso para qualquer corredor (endinheirado)…era
realmente uma verdadeira Feira de Running, a Asics como patrocinadora oficial
estava naturalmente em destaque com muitos produtos alusivos ao evento,
incluindo camisolas (decidi que não ia comprar nenhuma, em forma de protesto).
Estavam lá praticamente todas as marcas conhecidas (e menos conhecidas), a
mostrar o que de melhor se faz para o nosso desporto, não só de corrida de
estrada e pista, mas tb de trail, montanhismo e afins, incluindo todas as
grandes marcas de electrónica, suplementação e um sem fim de stands promovendo
Maratonas e outro tipo de Corridas por todo o mundo, incluindo a Runporto a
promover a Maratona do Porto – estivemos com o Tiago Teixeira, tiramos umas
fotos que até estão no site deles – e a de Lisboa tb, embora integrada
juntamente com outras pela empresa que gere as corridas Rock ‘n Roll.
Pois, o problema é que
descontos nada….tudo a preço normal se não mais caro do que em Portugal – eu
que até ia com ideias de comprar umas sapatilhas novas (as minhas Nimbus 14
estão a dar as últimas) – nada feito – bem, um ou outro ainda comprou qualquer
coisita (uns cintos de Maratonistas e tal), andamos aos brindes e ainda deu
para fazer um teste aos meus ricos pezinhos na Asics, a chamada Foot ID, onde
chegaram à conclusão que eu devia calçar o modelo Nimbus…grande novidade!
Conhecemos o André, um dos responsáveis pela Asics em Portugal – claro que
aproveitei para reclamar das camisolas – foi ele que nos disse que só havia camisola
para quem acabasse a Maratona, ou seja, queres a camisola…corre até ao
fim…fiquei logo bem disposto outra vez, afinal havia camisola. Ainda lhe
fizemos o choradinho mas nada de vales de descontos, patrocínios para o CAL,
etc…bem, não custou tentar.
No meio disto tudo,
ficamos a saber que não se pode contar com o Badolas para nada. Ele e o Pedro
Lino fizeram uma asneira na feira (e mais não digo, foi sem intenção mas não
interessa)….o resto de pessoal decidiu castiga-los com uma brincadeira….o Bruno
foi colocar-se ao lado de um senhor simpático de raça negra, com 3m de altura e
2 de largura e cara de poucos amigos….sim, um segurança….e eu liguei ao Badolas
que andava noutra zona da feira a passear, dizendo-lhe que viesse depressa que
o Bruno tinha sido apanhado pelo segurança que só o deixava sair dali se ele e
o Pedro Lino viessem resolver o problema que tinham provocado….eu devia ter
gravado a conversa, nem sei como não me escangalhei a rir ao telefone….o
Badolas muito aflito, sempre a dizer “tás a brincar?” e eu na minha…”achas que
se brinca com uma situação destas…anda daí que aqui mais ninguém fala
francês”….diz ele “vou já para aí, tou aqui ao lado da restaurante”….isto era a
100m de distância….como ele nunca mais chegava, liguei-lhe novamente e
perguntar onde andavam e com muita surpresa minha diz-me ele “tamos aqui ao
fundo do pavilhão do lado esquerdo, perto da saída”…..olha os gajos iam pôr-se
a andar e deixar a malta ali a levar porrada…passei-lhe uma descasca ao
telefone sem me descoser com a verdade….ele cada vez mais aflito “tás a
brincar, não estás? Olha que não se brinca com isto”…e nisto diz-me ele quase a
desmaiar ….”fala aqui com o Pedro Lino” e passou o telefone ….aqui não me
consegui conter e desatei à gargalhada ao telefone, já com o Pedro Lino do
outro lado do telefone….é pá, apanharam um susto tão grande que acho que
encheram a fralda….mas foi bem feito e ficamos a saber que não podemos contar
com eles :D ….
Acabamos por almoçar
pela Feira, ao contrário do habitual, a ementa não contemplava massa mas sim
arroz (de cogumelos ou frango), uma banana e uma garrafa de Água de 1,5ltr –
tudo por 5 € e até nem estava nada mau.
Foram bem mais de 2
horas que passamos na Running-Expo. Depois disso decidimos ir visitar a
cidade….
