sábado

Maratona do Porto 2011 - a minha primeira (escrito em Novembro 2011)


A minha primeira……
Maratona do Porto, 6 de Novembro 2011
Tudo começou em fim de 2009, já em Dezembro, num shopping no Porto a experimentar umas calças numa loja. Estava eu nos vestiários e o meu nr de calças habitual não apertava…hmmm, deve ser do corte…..pedi o nr acima, e qual o meu espanto que, embora conseguisse fecha-las, quase não conseguia respirar, além de que aparecia um sempre muito estético pneuzão (1 de 3, o maior deles) a cair sobre a cintura. Por incrível que possa parecer, foi aqui que eu verdadeiramente senti que tinha de fazer alguma coisa, não apenas pelo aspecto, mas essencialmente para me voltar a sentir bem, com resistência física e em forma. Depois da operação ao joelho em 2002 e da difícil recuperação, tinha ficado malandro no que diz respeito a exercício físico, sempre com a velha desculpa da falta de tempo como aliado e desleixei-me (fazia um ginásio de longe a longe e um ou outro joguito de futebol), ao contrário nas comidas continuava a ser um bom garfo e a dar-lhe com força…..as duas situações associadas fizeram com que passados estes anos, conseguisse atingir 95kg e uma forma física que era uma lástima (carregava meia dúzia de painéis para um primeiro andar e ficava sem fôlego, eu, que nos meus tempos áureos era capaz de fazer 2 a 3 horas diárias de desporto intenso). Tinha de mudar….. o primeiro passo foi comprar as calças que não me deixavam respirar e o segundo foi inscrever-me numa meia maratona popular (foi a de Lisboa, da ponte 25 de Abril que se realizou em Março de 2010). Comprei as minhas primeiras sapatilhas de corrida e um relógio que me media os kms, o ritmo, a passada e as calorias gastas, como prenda de Natal – o primeiro registo de corrida foi a 26.12.2009, no dia a seguir ao Natal, para desgastar as rabanadas do dia anterior (5km em grande esforço). Posso dizer que me custou muito os primeiros tempos, mas como sou um bocadinho para o teimoso, quando meto uma coisa na cabeça dificilmente não a levo até ao fim, e ao fim de um mesito já tinha “o vício” no corpo . Fiz a primeira meia-maratona conforme tinha planeado (só eu é que sei como cheguei ao fim – de rastos), mas gostei tanto, que até hoje não parei mais – até acho que ás vezes exagero um bocadinho (mas isso são pormenores). Ao fim de algum tempo, meti na cabeça que tinha de fazer uma maratona e achei que lá para meio de 2012 seria o ideal – faço 40 anos e seria um belo objectivo para mim – os experientes das corridas populares dizem que devemos ter alguns anos de corrida antes de nos aventurarmos na maratona. Como quase em tudo, não consegui esperar, e depois de algumas meias maratonas, entre outras provas, decidi inscrever-me na Maratona do Porto a realizar em Novembro 2011, mais precisamente no dia 6. Na altura da inscrição (mais ou menos em Maio deste ano), estava convencido que não seria difícil, afinal estava a evoluir nas meias maratonas, acabava bem as provas e o corpo recuperava bem – pensava eu, é “só” fazer duas meias maratonas seguidas….portanto nada de mais. Autodidacta como era, lá saquei de um plano de 12 semanas de preparação da net, que começou em Agosto e vamos lá a isso.
Entretanto tinha entrado num clube de atletismo, os Veteranos do União de Lamas - quando numa das provas em que fomos juntos, falei na minha intenção de fazer a maratona, alguns dos colegas mais velhos e experientes começaram a olhar para mim de “lado”, a fazer perguntas do tipo – “sabes em que te estás a meter?”  “Há quantos anos é que corres?” e quando descobri que nenhum deles planeava entrar numa maratona em 2011, fiquei desconfiado e a achar que talvez não fosse assim tão simples. Como ainda não me conheciam muito bem, acho que não tiveram a coragem para me dissuadir e chamar á razão – também não era necessário, as perguntas deles diziam tudo. Seria assim tão difícil? Comecei a ler sobre experiencias de outras pessoas e fiquei com a consciência de que seria mais difícil do que eu previa, mas não impossível. Tb já não havia volta a dar, esta cabeça dura ia ter que levar a missão até ao fim. A preparação não correu como devia por minha culpa….durante a preparação corri duas meias maratonas em competição (Porto e Ovar) num intervalo de 2 semanas, e num ritmo elevado para mim, batendo inclusivamente o meu recorde na distância, mas, o reverso da medalha é que a recuperação das provas era lento e demorado o que impedia poder seguir o plano de treinos para a maratona á risca. Ao falhar uma boa parte do plano as dúvidas e receios aumentaram na minha cabeça, mas não podia desistir – decidi não correr para nenhum tempo em específico, mas “só” para chegar ao fim. Duas semanas antes da maratona fiz o treino mais longo, uma ida de Canedo a Oliveira do Arda e volta, com subidas e descidas – 32kms que fiz em pouco mais de 3h – no fim estava naturalmente bastante cansado mas sentia que poderia fazer mais alguns kms – deu-me confiança.