Paris
Nunca tinha estado em
Paris, a não ser em trânsito no aeroporto Charles de Gaulle… na profissão que
exerço, a França não faz parte dos mercados da minha responsabilidade. Para ser
sincero, Paris nunca fez parte daquelas cidades que gostaria mesmo de visitar,
muito talvez por ter a ideia pré-concebida de que não gosto dos franceses – não
tenho nenhuma razão para isso, mas pronto….o mesmo se passa com espanhóis e o
estranho é que as duas Maratonas internacionais que fiz foram exactamente em
Espanha e em França.
Nos 3 dias que
antecederam a Maratona, aproveitamos para palmilhar a cidade o mais possível. O
meio de transporte usado foi o metro, que funciona às mil maravilhas, vai a
todo o lado, não é complicado e a nível de preços é acessível. E assim
foi….Torre Eiffel, Louvre, Notre Dame, Sacre Couer, Champs-Élysées, Musée
d’Orsay, etc, etc, e tal …caminhadas junto ao Sena e jantar na zona de
Saint-Germain incluídos. Ponto alto para mim foi a visita à campa de Jim
Morrison no Cemitério Pére-Lachaise – para quem gosta de rock, ele foi sem
dúvida uma das figuras mais influentes na sua época e ainda hoje é referência
para muitos músicos e não só – visitar aquele lugar foi sem dúvida especial
para mim.
No que diz respeito
aos franceses, afinal não foi tão mau como estava à espera, eu tinha-lhes
colado um rótulo de arrogantes e chauvinistas a todos. Tivemos de tudo,
apanhamos pessoas simpáticas e atenciosas e tb alguns que correspondiam ao que
eu tinha imaginado – um dos empregados do Hotel (um loirinho que fazia as tardes)
era um desses – o que vale é que eu tenho uma paciência do caraças.
A nível de comida tb não
foi mau – evidentemente que não fomos aos melhores restaurantes de Paris
experimentar a “nouvelle cuisine” – pagar muito e passar fome não é para esta
malta. Fomos a algumas Brasseries e até comemos bem e pagamos menos do que eu
estava à espera – as bebidas é que eram muito caras – refrigerantes custavam no
mínimo € 4,50 e cerveja € 6,00 – fonix que nem na suiça. O que faz falta a um
tuga é um bom café – bem fomos experimentando em vários sítios (em média € 2)
mas não eram grande coisa. Resumindo, para comer e beber bem e barato não há
como o nosso Portugal!!!
Fiquei fã de
Paris…aquilo tem um certo charme….a visitar com mais tempo no futuro. De todas
as cidades que conheci (e já vi muitas), Paris está juntamente com São
Petersburgo no topo da minha lista das cidades mais belas.
Sábado à
noite....pouco passa das onze quando chegamos ao Hotel. Tínhamos ido comer uma
massinha a um italiano, como mandam as regras. Hoje nada de cartas no bar de
Hotel….”amanhã às 6.30h cá em baixo para o pequeno-almoço….boa noite” … e lá
regressamos aos quartos para preparar tudo para o dia seguinte, despertador
para as 6 da manhã…pouco depois já estava enfiado debaixo dos lençóis, a sentir
as pernas estafadas.…pensava para mim “tou lixado…como é que vou correr a
Maratona amanhã com estes dois calhaus no lugar das pernas….deixa lá, amanhã
desenrasco-me…se não for a correr, vou a caminhar”….não demorei muito a
adormecer e até descansei razoavelmente bem.
Domingo, toca o
despertador…check às pernas….não há milagres, estão pesadas…..toca a equipar e
descer para o pequeno almoço, que foi muito leve….cházinho, um croissant e um
pouco de iogurte com cereais.
Volto ao quarto para ir buscar o meu cinto…gel, barras, telemóvel, máquina fotográfica, lenços de papel, nota de 20 € e bandeira de Portugal. Levo o mp3 ou não? Nada disso, é para curtir o ambiente….vamos a isso.
Volto ao quarto para ir buscar o meu cinto…gel, barras, telemóvel, máquina fotográfica, lenços de papel, nota de 20 € e bandeira de Portugal. Levo o mp3 ou não? Nada disso, é para curtir o ambiente….vamos a isso.
Saímos do Hotel
passava pouco das 7 horas e estavam 0 ºC…frio….pelo menos não havia vento como
nos dias anteriores. Eu levava calças, uma camisola térmica, impermeável por
cima do equipamento e luvas – ia dividir um saco com o Filipe e deixar a roupa
na zona da meta para levantar no fim da corrida.
A viagem de metro correu
bem, mas podem imaginar que grande parte da viagem foi feita tipo sardinha em
lata – dentro das carruagens ouvia-se uma miscelânea de línguas – era gente de
todas as raças e feitios, homens e mulheres literalmente dos quatro cantos do
mundo. Quando saímos do metro, demos de frente com o Arco do Triunfo, ali
imponente bem no centro de uma grande rotunda repleta de pessoas a andar de um
lado para o outro, a tirar fotografias e a confraternizar – o céu estava azul e
o sol espreitava timidamente – grande S.Pedro, mais uma vez a dar uma ajudinha à
tribo corredora (ele gosta de nós). Lá tiramos as nossas
fotografias para a posteridade e estava na hora da tradicional visita à
casinha....aqui atrasamos um pouco, pois como sempre escolhemos as filas que
demoram mais tempo.
Faltava pouco mais de 25 minutos para o tiro de
partida….toca a tirar a roupa quentinha…última foto de grupo….brrrrr, que
frio….e agora, onde entregamos o saco….só eu e o Filipe é que tínhamos saco e
lá andamos por ali às voltas a correr à procura do sitio onde o entregar…corremos
mais de 2kms (a 5min/km – para ele um aquecimento, para mim uma tortura…ai as
minhas ricas perninhas)....no meio daquela confusão voltamos a encontrar o
Badolas e o Zé Miguel que tal como eu estavam no curral das 3h30…o Bruno e o
Pedro Lino já tinham seguido para o das 4h….despedimo-nos do Filipe que seguio
para o das 3h.
As partidas na
Maratona de Paris são na Avenida Champs Élysées, e são dadas por vagas….primeiro as cadeiras de
rodas, depois as elites, depois os das 3h, 3.15h e assim sucessivamente…só para
terem uma ideia da enormidade da coisa, do primeiro atleta até ao último
estimam 1 hora de diferença na partida.
Quando entramos no nosso curral eramos dos últimos, ficamos bem cá atrás e não demorou 5 minutos a dar-se o tiro de partida para o nosso grupo. A avenida é tão larga que não existe qualquer problema, quem quiser pode arrancar a grande velocidade desde o primeiro metro…nós os 3 lá fomos na onda do pessoal, a curtir o ambiente, e mesmo sem combinar nada entramos num ritmo a rondar os 5,15min/km aproximadamente. As pernas estavam mesmo pesadas, para mim era como se estivesse já no km 25.
Quando entramos no nosso curral eramos dos últimos, ficamos bem cá atrás e não demorou 5 minutos a dar-se o tiro de partida para o nosso grupo. A avenida é tão larga que não existe qualquer problema, quem quiser pode arrancar a grande velocidade desde o primeiro metro…nós os 3 lá fomos na onda do pessoal, a curtir o ambiente, e mesmo sem combinar nada entramos num ritmo a rondar os 5,15min/km aproximadamente. As pernas estavam mesmo pesadas, para mim era como se estivesse já no km 25.
Km 1-10km
Ao fundo da Avenida
contornamos a Place de la Concorde e enfiamo-nos bem no centro de Paris….uma
festa, as ruas cheias de público, bandeiras de todas as nações que possam
imaginar, bandas de todo o tipo a animar o pelotão. Quando dás por ela os
primeiros 2 kms já foram. Ao km 5 a Place de La Bastille e primeiro
abastecimento de água que aproveitei – nas Maratonas tenho o hábito de não
falhar qualquer abastecimento – como sempre carreguei uma garrafa comigo. Por
volta do km 8 ou 9 o Zé Miguel disse que tinha de parar para mudar a “água às
azeitonas”, para nós seguirmos sem ele, coisa que fizemos. O ritmo ia constante
e não tardou estávamos a passar o pórtico dos 10km e logo à frente mais
abastecimentos (água, bananinhas, laranjas, açúcar em cubos e uvas passas) – o
ritmo cardíaco ia abaixo dos 140bpm, se não fossem as coxas iria impecável.