No dia anterior á prova, lá fui eu á Alfandega do Porto, levantar o meu dorsal para a corrida e participar na “Pasta Party” oferecida pela organização aos participantes. Encontrei-me lá com dois colegas das corridas e a namorada de um deles para a comezaina, uma injecção de hidratos de carbono com um prato de massa com carne, pão, bebida e uma espécie de gelatina – uma “delícia”:

Bem, o aspecto diz tudo, a massa devia dar para colar cientistas ao tecto, mas como a cavalo dado não se olha ao dente….. bem, a minha era oferecida, mas os meus amigos tiveram que pagar 5 € cada um (pagar por isto é que já é masoquismo) – acho que o dinheiro empregue numa bifana numa roulotte qualquer seria bem melhor.

Valeu pela diversão, música ao vivo e a mascote Runinho a fazer das suas….ok….a música não valia um caracol (até eu cantava melhor), e só pelo Runinho tb não valia a pena.

À noite ao jantar, mais uma injecção de massa (mais massa só durante a feira da Cersaie em Itália) para encher as baterias. Preparei tudo, equipamento, doping (3xgel energético, 1 barra e uns drunfos da Isostar), mp3…..deitei-me cedo, mas como já esperava a noite além de curta (levantei-me às 5.30h) foi mal dormida…. a ansiedade era muita, e as dúvidas tb. Foi antes de adormecer que decidi que ia correr para completar a prova em 4horas – o atletismo tem uma coisa boa, não corro contra ninguém a não ser contra mim próprio.

Levantei-me á hora prevista para o pequeno-almoço, leitinho de soja com cereais como sempre e uma bananinha. Nada de exageros, nem fugir muito á rotina para não haver problemas durante a prova.

O ponto de encontro com os meus amigos Zé Miguel e Badolas foi ás 6.45h em frente á agência lei em Fiães, para depois zarpar ao encontro do resto do pessoal em Grijó. Ainda deu tempo para tomar um cafezinho e comer um croissant seco no Beto. Como podem ver estava um frio do caraças aquela hora da manhã:


Chegamos ao Porto na hora prevista, estacionamos numa transversal á Boavista (perto da meta) e fomos, como manda a tradição, tomar um cafezinho juntos. Depois apanhamos o autocarro que nos levou para a zona de partida, junto ao edifício Mota Galiza onde a Cinca tem a sala de exposições no Porto, pertinho do Palácio de Cristal.


A azáfama do costume numa prova destas que envolve uns milhares de participantes (9-10.000 distribuídos por maratona, family race 14kms e caminhada de 6km).

Ainda deu tempo para o pessoal tirar uma foto de grupo antes de nos separarmos.


Como sempre temos que dar a mijinha da praxe, e como as casas de banho são sempre poucas para tanta gente, é ver umas centenas largas de pessoas á procura de um cantinho, uma árvore, um arbusto onde dê para mudar as águas ás azeitonas. Hoje posso afirmar, que adubei o prédio do Mota Galiza – a tropa manda desenrascar.

O aquecimento resumiu-se a uma corridinha de poucos minutos e uns alongamentos – gastar o mínimo de energia. Afinal ia fazer a prova num ritmo relativamente lento.

Mal entrei na zona de partida para os maratonistas comecei a sentir verdadeiramente a adrenalina a subir, então quando começou a contagem decrescente dos últimos 10 segundos foi de arrepiar, mas logo que se deu o tiro de partida e comecei a correr, acalmei e fui na onda, uma verdadeira festa de pessoas que partilham o mesmo gosto e tem os mesmos objectivos. Notava-se que a média de idades dos participantes era bem mais alta do que em provas mais curtas, notava-se que muitos dos meus “colegas” de viagem tinham já muitos anos de experiência e muitos milhares de kms nas pernas.