Km 11-20
Nesta fase da prova
passa por nós um dos pacemakers das 3h, e com ele fomos ultrapassados por umas
dezenas de corredores que o seguiam….baralhou-me completamente….o que é que
este anda aqui a fazer? Ao km 12 entramos nos Jardins de Vincennes (que iriamos
contornar) com o seu grande Palácio imponente….sempre que entravamos em zonas
de jardins a quantidade de público diminuía…..continuávamos a um ritmo bastante
constante 5,15 a 5,20min/km. Continuávamos a aproveitar os abastecimentos – eu
era água, banana e laranjas (que boas que estavam) – entre o km 15 e 18 tomei o
primeiro gel (eu uso o da Isostar com tampa de rosca, assim dá para ir tomando,
não é necessário tomar tudo de uma só vez).
Ao km 20 entramos novamente na cidade, e a quantidade de público voltava
a aumentar…..”Allez Carlos” era uma constante – o meu amigo Badolas já se
estava a passar – amigo, é o que faz ser um gajo simpático e charmoso, além
disso o meu dorsal só tinha “Carlos” e o teu “José Coelho”….primeiro que alguém
diga “Allez José Coelho” já tu vais longe :D.
Km 21-30
Foi a fase em que me
senti melhor, não sei se foi do gel, mas as pernas estavam mais leves. Foi tb
nesta fase em que começamos a ver já muita gente a entrar em dificuldades….sem
aumentar o ritmo íamos sempre a ultrapassar – não tinha qualquer dificuldade em
acelerar de vez em quando para passar outros atletas. A passagem ao Km 21 é
fantástica, muita gente se concentra nessa zona e muita animação. Ao Km 23
entramos na Avenida junto ao rio Sena, e até aos 30kms vemos ao longe a Catedral
de Notre Dame o Musée D’Orsay e finalmente a Torre Eiffel. É tb nesta fase que
o terreno sofre algumas oscilações, com as descidas e depois subidas ligeiras
para passar debaixo das pontes….é igualmente a zona onde as estradas estreitam
e o pelotão anda mais junto, mas tb onde se sente mais proximidade e o carinho
do público - maravilhoso. Fomos sempre mantendo o ritmo, e só baixávamos um
pouco nos abastecimentos (sempre de 5 em 5km).
Km 30-40
Como se diz, é aqui
que começa a verdadeira Maratona, é esta a terrível fase em que se costuma
bater no tal “muro” que ninguém vê chegar. Pois, mas nem sempre é assim….tanto
eu como o Badolas íamos bastante bem (para quem já levava tantos kms), o meu
único receio continuavam a ser as minhas pernas pesadas, que de um momento para
o outro poderiam dizer “basta”… numa ou noutra altura até tínhamos que travar o
andamento para não exagerar. Pelas minhas contas a continuar assim poderíamos
chegar em 3h45min. Nesta fase, grande parte do percurso é feito dentro do
Parque de Boulogne (dos 32 aos quase aos 42km). Aos 36/37km tomei o segundo gel
para fazer face a algum cansaço que comecei a sentir, mas continuava a manter o
ritmo sem dificuldades, apenas as pulsações tinham aumentado acima das 155 bpm.
E lá passamos a placa dos 40km.
KM 41-42,195
Passada a placa dos
41kms ainda dentro do Parque de Boulogne estava na hora de desfraldar a
bandeira de Portugal…com o Badolas a agarrar de um lado e eu do outro (uma
repetição de Madrid) fomos fazendo a nossa festa…ainda antes do km42 vimos a
Samanta e a Sónia…gritos de incentivo e lá estava a Porte Dauphine e o km 42…. só
mais uns metros e ainda antes de passarmos a linha da meta ouvimos a speaker de
serviço a gritar “Portugal”…até me arrepiei….fantástico.
Só passado alguns
segundos de ter passado a linha de chegada é que me lembrei do relógio que
marcava 3h46,55 quando eu o parei (oficialmente viria a ser 3.46,09) o que para
mim é o segundo melhor tempo nas 4 Maratonas que fiz e para o meu amigo Badolas
é um belo recorde pessoal.
Depois foi receber a medalha (linda), a camisola de Finisher e uma protecção para o frio, tirar uma fotos e procurar o Filipe que estava à nossa espera. Aos poucos fomos recebendo mensagens dos outros amigos que terminavam as suas provas – mais uma vez todos finalizaram a Maratona.