3 aos 7kms – Avenida da Boavista

Nesta fase tudo é uma maravilha, a alegria de estar finalmente a iniciar uma viagem para a qual se treinou tanto, a multidão eufórica – não só os corredores mas tb o público na estrada. Nesta fase era constantemente ultrapassado pelos atletas que estavam a fazer a prova dos 14kms e que tinham partido á mesma hora mas um pouco mais atrás. A minha única preocupação era não me deixar levar pelo ritmo e andar demasiado rápido. Lembro-me de passar na zona da meta e dizer “até já”.




8-10kms – Avenida Brasilia/Foz do Porto

Chegados ao Castelo do Queijo, viramos á direita em direcção a Matosinhos, e mais ou menos em frente ao edifício envidraçado demos a volta e dirigimo-nos á Foz. Continuava tudo em ordem, a não ser a palma do pé esquerdo que me começou a doer – ignorei. Agora distraía-me a ver os primeiros atletas dos 14kms no sentido contrário a correr a sua prova. Perto da fortificação da Foz era o retorno da prova dos 14kms, era onde os maratonistas se separavam dos outros.

11-16kms Foz-Ribeira-Ponte D.Luis

Notou-se claramente o nr de atletas a diminuir, de tal forma que fiquei “sozinho”…toca a sacar do mp3 para fazer companhia e a comer a barra energética. Continuava a sentir uma dor esquisita no pé esquerdo e o piso de paralelos nesta parte de prova não ajudava nada. Neste troço tinha pouca gente a assistir. Mas no geral sentia-me bem….lembro-me de olhar para o lado de lá do rio Douro, zona da Afurada e de já ver atletas do outro lado….um dia tb vou ser assim rápido:D No túnel da Ribeira, no sentido contrário vinham já os primeiros da maratona...incrível.... eu no km 16 e eles já nos 30kms…..escusado é dizer que o grupo era todo ele africano – eles não correm, eles voam. A passagem da ponte para o lado de Gaia é uma das zonas melhores com o muito publico a incentivar.

17-24km – Cais de Gaia – Afurada – Cais de Gaia

Novamente paralelos, muitos a fugir pelos passeios, e eu feito parvo continuava no empedrado, numa de fazer a coisa como deve ser. Esta parte da prova passa-se bem, pois distraí-me com os atletas que já estavam de regresso no sentido contrário…..não imaginam algumas pessoas que participam e num nível bastante bom – pessoas com 60 e 70 anos, algumas pessoas com deficiências e até gordos (se os visse num outro local normal não os imaginava sequer a correr 100m quanto mais a maratona) – isto prova que qualquer um consegue, com esforço e determinação …. olhava para eles com respeito (e um bocadinho de inveja tb pelo facto de serem tão rápidos)…na Afurada o retorno e um pouco mais á frente a tabuleta dos 21kms……ufff….meia maratona feita, algum pouco cansaço…. O relógio mostrava 2h01min…..um pouco lento, mas recuperável…1º gel energético….lembro-me de pensar que afinal isto não é assim tão difícil. Acelerei ligeiramente o ritmo e decidi que nos últimos 5kms iria acelerar para recuperar o minuto para as 4h. Santa ignorância. Aproveitei boleia de um grupo que seguia no “meu” ritmo.
…..um bocadinho mais á frente uma surpresa agradável. O amigo Pires estava lá, de máquina fotográfica em punho e a dar o seu apoio….give me five e lá continuei o meu caminho….fiquei bem contente com o gesto, dá força…..200m á frente lá aparece o Pires para correr um bocado ao meu lado, fazer companhia…..fixe, deu para conversar um bocadinho, distrair-me e quando dei por ela já estávamos a atravessar novamente para o lado do Porto. As pernas começavam a dar os primeiros sinais de cansaço….

25-31km Ribeira-Freixo-Ribeira

Passada a ponte viramos á direita em direcção ao freixo. O Pires acompanhou ainda um bocadinho, despediu-se e lá segui mais uma vez sozinho. Um pouco antes do Freixo nova surpresa (com a qual eu estava a contar mas não sabia em que parte da prova ia acontecer) – o meu sogro com a Maria, uns 200m á frente a minha sogra com a Inês. Fiquei tão contente, mas tão contente que até esqueci que as dores nas pernas tinham aumentado bastante. A Maria correu comigo durante uns 200-300m toda contente (mas não mais feliz do que eu – é um espectáculo a minha menina). Beijoca na esposa e toca a seguir viagem, retorno no Freixo, adeus á família e toca a andar novamente em direcção á Ribeira. É incrível como um apoio destes nos dá forças, voltava a sentir-me bem, sentia cansaço nas pernas mas até acelerei um bocadinho o passo. 30km…lembro-me dos maratonistas dizerem que era a partir daqui que começava a verdadeira maratona. Voltei a sentir o cansaço nas pernas, e de km para km piorava. Para me distrair comecei a contar os atletas que vinham em sentido contrário ao meu e por isso estavam atrás de mim – já havia muitos em dificuldades a andar a passo. Contei 300 e picos e depois desisti, já não estava a funcionar. Voltei a passar na Ribeira, muito público, muito apoio e o estranho é que havia pessoas a chamar pelo meu nome – percebi que era para isto que colocam o nosso nome no dorsal J.

32km-39km Ribeira – Foz

Entrar no túnel da Ribeira foi um pesadelo, não imaginam o que uma estrada de paralelos faz a umas pernas (especialmente coxas) cansadas. Foi um massacre…..cada passo estava a tornar-se um martírio. Lembro-me de pensar em reduzir um bocadinho o ritmo, mas decidi-me a mante-lo….se não desse para correr os últimos kms ia a caminhar até ao fim, afinal só fechavam a contagem ás 3 da tardeJ. Não contava com uma ajuda que veio a acontecer neste troço……lá estava o Pires novamente, e juntou-se á corrida acompanhando-me por mais uns kms quase até á Foz….ajudou muito…desta vez não deu para conversar muito, as dores nas pernas não deixavam. Quando fiquei novamente sozinho (ca.Km36) deu-me a primeira verdadeira crise, algo desmotivado baixei o ritmo…..pronto, lá se foi o objectivo das 4horas. Agora só conta é chegar ao fim. 3º e último gel. Poucos metros mais á frente passa por mim um fulano, que me diz ….”Como é que é? Anda daí….” ao qual respondo “vai, que eu não posso mais”…ele foi e eu pensei, vou tentar acompanhar e coloquei-me ao lado dele. Conversamos um pouco, ele explicou-me que era ultramaratonista (distâncias acima da maratona) e que estava em treino, que era a 3ª maratona em 2 meses (estes gajos são doidos)…..disse-me que  a partir dali ia ver muita gente a “enfrentar o muro”….isto quer dizer que os músculos se enchem de ácido lácteo e que as pernas deixam pura e simplesmente de responder e o pessoal tem de parar….e assim foi, na avenida da Foz era velos a parar de repente sem conseguir sequer andar (eu só pedia para que não me acontecesse-se o mesmo)….os meus músculos estavam tão duros, pareciam pedras….agora cada passo era mesmo dor……o meu colega de corrida explicou-me que muitas vezes a questão é mental…. mas as dores que eu sentia eram verdadeiras, não eram mentais com certeza. O facto de estar a conseguir manter o ritmo era excelente. A meio da avenida ele despediu-se, desejou-me boa sorte e acelerou (foi á vidinha dele). Faltavam 4kms………


40-42,175km Castelo do queijo-Matosinhos-Av.Boavista- META

Quando cheguei ao Castelo do Queijo faltavam pouco menos de 2kms, aqui nada mais me segurava, olhei para o relógio e tinha a noção que ainda poderia chegar abaixo das 4h, bastava manter o ritmo. As pernas não deixavam acelerar, cerrei os dentes e aguentei o ritmo

….mais um retorno em frente ao edifício de vidro em Matosinhos…..placa dos 41kms – só mais 1km – regresso ao Castelo do Queijo, avenida da Boavista a subir (lembro-me de questionar quem terá tido a infeliz ideia de colocar uma meta de uma maratona numa subida), muita gente de ambos os lados da estrada a incentivar indicavam que a meta estava perto (estava instalada numa estrada á esquerda de quem sobe, na entrada norte do Parque da Cidade) – acho que ultrapassei uns 20 nos últimos 500m, só por conseguir manter o ritmo…….curva á esquerda, no meio da multidão ouço a chamar o meu nome…..os meus amigos Zé Miguel e Badolas estavam ali a apoiar.



curva á esquerda…..já vejo a meta a 200m….olho para o relógio instalado na meta e estava nas 4h00……últimos passos



…….linha final…..CONSEGUI!!!!



Não consigo exprimir por palavras o que senti ao passar aquela meta, apenas dizer que foi incrível, uma descarga de adrenalina, alegria imensa….enfim, só me apetecia chorar. Senti que valeu todo o esforço.


AGORA PERTENÇO AO CLUBE DOS MARATONISTAS!!!!