Pedro Lino – 4h12min – tornou-se maratonista em Paris. Fez parte da prova com o Bruno, mas depois deixou-o e arrancou para acabar sem grandes dificuldades, fruto do treino que fez nos últimos meses. É como se diz, não custa correr a Maratona, custa é treinar para ela e o Pedro Lino fez tudo certo nos últimos meses. Não tinha a mínima dúvida, que em condições normais terminaria bem, embora saibamos que nestas distâncias existem sempre imponderáveis. Diz ele que quando chegou ao fim não consegui-o conter as lágrimas – é bom, é sinal da importância que o feito teve para ele – ele merece, aplicou-se, está a evoluir e tem potencial para muito mais. Parabéns Campeão e mais uma vez bem vindo ao clube dos Maratonistas.
Depois foi receber a medalha (linda), a camisola de Finisher e uma protecção para o frio, tirar uma fotos e procurar o Filipe que estava à nossa espera. Aos poucos fomos recebendo mensagens dos outros amigos que terminavam as suas provas – mais uma vez todos finalizaram a Maratona.
Pedro Lino – 4h12min – tornou-se maratonista em Paris. Fez parte da prova com o Bruno, mas depois deixou-o e arrancou para acabar sem grandes dificuldades, fruto do treino que fez nos últimos meses. É como se diz, não custa correr a Maratona, custa é treinar para ela e o Pedro Lino fez tudo certo nos últimos meses. Não tinha a mínima dúvida, que em condições normais terminaria bem, embora saibamos que nestas distâncias existem sempre imponderáveis. Diz ele que quando chegou ao fim não consegui-o conter as lágrimas – é bom, é sinal da importância que o feito teve para ele – ele merece, aplicou-se, está a evoluir e tem potencial para muito mais. Parabéns Campeão e mais uma vez bem vindo ao clube dos Maratonistas.
Bruno Pinho – 4h24min
– conclui-o a 3ª Maratona. Este meu amigo está sempre a surpreender-me – treina
pouco, mas com a casmurrice dele atinge sempre os seus objectivos. Para esta
Maratona pouco treinou, esteve parado por duas vezes, com problemas de dores numa
costela e um dedo partido. Mesmo assim, chega a Paris e acaba num tempo bem
bom. Consta que já muito perto da meta recebeu uma chamada da Samanta – ele
tinha passado por ela sem a ver…o que é que ele fez? Deu a volta e foi a correr
em sentido contrário até a encontrar…deu-lhe a beijoca prometida e voltou a
correr para finalizar a prova.….diz ele “havias de ver o público a gritar
comigo a indicar-me o sentido correcto da prova” ….. Grande Maluco este Bruno.
Zé Miguel – 4h32
– foi connosco até aos 8 ou 9km…depois fez toda a prova sozinho. Aos 18kms
começou a ter problemas de intestinos e teve que parar várias vezes para ir à
casa de banho. Anda com azar nas Maratonas (em Madrid foi com cãibras desde o
km 24) mas acaba sempre as provas – é um guerreiro. E já conta com 3 Maratonas
no currículo.
Filipe Fontes – 3h09
– este nosso amigo é uma força da natureza. Ele gosta é de correr nas
montanhas. Embora corra há quase 20 anos, esta foi apenas a 2ª Maratona de
estrada (já fez muitas em montanha, incluindo Ultras mas diz ele que são muito
diferentes). Nem relógio tem, para controlar o ritmo. Diz ele que quando chegou
à zona de partida, o pessoal das 3h já tinha partido, e que assim foi com os
das 3h15min….diz que se sentiu bem o tempo todo e que poderia ter dado mais mas
teve medo de não aguentar o ritmo. No fim estava fresco como uma
alface….incrível….diz ele que se vai inscrever na Maratona do Porto e treinar a
sério para baixar as 3h…grande Campeão, simples e humilde.
José Coelho (Badolas)
– 3h46 – conclui-o a 2ª Maratona (Madrid e agora Paris),
e nas duas vezes fizemos a prova juntos, desfraldando a bandeira de Portugal
nas chegadas. Para esta Maratona treinamos várias vezes juntos, tanto treinos
de series como muitos longos. Em todo o caso, ele não treina nem metade do que
eu treino e faz os mesmos tempos – já lhe disse várias vezes, se ele se
aplicasse mais ninguém o apanhava – é incrível, acaba as provas como começa…não
sua, não se despenteia, nada….parabéns pelo recorde e obrigado pela companhia.
Alguns
dados interessantes sobre a Maratona de Paris
Inscreveram-se 40.108
atletas e terminaram 36.890
21% foram mulheres e
79% homens
36% dos inscritos
foram estrangeiros de 117 países diferentes
64% França, 8,6% UK,
3% USA, 2,3% Italia, 2,1% GER
O vencedor em
masculinos foi o queniano Peter Some em 2h05,38
A vencedora em
femininos foi a etíope Boru Tadese em 2h21,04
Com este grupinho é
impossível estar sem rir durante 5 minutos que seja. Ninguém leva nada a mal,
por vezes esticasse a corda ao máximo, mas ela nunca parte. Resultado foram 4
dias super divertidos que naturalmente acrescentaram muitas histórias para
contar – a continuar assim vamos ter que escrever um livro sobre as nossas
viagens “maratoneiras”. Aproveito já para agradecer a todos, este dias
espectaculares que me proporcionaram.
Ficam aqui algumas
tiradas avulso – algumas são naturalmente private-jokes que tiveram a sua piada
na altura – muitas delas tiveram a ver com o nosso “francês” aportuguesado:
“ela é de esperance” –
disse o Badolas a um empregado de mesa, tentando explicar que a Sónia estava
grávida e que queria água engarrafada e não daquela caneca de água da torneira
que ele tinha acabado de colocar em cima da mesa. Acho que Esperança seria um
belo nome para a “minha menina”, em honra deste episódio.
“la conta é il que
paga” – disse a Samanta a outro empregado de mesa, apontando para o Badolas.
Neste caso o empregado entendeu:D
Numa das nossas
corridinhas de fim de dia, alguém lançou um “vamos fazer umas series?” ao que o
Badolas respondeu “vou fazer series é na cama”….coitado do Pedro Lino!!!
Diz o Zé Miguel num
restaurante, depois de comermos umas coisas esquisitas – “o pessoal vai andar
de esguincho” – é “esguicho” rapaz…. quem andou de “esguincho” durante a
maratona foi ele – terá sido castigo?
Havia muito mais para
contar, até fui apontando num papel, mas perdi-o ou alguém mo fanou (aposto no
Badolas, pois 90% das tiradas eram dele).
Mais uma Maratona
concluída, e vão 4 em pouco mais de ano e meio. A nível de grandeza e beleza
foi até hoje, sem dúvida, a melhor, não existindo comparação alguma com as
outras em que participei. O percurso é maravilhoso mas o público é o melhor de
tudo – não sei quantas pessoas terão estado na rua, ao longo de percurso a
apoiar os corredores de uma forma entusiástica – penso que terão sido umas
largas centenas de milhares, de todas as idades e nacionalidades. Tive pena de
ver poucas bandeiras portuguesas – esperava muito mais, afinal estima-se que em
Paris e redondezas vivam mais de 1 milhão de portugueses – sinceramente não vi
isso, o que prova mais uma vez que o Tuga a nível de desporto vive quase só
para o futebol. Adorei ver as mãozitas das crianças esticadas a quem dava um
High Five sempre que podia e sabe tão bem ouvir os “Allez Carlos” de desconhecidos,
e que me davam aquela forcinha extra que tanto jeito faz numa corrida destas.
Maravilhosa a Maratona e Fantástica a cidade – aconselho a todos, se um dia
puderem fazer esta prova, não hesitem…vale todos os esforços…e levem um
grupinho de amigos divertidos.
Excelente relato. Gostei bastante.
ResponderExcluirPor cá, a única prova com apoio do público semelhante, só mesmo a Corrida das Fogueiras em Peniche. Normalmente é em Junho. Este ano ou para o ano, levas a família e passam lá um excelente fim de semana :)
Abraço e muitos parabéns!
Obrigado....nunca ouvi falar nessa prova em Peniche, mas a ideia de um fim de semana nessa zona não é má não senhora...bom peixinho!!! Este ano não dá...talvez para o ano.