Agradecimentos

- á minha família – especialmente esposa e filha (a quem muitas vezes “roubo” tempo para treinar para esta minha maluquice). Tb aos meus sogros que tantas vezes ficam com a Maria para eu poder treinar.

- ao Zé Miguel e ao Zé Badolas, meus companheiros das corridas – não é qualquer um que fica 3 horas á espera que eu chegue á meta, para me apoiar nesta aventura. É de amigo e não me esqueço disso. A próxima maratona vai ser feita com eles.

- ao Pires pelo apoio no dia da prova – só eu sei como foi importante. É de amigo. Um dia ainda te vou retribuir o gesto, quando fizeres a tua primeira maratona eu acompanho-te.

- aos colegas do clube de Veteranos do Lamas – foram muito importantes pelo facto de terem “duvidado” de mim. Fez-me “cair na real”, ver que afinal uma maratona não são favas contadas. E pelas dicas, claro.

Curiosidades:

- devo ter bebido antes, durante e depois da prova entre 5 e 6 litros entre água e isotónico. Lembram-se da mijinha, antes da prova, no Mota Galiza? Pois, depois dessa só por volta das 17horas é que voltei a dar uma mijinha. Vejam lá, o que uma corridinha destas faz ao nosso corpo.

- gastei 3.365 calorias na prova

- este ano já corri, entre provas e treinos 1.877km (150 corridas), e gastei 116.426 calorias, 1 par de sapatilhas e as segundas já estão a pedir substituição.

- próxima maratona já está marcada…..22 de Abril 2012 em Madrid. A internacionalização, mas desta vez com amigos. Alguêm quer juntar-se ao pessoal? Ainda vão a tempo.

- o sonho continua a ser ULTRAMARATONISTA!!!!

Ahhhh, e para acabar……..o meu tempo oficial, limpinho, abaixo das 4h


P.S: As calças que comprei em Dezembro de 2009 não me servem na mesma. Agora caiem a não ser que amarre com uma corda á cintura :D....entretanto já as dei. Ahhhh….e tb consigo carregar e descarregar painéis de amostras nos clientes sem grandes dificuldades.

5 comentários:

  1. Parabens Carlos é sem duvida alguma um fato notavel terminar uma maratona quando ha um ano atras nem no futebol de sexta feira conseguias correr :P !!! em Abril la estaremos e sabes que me servis-te de exemplo para "aceitar" este desafio um pouco marado ( diga-se de passagem). conto com a tua ajuda para a preparaçao e tambem com a tua companhia nao só no antes, no durante mas tambem no pós MARATONA DE MADRID.


    Aquele ABRAÇO...

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  2. Vim parar a este post por causa do que fizeste da comemoração dos 2 anos e gostei muito! Foi uma grande estreia! Estreamo-nos na maratona no mesmo ano curiosamente, eu foi um mês mais tarde em Lisboa. Vou à procura do teu relato de Madrid eheh um abraço

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  3. "Não consigo exprimir por palavras o que senti ao passar aquela meta"
    Como te compreendo! :)))

    Grande Carlos! :)

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  4. Muitos parabéns! Muitos parabéns mesmo!

    Gostei particularmente (e revejo-me) pontos:

    "mas como sou um bocadinho para o teimoso, quando meto uma coisa na cabeça dificilmente não a levo até ao fim" - Acho que todos nós corredores, somos bem teimosos, não é? E temos gosto nisso!

    "devo ter bebido antes, durante e depois da prova entre 5 e 6 litros entre água e isotónico. Lembram-se da mijinha, antes da prova, no Mota Galiza? Pois, depois dessa só por volta das 17horas é que voltei a dar uma mijinha. Vejam lá, o que uma corridinha destas faz ao nosso corpo." - aconteceu-me nas 2 maratonas que fiz, na primeira especialmente, porque estavam 34ºC

    "Não consigo exprimir por palavras o que senti ao passar aquela meta, apenas dizer que foi incrível, uma descarga de adrenalina, alegria imensa….enfim, só me apetecia chorar. Senti que valeu todo o esforço." - Compreendo-te tão bem!!!!

    Um grande abraço!


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  5. Anônimo5.11.14

    Carlos,
    Parece que a maratona dá sensações idênticas a quem nela participa pela primeira vez :)
    Dificilmente nos livramos do "muro". Na segunda percebi que o conseguimos contornar com mais "alguns kms" nas pernas e um ritmo certo.
    Venha a próxima :)

    Abraço

    Manuel Nunes

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