ExcluirAbraço e boa prova no domingo
Mesmo com aviso, li tudo e gostei bastante do relato!;) Essa última foto está o máximo! :)
ResponderExcluirFiquei ainda com mais vontade de me "internacionalizar"!
Allez Carlôs, parabéns! :)
Beijinhos
Merci beaucou. Toca a "internacionalizar" que vale a pena. A foto realmente tá demais, foi tirada no stand da Brooks na Running-Expo.
ExcluirBeijinhos e bom trail domingo
...ainda foi na semana passada mas já com vontade de fazer a proxima.
ResponderExcluirGanda Zé....tb eu....a próxima grande aventura é já daqui a um mês.
ExcluirAbraço
Este relato mede 42,195 kms, mas essa aventura merece!
ResponderExcluirAcho melhor começares a escrever livros, pois gostei muito de ler.
Mais uma vez, Parabéns!
Obrigado Luis.
ExcluirAquele abraço e boas corridas.
Este artigo foi uma nova Maratona! :)
ResponderExcluirExcelente!!!
E tenho aqui diversas dicas para um ano que vá a Paris. Sim, porque eu hei-de fazer esta Maratona de Paris! :)
Um abraço e obrigado pela partilha
Obrigado João. Fico contente por teres lido, e se consegues aproveitar alguma coisa para ti tanto melhor.
ExcluirEu sei que é um dos teus sonhos fazer a Maratona de Paris - investe nisso, segue o sonho e não te vais arrepender.
Grande abraço e bom fim de semana
Excelente, Carlos! Belíssima crónica! Venha a próxima!
ResponderExcluirGrande abraço
Paulo Sousa
Obrigado Paulo, bons olhos te vejam por aqui.
ExcluirAquele abraço.
Fantástico relato, que só avivou ainda mais o meu desejo de fazer uma meia ou maratona no estrangeiro!
ResponderExcluirParabéns por mais uma maratona!
Um abraço
Obrigado Vitor. Quando fores, vai a uma Maratona, dobro da distância = dobro do prazer.
ExcluirAbraço e boas corridas.
Ainda bem que avisaste, porque este relato é mesmo grande. Mas eu não mudava uma vírgula. Está excelente o relato!
ResponderExcluirEstou a ver que também adoraste Paris :) É quase impossível não gostar. E correr a Maratona de Paris deve ser mesmo uma experiência inesquecível e pelo relato dá para perceber que foi mesmo. E correram no Bois de Boulogne! Que inveja! Quando lá estive fui a esse parque e adorei-o. Um dia tenho que voltar a Paris para correr no Bois de Boulogne.
Parabéns pelo relato, parabéns pela prova e obrigada por nos fazeres rir com essas tiradas :)
Beijinhos e bons treinos!
Obrigado Isa...valeu mesmo a pena, mas há um pormenor muito importante no meio disto tudo....os amigos....sem eles não tinha tido metade da piada. Por isso, quando decidires ir, arranja um grupinho porreiro e divertido.
ResponderExcluirBeijinhos e boa prova no domingo
Carlos,
ResponderExcluirfoi um grande relato, tanto em tamanho como em qualidade.
Conseguiste transportar o pessoal para Paris e contar de forma clara e engraçada tudo o que aconteceu antes, durante e depois. E está visto que tens aí um bom grupo de amigos.
Parabéns e obrigado por mais este relato.
Abraço.
Obrigado Vitor. É verdade, tenho a sorte de ter um grande grupo de amigos.
ExcluirAbraço e boa corrida amanhã.
Parabéns, amigo, um grandioso evento ! Meu carinho.
ResponderExcluirObrigado Ivana.
ExcluirNão vou comentar o teu relato (palavras para quê? Está excelente. São estes relatos que transformam a nossa vivência desportiva em fundamentos de vida saudável, quer pessoal quer coletiva. Obrigado Carlos e a todos os que contribuem para este bem estar.
ResponderExcluirUm grande abraço a todos
Obrigado Sr.Dias, e vá pensando na Maratona do Porto....estamos a precisar de mais uma boa companhia para os treinos longos.
ExcluirAbraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGostei de ler Carlos, tenho ideia de já ter lido este post antes, mas agora faz muito mais sentido e provoca outro tipo de sensações.
ResponderExcluirNunca mais chega o dia :)
Abraço